Por Paulo Nogueira Batista Jr.
Queria falar hoje dos inimigos do governo Lula. São muitos, como se sabe, alguns abertos, outros nem tanto. Nelson Rodrigues falava dos “desconhecidos íntimos” que o abordavam na rua sem a menor cerimônia. Podemos falar, também, dos “inimigos íntimos”. É perceptível a sua presença no governo, estão lá infiltrados, instalados em posições importantes. Talvez “inimigos” seja uma palavra exagerada para alguns deles. Digamos “adversários”, no mínimo.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
domingo, 15 de janeiro de 2023
Tem focinho de porco, rabo de porco... é porco
Charge: Quinho |
A descoberta da minuta de um decreto instituindo o estado de defesa no TSE, na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, se insere no rol de evidências de que Bolsonaro foi o comandante supremo do levante terrorista de 8 de janeiro.
Com o apoio de uma rede golpista que inclui integrantes das forças armadas e das polícias militares, empresários, políticos, milicianos e a horda de fanáticos fascistas que o segue, Bolsonaro planejou tudo meticulosamente.
Só não vê quem não quer: a partir da noite do dia 30 de outubro, ao não reconhecer a derrota e mergulhar no silêncio, Bolsonaro, no submundo, estimulou o bloqueio de rodovias e a formação de acampamentos em frente aos quartéis.
A indiferença com a tragédia do povo peruano
Protesto em Cusco (14/01/23). Foto: Martin Mejía/AP |
O povo peruano é um povo sofrido. Suas penúrias começaram quando as forças de Francisco Pizarro chegaram por ali no século XVI. A partir de então, a outrora virtuosa civilização Inca se viu submetida a um calvário infinito.
Com a ocupação de seu solo pelas expedições europeias, as até então altivas populações indígenas peruanas se viram subjugadas e obrigadas a sobreviver de modo vil e indigno em suas próprias terras milenares.
O passar do tempo só levou ao agravamento da situação. A oligarquia peruana de ascendência espanhola foi se tornando o que de mais nefasto a mentalidade colonialista poderia gerar. E, como desgraça pouca é bobagem, as camadas médias que orbitam em torno dessa oligarquia são das mais preconceituosas e racistas do continente. Para usar uma metáfora bem elucidativa, poderíamos dizer que a classe média peruana foi concebida e forjada desde seus primórdios no mais puro espírito do bolsonarismo.
Lições do golpe e do contragolpe em Brasília
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
“Ninguém vai dar o golpe pelo telefone” - Governador Leonel Brizola, em ríspida conversa telefônica com o general Artur da Costa e Silva. Porto Alegre, 27 de agosto de 1961.
Houve uma tentativa de golpe de estado em 08 de janeiro próximo passado: não se duvida disto. A tentativa fracassou: também é óbvio. Houve um contragolpe tão fulminante quanto foi violenta a tentativa golpista: idem, é certo, com a liderança do ministro Flávio Dino, desde a sede de seu ministério, em Brasília. Já a discussão dos comos e porquês está em aberto. Bem como a das lições que se pode tirar destes acontecimentos dramáticos.
Dois atos do teatro da conspiração militar
Charge: Ramsés |
Dois atos muito representativos do 8 de janeiro, que ocorreram com uma diferença de tempo menor que quatro horas e em palcos distantes 7,9 km entre si, fizeram parte do mesmo teatro da conspiração das cúpulas militares contra a democracia.
Um deles, o primeiro, foi contracenado no Palácio do Planalto. O segundo, no Quartel-General do Exército brasileiro – ou “Exército fascio-bolsonarista”, se se preferir.
O primeiro ato
Por volta das 18 horas de 8 de janeiro, no interior do Palácio do Planalto, ninguém menos que o próprio comandante do Batalhão da Guarda Presidencial, coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, protegia terroristas que momentos antes haviam barbarizado e destruído as instalações do Palácio.
Anderson Torres já é rifado por bolsonaristas
Charge: Céllus |
Preso após desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília na manhã deste sábado (14), Anderson Torres – ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal – corre o sério risco de ser descartado como bagaço na sua tentativa de explicar os inexplicáveis atos de vandalismo no domingo passado (8). O clã Bolsonaro adora abandonar na estrada seus jagunços – que o diga o pistoleiro Roberto Jefferson, ex-dono do PTB.
Nas redes sociais, a trairagem já está em curso, segundo matéria do site UOL. “Até a tarde de quinta-feira (12), nem o ex-presidente da República nem sua mulher, Michelle, ou qualquer um dos seus filhos curtiram ou comentaram as postagens feitas por Anderson Torres em seus perfis no Instagram e no Twitter após os atos terroristas em Brasília”.
sábado, 14 de janeiro de 2023
Conselho Federal de Medicina acolhe golpistas
Charge: Mindu |
O Conselho Federal de Medicina (CFM) infelizmente virou um antro da extrema-direita nativa. Durante o reinado de Jair Bolsonaro, o órgão divulgou notas e promoveu eventos em apoio ao genocida – culpado por milhares de mortes na pandemia da Covid-19. Agora, a presidenta interina do CFM, aplaude os terroristas que barbarizaram em Brasília.
Segundo matéria da Folha, “a médica Rosylane Rocha celebrou nas redes sociais os atos golpistas que culminaram na invasão e vandalização do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF, que ocorreram neste domingo (8). Rosylane é segunda vice-presidente, mas está à frente do CFM porque seus dois superiores encontram-se fora do Brasil”.
Globo não renovará com a fanática Cássia Kis
Por Altamiro Borges
O site UOL informa que a TV Globo não vai renovar o contrato com a atriz Cássia Kis após o fim da novela “Travessia”. Vários fatores pesaram nessa decisão – além da orientação geral do império midiático de dispensar seus profissionais mais caros e antigos. Segundo a nota, “as polêmicas em que ela se envolveu recentemente foram determinantes para a decisão”. A artista virou uma fanática e patética bolsonarista.
Também pesou o clima negativo no local de trabalho. Recentemente, “um grupo de funcionários da Globo se reuniu para denunciar no Departamento de Compliance o comportamento da atriz não só durante as gravações de ‘Travessia’, mas também da série ‘Desalma’ (Globoplay). Eles denunciaram que Cássia grita e destrata colegas, inclusive com comentários preconceituosos”. Mais de 10 profissionais fizeram denúncias.
O site UOL informa que a TV Globo não vai renovar o contrato com a atriz Cássia Kis após o fim da novela “Travessia”. Vários fatores pesaram nessa decisão – além da orientação geral do império midiático de dispensar seus profissionais mais caros e antigos. Segundo a nota, “as polêmicas em que ela se envolveu recentemente foram determinantes para a decisão”. A artista virou uma fanática e patética bolsonarista.
Também pesou o clima negativo no local de trabalho. Recentemente, “um grupo de funcionários da Globo se reuniu para denunciar no Departamento de Compliance o comportamento da atriz não só durante as gravações de ‘Travessia’, mas também da série ‘Desalma’ (Globoplay). Eles denunciaram que Cássia grita e destrata colegas, inclusive com comentários preconceituosos”. Mais de 10 profissionais fizeram denúncias.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2023
quinta-feira, 12 de janeiro de 2023
União férrea pela democracia
Reprodução do site Dom Total |
O fascismo nunca havia mostrado suas garras e caninos com tanta fúria e ferocidade entre nós. Só em golpes de estado se vê tamanho grau de violência e barbárie contra a Constituição e os Poderes da República. O momento é de mobilização permanente em defesa da democracia e do país e de fortalecimento da autoridade do presidente Lula.
A selvageria contra o Estado democrático de Direito teve comando, planejamento, coordenação e estratégia. Não foi ato de aventureiros alucinados. Os financiadores do terrorismo têm que ser identificados e presos. Os culpados pelo caos, por ação ou omissão, devem ser punidos com rigor.
Dilema da mídia alternativa é sair da bolha
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
A vitória eleitoral do agora novamente presidente Luiz Inácio Lula da Silva revigorou o debate sobre políticas de comunicação, nos aspectos de conteúdo e negócios e abriu, para a chamada mídia alternativa, a expectativa de receber outro tratamento. Por outro lado, persiste o receio de que, pelo menos neste momento, o novo governo evite mexer substancialmente no estado atual do setor, em um tempo considerado espinhoso. Ainda mais com tantos partidos envolvidos na formação da máquina oficial.
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