segunda-feira, 28 de junho de 2021
Até Ivete Sangalo adere ao “Fora Bolsonaro”
Por Altamiro Borges
O isolamento do “capetão” Jair Bolsonaro cresce em todos os setores da sociedade e produz até algumas surpresas. Após passar longo tempo posando de “isentona”, a cantora baiana Ivete Sangalo finalmente desceu do muro e postou em suas redes sociais uma mensagem contra o presidente genocida. Antes tarde do que mais tarde!
"Meus zamuris, entendo o quão necessário é nesse momento não estabelecer dúvidas sobre o que acredito. Esse governo que aí está não me representa nem mesmo antes da ideia dele existir. E isso vamos resolver quando unirmos forças nas próximas eleições, através do poder do voto", disparou na terça-feira passada (22).
O isolamento do “capetão” Jair Bolsonaro cresce em todos os setores da sociedade e produz até algumas surpresas. Após passar longo tempo posando de “isentona”, a cantora baiana Ivete Sangalo finalmente desceu do muro e postou em suas redes sociais uma mensagem contra o presidente genocida. Antes tarde do que mais tarde!
"Meus zamuris, entendo o quão necessário é nesse momento não estabelecer dúvidas sobre o que acredito. Esse governo que aí está não me representa nem mesmo antes da ideia dele existir. E isso vamos resolver quando unirmos forças nas próximas eleições, através do poder do voto", disparou na terça-feira passada (22).
Lula, 49%; Bolsonaro, 23%. Risco de golpe?
Por Altamiro Borges
Pesquisa não é eleição. É só um retrato do momento. Mas o retrato trazido pelo Ipec – instituto criado por ex-diretores do Ibope Inteligência – na sexta-feira (25) talvez ajude a explicar os chiliques e a agressividade crescentes do "capetão". Ela mostra que o ex-presidente Lula tem mais que o dobro das intenções de voto de Jair Bolsonaro – 49% a 23%.
Se a eleição fosse hoje, o candidato das forças democráticas venceria o fascista já no primeiro turno. Na sondagem, Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro lugar, com 7%; João Doria (PSDB) tem 5%; e Luiz Henrique Mandetta (DEM) marca 3% das intenções de voto. Outros 10% disseram preferir votar em branco ou nulo – 3% não responderam.
Pesquisa não é eleição. É só um retrato do momento. Mas o retrato trazido pelo Ipec – instituto criado por ex-diretores do Ibope Inteligência – na sexta-feira (25) talvez ajude a explicar os chiliques e a agressividade crescentes do "capetão". Ela mostra que o ex-presidente Lula tem mais que o dobro das intenções de voto de Jair Bolsonaro – 49% a 23%.
Se a eleição fosse hoje, o candidato das forças democráticas venceria o fascista já no primeiro turno. Na sondagem, Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro lugar, com 7%; João Doria (PSDB) tem 5%; e Luiz Henrique Mandetta (DEM) marca 3% das intenções de voto. Outros 10% disseram preferir votar em branco ou nulo – 3% não responderam.
domingo, 27 de junho de 2021
A entrega do "superpedido" de impeachment
Por Altamiro Borges
Na próxima quarta-feira (30), um “superpedido” de impeachment contra Jair Bolsonaro será protocolado no Congresso Nacional, em Brasília. Ele reúne mais de 100 requerimentos apresentados por partidos de oposição e também por ex-aliados do presidente fascista – como os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP).
A entrega do superpedido terá ainda um ato político das entidades do movimento "Fora Bolsonaro", como as centrais sindicais, União Nacional dos Estudantes (UNE) e Movimento dos Sem-Terra (MST). O objetivo da iniciativa é aumentar a pressão sobre Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara Federal, cacique do “Centrão” e o aliado de ocasião do genocida.
Na próxima quarta-feira (30), um “superpedido” de impeachment contra Jair Bolsonaro será protocolado no Congresso Nacional, em Brasília. Ele reúne mais de 100 requerimentos apresentados por partidos de oposição e também por ex-aliados do presidente fascista – como os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP).
A entrega do superpedido terá ainda um ato político das entidades do movimento "Fora Bolsonaro", como as centrais sindicais, União Nacional dos Estudantes (UNE) e Movimento dos Sem-Terra (MST). O objetivo da iniciativa é aumentar a pressão sobre Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara Federal, cacique do “Centrão” e o aliado de ocasião do genocida.
Endividado, Grupo Madero pode fechar
Por Altamiro Borges
O arrogante empresário bolsonarista Junior Durski, que minimizou a pandemia da Covid-19, mordeu a língua – e quem vai sofrer são novamente os trabalhadores da empresa. Com dívidas que somavam R$ 2,4 bilhões até o final de março, o Grupo Madero pode fechar suas portas. Segundo a Folha, a rede "tem dúvidas sobre a continuidade do negócio".
"O caixa insuficiente para pagar dívidas de curto prazo e a falta de garantias de que conseguirá prorrogar ou refinanciar compromissos trouxe incertezas sobre a continuidade das operações do Grupo Madero, afirmou a companhia em seu balanço de resultados divulgado nessa quinta-feira (24)", relata o jornal.
O arrogante empresário bolsonarista Junior Durski, que minimizou a pandemia da Covid-19, mordeu a língua – e quem vai sofrer são novamente os trabalhadores da empresa. Com dívidas que somavam R$ 2,4 bilhões até o final de março, o Grupo Madero pode fechar suas portas. Segundo a Folha, a rede "tem dúvidas sobre a continuidade do negócio".
"O caixa insuficiente para pagar dívidas de curto prazo e a falta de garantias de que conseguirá prorrogar ou refinanciar compromissos trouxe incertezas sobre a continuidade das operações do Grupo Madero, afirmou a companhia em seu balanço de resultados divulgado nessa quinta-feira (24)", relata o jornal.
Operários da foto com Bolsonaro são ameaçados
Por Altamiro Borges
Com sua mania de perseguição, Jair Bolsonaro deve ter ficado intrigado com os operários que posaram para uma foto ao seu lado em Jucurutu (RN). Alguns fizeram o "L" com os dedos – um símbolo associado ao ex-presidente Lula. De imediato, o Ministério do Desenvolvimento Regional, que armou o palanque eleitoral, retirou a foto do seu perfil no Instagram.
Os capachos da comitiva presidencial também fizeram questão de divulgar que, “na verdade”, os trabalhadores estavam apontando para Deus a pedido do próprio “capetão”. Outros falaram que seria o símbolo da “arminha” do fascista. Ninguém sabe ao certo qual foi a motivação do gesto. Mas já há informações de que os operários passaram a ser perseguidos.
Com sua mania de perseguição, Jair Bolsonaro deve ter ficado intrigado com os operários que posaram para uma foto ao seu lado em Jucurutu (RN). Alguns fizeram o "L" com os dedos – um símbolo associado ao ex-presidente Lula. De imediato, o Ministério do Desenvolvimento Regional, que armou o palanque eleitoral, retirou a foto do seu perfil no Instagram.
Os capachos da comitiva presidencial também fizeram questão de divulgar que, “na verdade”, os trabalhadores estavam apontando para Deus a pedido do próprio “capetão”. Outros falaram que seria o símbolo da “arminha” do fascista. Ninguém sabe ao certo qual foi a motivação do gesto. Mas já há informações de que os operários passaram a ser perseguidos.
Bolsonaro avança na militarização do país
Por Altamiro Borges
Apesar do crescente desgaste de Jair Bolsonaro – já atestado em várias pesquisas –, o processo de fascistização do Brasil segue em curso. Agora, o laranjal propõe que os civis sejam julgados pela Justiça Militar por eventuais ofensas às Forças Armadas. É a volta da ditadura. Só falta legalizar também a tortura e os assassinatos de opositores.
A proposta fascistizante consta de um parecer assinado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e já protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a tese, civis seriam julgados por crimes militares, o que incluiria delitos contra a honra de instituições fardadas. A ideia maluca visa, acima de tudo, calar os jornalistas.
Apesar do crescente desgaste de Jair Bolsonaro – já atestado em várias pesquisas –, o processo de fascistização do Brasil segue em curso. Agora, o laranjal propõe que os civis sejam julgados pela Justiça Militar por eventuais ofensas às Forças Armadas. É a volta da ditadura. Só falta legalizar também a tortura e os assassinatos de opositores.
A proposta fascistizante consta de um parecer assinado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e já protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a tese, civis seriam julgados por crimes militares, o que incluiria delitos contra a honra de instituições fardadas. A ideia maluca visa, acima de tudo, calar os jornalistas.
O objetivo de Bolsonaro é extinguir a EBC
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos de Mídia Barão da Itararé:
Na segunda-feira (28), a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTI) da Câmara dos Deputados promove audiência pública, às 14h30, para discutir a proposta de inclusão da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no plano de desestatização do governo.
Convidada para a audiência, a coordenadora do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Renata Mielli, avalia que a atividade será mais uma trincheira de luta em defesa da EBC: “O que está em jogo não é a privatização, mas sim a extinção da EBC”, diz. “A EBC foi criada por uma lei aprovada pelo Congresso. Qualquer iniciativa que objetive acabar com a EBC precisa também passar pelo Congresso”.
Convidada para a audiência, a coordenadora do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Renata Mielli, avalia que a atividade será mais uma trincheira de luta em defesa da EBC: “O que está em jogo não é a privatização, mas sim a extinção da EBC”, diz. “A EBC foi criada por uma lei aprovada pelo Congresso. Qualquer iniciativa que objetive acabar com a EBC precisa também passar pelo Congresso”.
É cedo demais para dizer “adeus Bolsonaro”?
Por Leonardo Avritzer, no site A terra é redonda:
Jair M. Bolsonaro formou a coalizão de apoio mais heterogênea e mais heterodoxa da história recente do Brasil. Me explico. É sabido que exército, centrão, corporações da área de segurança e mercado financeiro, além da legião de motociclistas incomíveis (de acordo com a camiseta que um deles vestia), têm pouco em comum quando pensamos em termos de projeto político.
Mas deve-se reconhecer que esses grupos constituíram uma base de apoio relativamente estável para um presidente que, ao que parece, ainda não se dedicou um dia inteiro à tentativa de governar o país. Pelo contrário, desde o início da pandemia tudo indica que ele entende o seu mandato como a arte de desfazer políticas públicas na área de saúde, boicotar a compra de vacinas e apostar em remédios sem eficácia. Surpreendentemente, até algumas semanas atrás, parte significativa da sua base de apoio demonstrava aderir a esse projeto político heterodoxo. Foi até possível encontrar um general que se divertia em desorganizar a política de saúde no país, em nome da logística e da legitimidade das Forças Armadas.
Jair M. Bolsonaro formou a coalizão de apoio mais heterogênea e mais heterodoxa da história recente do Brasil. Me explico. É sabido que exército, centrão, corporações da área de segurança e mercado financeiro, além da legião de motociclistas incomíveis (de acordo com a camiseta que um deles vestia), têm pouco em comum quando pensamos em termos de projeto político.
Mas deve-se reconhecer que esses grupos constituíram uma base de apoio relativamente estável para um presidente que, ao que parece, ainda não se dedicou um dia inteiro à tentativa de governar o país. Pelo contrário, desde o início da pandemia tudo indica que ele entende o seu mandato como a arte de desfazer políticas públicas na área de saúde, boicotar a compra de vacinas e apostar em remédios sem eficácia. Surpreendentemente, até algumas semanas atrás, parte significativa da sua base de apoio demonstrava aderir a esse projeto político heterodoxo. Foi até possível encontrar um general que se divertia em desorganizar a política de saúde no país, em nome da logística e da legitimidade das Forças Armadas.
A tortura para além da tortura
Por Lygia Jobim, no site Carta Maior:
Em 26 de junho de 1997 a Organização das Nações Unidas, criou o Dia Internacional da Luta contra a Tortura com o fim de, não só combater a prática desta aberração, como oferecer amparo às suas vítimas.
Ao se falar em tortura o que primeiro nos vem à mente é a tortura praticada diretamente no corpo de uma pessoa. Quando com fins políticos e aplicada cientificamente, bem ensinada por especialistas, a marca que deixa nas vidas de suas vítimas, não se apagam. A tortura lhes torturará sempre, podendo levá-las, mesmo que tenha cessado há anos, ao suicídio, como foi o caso de Frei Tito de Alencar Lima, dominicano que se enforcou no Convento Sainte-Marie de La Tourette, em 1974, três anos depois de ter sido liberado e de Maria Auxiliadora Lara Barcelos, a Dodora, que, libertada também em 1971, cinco anos depois atirou-se nos trilhos de um trem numa estação de metrô, em Berlim Ocidental. Carregaram a tortura até não poder mais conviver com ela.
Previsão furada de que o PIB salva Bolsonaro
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Do alto de sua sabedoria, sagacidade e experiência, a economista Maria da Conceição Tavares, fiel ao seu estilo desabrido e contundente, disparou quando soube do resultado do PIB : “As pessoas não comem PIB. Comem alimentos.”
Além de confrontar o foguetório midiático que se seguiu ao anúncio do aumento do Produto Interno Bruto de 1,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao último trimestre de 2020, a decana dos economistas progressistas do país, provavelmente, também mirava em outro alvo.
É que não faltaram análises de economistas e jornalistas especializados do campo democrático e de esquerda prevendo que o fim da estagnação econômica e o crescimento acima do esperado do PIB projetam um cenário político-eleitoral mais favorável a Bolsonaro em 2022.
Do alto de sua sabedoria, sagacidade e experiência, a economista Maria da Conceição Tavares, fiel ao seu estilo desabrido e contundente, disparou quando soube do resultado do PIB : “As pessoas não comem PIB. Comem alimentos.”
Além de confrontar o foguetório midiático que se seguiu ao anúncio do aumento do Produto Interno Bruto de 1,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao último trimestre de 2020, a decana dos economistas progressistas do país, provavelmente, também mirava em outro alvo.
É que não faltaram análises de economistas e jornalistas especializados do campo democrático e de esquerda prevendo que o fim da estagnação econômica e o crescimento acima do esperado do PIB projetam um cenário político-eleitoral mais favorável a Bolsonaro em 2022.
Rejeição a Bolsonaro e o desafio da oposição
Editorial do site Vermelho:
O dado da pesquisa do instituto Ipec dando conta de que 66% dos entrevistados rejeitam a maneira como o presidente da República, Jair Bolsonaro, está governando o Brasil é um bom indicador do seu crescente isolamento. A evolução rápida dessa tendência – um crescimento de oito pontos em quatro meses, de acordo com a pesquisa –, decorre de questões bem conhecidas, a começar por seu comportamento, incompatível com as responsabilidades de quem ocupa o mais importante posto nos poderes da República.
O dado da pesquisa do instituto Ipec dando conta de que 66% dos entrevistados rejeitam a maneira como o presidente da República, Jair Bolsonaro, está governando o Brasil é um bom indicador do seu crescente isolamento. A evolução rápida dessa tendência – um crescimento de oito pontos em quatro meses, de acordo com a pesquisa –, decorre de questões bem conhecidas, a começar por seu comportamento, incompatível com as responsabilidades de quem ocupa o mais importante posto nos poderes da República.
Assinar:
Postagens (Atom)