sexta-feira, 10 de maio de 2019
Maia, general do Centrão, empurra Bolsonaro
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Jair Bolsonaro reuniu a “tropa parlamentar”, ontem.
O que se deixou vazar é que pediu para que “engolissem o sapo” das derrotas sofridas ontem, nas realocações do Coaf e da Funai, retiradas, respectivamente das mãos de Sérgio Moro, da Agricultura e da ministra Damares Alves.
Pior, para se livrar da ameaça de que Rodrigo Maia, em razão da tentativa do que há de base governista (PSL, Novo e Podemos) de recuperar o texto original da MP que reorganizou a Esplanada, “melar o jogo” e fazer a reforma dos ministérios caducar.
Jair Bolsonaro reuniu a “tropa parlamentar”, ontem.
O que se deixou vazar é que pediu para que “engolissem o sapo” das derrotas sofridas ontem, nas realocações do Coaf e da Funai, retiradas, respectivamente das mãos de Sérgio Moro, da Agricultura e da ministra Damares Alves.
Pior, para se livrar da ameaça de que Rodrigo Maia, em razão da tentativa do que há de base governista (PSL, Novo e Podemos) de recuperar o texto original da MP que reorganizou a Esplanada, “melar o jogo” e fazer a reforma dos ministérios caducar.
Previdência: alguns pingos nos is
Por Róber Iturriet Avila, no site Brasil Debate:
O debate sobre previdência sempre suscita paixões e ideologias. No afã de ganhar no grito, vários números são jogados de maneira distorcida e desonesta. Abaixo são elencados alguns pingos nos is.
É preciso reconhecer que os gastos previdenciários vêm crescendo acima da variação do PIB desde 1997 e essa trajetória não é sustentável. Além disso, é verdade que a partir de 2024 haverá um aumento da população dependente derivada da ampliação da expectativa de vida e do envelhecimento populacional. Também é fato que gastamos mais em previdência do que alguns países que possuem mais idosos do que há aqui.
O debate sobre previdência sempre suscita paixões e ideologias. No afã de ganhar no grito, vários números são jogados de maneira distorcida e desonesta. Abaixo são elencados alguns pingos nos is.
É preciso reconhecer que os gastos previdenciários vêm crescendo acima da variação do PIB desde 1997 e essa trajetória não é sustentável. Além disso, é verdade que a partir de 2024 haverá um aumento da população dependente derivada da ampliação da expectativa de vida e do envelhecimento populacional. Também é fato que gastamos mais em previdência do que alguns países que possuem mais idosos do que há aqui.
O golpista Temer voltou para a cadeia
Por Umberto Martins, no site da CTB:
Michel Temer se entregou na tarde desta quinta-feira (9) à Polícia Federal em São Paulo. Ele voltou à cadeia por determinação da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que revogou um habeas corpus emitido recentemente a seu favor. Temer já é réu em seis processos e terá de responder por grossa corrupção.
A ironia da história é que ele foi alçado à Presidência da República em 2016 por meio de um golpe de Estado cujos protagonistas políticos pegaram carona numa hipócrita campanha moralista contra a corrupção, cujo alvo principal era o PT, o governo Dilma e o ex-presidente Lula.
A ironia da história é que ele foi alçado à Presidência da República em 2016 por meio de um golpe de Estado cujos protagonistas políticos pegaram carona numa hipócrita campanha moralista contra a corrupção, cujo alvo principal era o PT, o governo Dilma e o ex-presidente Lula.
Brasil de Bolsonaro rumo ao talibanato
Por Renato Rovai, em seu blog:
O Afeganistão nem sempre foi um país fundamentalista e armado. As guerras produzidas pelos EUA e o fundamentalismo religioso à base de armas é que levaram o país ao que se tornou.
O Brasil de Bolsonaro caminha para isso. Um país que mistura milícias e fé. Um país que tem ações como a do governador Witzel pedindo pra atirar na cabecinha e dando show em helicóptero com um decreto que libera armas para o diabo e para todo mundo.
Silvio Santos tem razão, o país vai virar um faroeste. Imaginem um policial rodoviário parando um caminhoneiro armado para aplicar uma multa?
O Afeganistão nem sempre foi um país fundamentalista e armado. As guerras produzidas pelos EUA e o fundamentalismo religioso à base de armas é que levaram o país ao que se tornou.
O Brasil de Bolsonaro caminha para isso. Um país que mistura milícias e fé. Um país que tem ações como a do governador Witzel pedindo pra atirar na cabecinha e dando show em helicóptero com um decreto que libera armas para o diabo e para todo mundo.
Silvio Santos tem razão, o país vai virar um faroeste. Imaginem um policial rodoviário parando um caminhoneiro armado para aplicar uma multa?
Trump impõe novos bloqueios contra Cuba
Por Joaquín Piñero, no jornal Brasil de Fato:
A história de intervenção e invasão dos Estados Unidos (EUA) em outros países que não se alinham com sua política e contrariam seus interesses é longa e sangrenta. Mas há uma outra forma, também brutal, de ingerência em países soberanos que não se dobram às ordens desse império que silenciosamente tem ceifado a vida de milhares de pessoas inocentes: são os bloqueios e embargos econômicos, políticos e financeiros.
Crimes de feminicídio podem virar epidemia
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
É raro o dia em que os telejornais não noticiem um ou mais crimes de feminicídio.
Na quinta-feira, o portal G1 registrou mais um caso dessa matança de mulheres que já virou rotina:
“Uma mulher de 22 anos morreu no hospital após ser baleada pelo namorado em Seberi, no norte do Rio Grande do Sul, conforme a polícia civil. Maiara Dondoni estava na casa de uma amiga, na tarde de segunda, quando Sirineu Albânio, 36 anos, a procurou para sair, mas ela não aceitou”.
O que pode acontecer agora que a posse e o porte de armas foram liberados pelo governo do Capitão Bolsonaro e quase todo mundo poderá ter uma arma em casa?
Bolsonaro quer uma guerra civil?
Por Jordana Pereira, no site da Fundação Perseu Abramo:
O governo Bolsonaro publicou na quarta-feira, 8 de maio, um decreto que flexibiliza o porte de armas de fogo. Assinado no dia anterior, teve como imagem ilustrativa do evento vários homens fazendo arminhas com a mãos e sorrindo. O texto do decreto surpreendeu analistas por estar bem mais abrangente que o previsto: além de liberar a circulação de armas para os atiradores desportistas, conhecidos como CAC’s (Caçador, Atirador, Coleccionador), o decreto também:
O governo Bolsonaro publicou na quarta-feira, 8 de maio, um decreto que flexibiliza o porte de armas de fogo. Assinado no dia anterior, teve como imagem ilustrativa do evento vários homens fazendo arminhas com a mãos e sorrindo. O texto do decreto surpreendeu analistas por estar bem mais abrangente que o previsto: além de liberar a circulação de armas para os atiradores desportistas, conhecidos como CAC’s (Caçador, Atirador, Coleccionador), o decreto também:
O propósito velado do golpe da Previdência
Por Eduardo Fagnani, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
Ajustar periodicamente o sistema previdenciário é usual em nações desenvolvidas. Mas são ajustes que não destroem os respectivos regimes de bem-estar social. O requisito para debater qualquer reforma previdenciária no Brasil é que o governo apresente um diagnóstico técnico qualificado dos reais problemas que precisam ser corrigidos. Esse diagnóstico não existe, porque, de fato, não se quer fazer nenhum ajuste. O real propósito da “reforma” da Previdência é soterrar o pacto social de 1988. Ela é peça do projeto ultraliberal que se pretende colocar em prática em marcha forçada. Os espertalhões que a formularam ocultam seu projeto real: forçar uma mudança estrutural na Constituição, sem nada debater com a sociedade.
Ex-ministros apontam risco no Meio Ambiente
Por Altamiro Borges
O fascista Ricardo Salles – líder do movimento “Endireita Brasil” que foi alçado ao posto de ministro do Meio Ambiente no laranjal de Jair Bolsonaro – conseguiu um feito inédito. Ele uniu todos os ex-ministros da pasta em um duro manifesto de crítica à sua desastrosa gestão. As diferentes trajetórias políticas e as divergências em outros temas foram deixadas de lado para se contrapor à devastação em curso no atual governo.
O fascista Ricardo Salles – líder do movimento “Endireita Brasil” que foi alçado ao posto de ministro do Meio Ambiente no laranjal de Jair Bolsonaro – conseguiu um feito inédito. Ele uniu todos os ex-ministros da pasta em um duro manifesto de crítica à sua desastrosa gestão. As diferentes trajetórias políticas e as divergências em outros temas foram deixadas de lado para se contrapor à devastação em curso no atual governo.
quinta-feira, 9 de maio de 2019
Cloaca burguesa ainda respalda o "capetão"
Enquanto a popularidade do presidente Jair Bolsonaro despenca em
ritmo acelerado no conjunto da sociedade, como atestam todas as pesquisas
divulgadas até agora, entre os empresários o "capetão" segue em alta.
A chamada elite empresarial ─ que prefiro rotular de cloaca burguesa ─ não nega
o seu DNA fascista. Mesmo na desgraceira, com o país afundando na crise, ela dá
respaldo ao governante autoritário que aniquila com a aposentadoria dos
trabalhadores, libera armas, destrói sindicatos, dá licença para matar no campo
─ entre outros graves retrocessos.
Hermano Henning derrota SBT na Justiça
O mercenário Silvio Santos, que "topa tudo por dinheiro" ─
como agora ao bajular de forma grotesca e escancarada o "capetão"
Jair Bolsonaro ─, deve estar muito irritado com uma decisão da Justiça nesta
semana. A juíza Valéria Pedroso de Moraes, da 2ª Vara do Trabalho de Osasco
(SP), manteve a condenação do SBT e reconheceu, em segunda instância, o vínculo
empregatício em ação trabalhista movida pelo jornalista Hermano Henning.
"Não tenho o que comentar. A Justiça apenas reconheceu a fraude trabalhista
do SBT", disse o advogado do jornalista, André Fróes de Aguilar.
Paulo Guedes está na corda bamba?
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:
A situação de Paulo Guedes no governo do capitão já não pode mais ser caracterizada com a tranquilidade típica de um céu de brigadeiro - expressão com que os pilotos de aeronaves costumam se referir a um voo sem turbulências pela frente. A força do superministro seria inquestionável, a se levar em conta a forma pela qual ele vinha sendo tratado, até bem pouco tempo atrás, pela maior parte dos grandes meios de comunicação. No dizer dos editorialistas, Bolsonaro e sua turma mais íntima podem até ser meio excêntricos, mas o Guedes é o cara que segura a onda.
O grande golpe no ensino público
Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:
O corte nos orçamentos das universidades, escolas federais e instituições de pesquisa em todo o Brasil, que já anda navegando na casa dos bilhões de reais, não é um lance econômico pontual, passageiro. É um plano muito bem urdido de eliminação do ensino público e gratuito e das ciências no país.
Faz parte da estratégia das elites conservadoras, a direita hoje no poder, que quer privatizar até o último recurso do Estado e acabar com todo e qualquer direito social dos trabalhadores e do povo pobre no país. E mostra as caras de quem faz o que e com que intenções.
O corte nos orçamentos das universidades, escolas federais e instituições de pesquisa em todo o Brasil, que já anda navegando na casa dos bilhões de reais, não é um lance econômico pontual, passageiro. É um plano muito bem urdido de eliminação do ensino público e gratuito e das ciências no país.
Faz parte da estratégia das elites conservadoras, a direita hoje no poder, que quer privatizar até o último recurso do Estado e acabar com todo e qualquer direito social dos trabalhadores e do povo pobre no país. E mostra as caras de quem faz o que e com que intenções.
O golpe de Bolsonaro a caminho
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Peça 1 – O fator Olavo de Carvalho
Depois das últimas escaramuças, não resta dúvida de que a alma do governo Jair Bolsonaro são seus filhos Carlos e Eduardo. E, por trás de ambos, Olavo de Carvalho. Conforme foi possível conferir ao longo desses meses iniciais, todas as loucuras ditas por Olavo e pelos filhos de Bolsonaro têm consequências políticas. Não são meramente bazófias e grosserias. Têm que ser interpretadas ao pé da letra.
Depois das últimas escaramuças, não resta dúvida de que a alma do governo Jair Bolsonaro são seus filhos Carlos e Eduardo. E, por trás de ambos, Olavo de Carvalho. Conforme foi possível conferir ao longo desses meses iniciais, todas as loucuras ditas por Olavo e pelos filhos de Bolsonaro têm consequências políticas. Não são meramente bazófias e grosserias. Têm que ser interpretadas ao pé da letra.
O que significa Bolsonaro no poder?
A eleição de Jair Bolsonaro foi um protesto da população brasileira. Um protesto financiado e produzido pela elite colonizada e sua imprensa venal, mas, ainda assim, um “protesto”. Uma sociedade empobrecida – cheia de desempregados, de miseráveis e violência endêmica, cujas causas, segundo a elite e a grande imprensa que a mantém, é apenas a “corrupção política” – elege o mais nefasto político que os 500 anos de história brasileira já produziu. Segundo a imprensa comprada, a corrupção é, inclusive, culpa do PT e de Lula manipulando a informação e criando uma guerra entre os pobres. Sem compreender o que acontece, a sociedade como um todo é manipulada e passa a agir contra seus melhores interesses.
Bolsonaro: uma queda anunciada
Por Thiago Celli Moreira de Araújo, na revista CartaCapital:
No curso dos últimos meses, rios de tinta já foram despejados em críticas ao atual governo, de sorte que esforços análogos de minha parte representariam, quando muito, apenas mais uma gota d’água em favor desta significativa corrente de resistência, o que penso ser, por ora, dispensável. O desastre estava prometido, mas infelizmente não conseguimos evitá-lo por razões as mais variadas, sobre as quais não me deterei.
Estamos diante de um fato: uma parcela significativa da sociedade brasileira depositou o seu voto em favor de um candidato que se propôs a “acabar com tudo isso que tá aí”. Dito e feito, mas não como sonhavam os otimistas.
No curso dos últimos meses, rios de tinta já foram despejados em críticas ao atual governo, de sorte que esforços análogos de minha parte representariam, quando muito, apenas mais uma gota d’água em favor desta significativa corrente de resistência, o que penso ser, por ora, dispensável. O desastre estava prometido, mas infelizmente não conseguimos evitá-lo por razões as mais variadas, sobre as quais não me deterei.
Estamos diante de um fato: uma parcela significativa da sociedade brasileira depositou o seu voto em favor de um candidato que se propôs a “acabar com tudo isso que tá aí”. Dito e feito, mas não como sonhavam os otimistas.
A resistência ao cerco fascista à cultura
"O cerco fascista à cultura", imposto pelo governo de Jair Bolsonaro, foi tema de debate na noite desta terça-feira (7) no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo. “O governo é aloprado, mas suas ações são contundentes e diárias, no sentido de desmonte, a ponto de não conseguirmos absorver tudo”, disse o ator Sérgio Mamberti.
Mamberti defende que todos os setores da sociedade comprometidos com a cultura criem juntos “uma estratégia de resistência” contra a "asfixia". Participaram do debate também o produtor cultural Tadeu di Pietro e a cineasta Eliane Caffé.
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