quarta-feira, 13 de março de 2024

O mundo gira e o neofascimo lusitano roda

Charge do site Correio da Madeira
Por Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo:


1. Quem ganhou e quem perdeu a eleição parlamentar de 10 de março em Portugal? O primeiro impulso é ver a Aliança Democrática, agora a maior minoria da Assembleia da República, como a grande vencedora.

À coligação de três legendas de direita – Partido Social Democrata (PPD/PSD), Partido Popular (CDS–PP) e Partido Popular Monárquico (PPM) – caberá a prerrogativa de atender a primeira chamada para a formação de governo.

Obteve 24,49% dos votos, o que resulta em 79 cadeiras num universo de 230.

O tento é ligeiramente superior aos 77 assentos conquistados pela soma das três agremiações nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022. Para efeitos gerais, ficou quase do mesmo tamanho e dificilmente formará uma administração de minoria.

terça-feira, 12 de março de 2024

Globo lucra mais e amplia domínio na TV paga

1964-2024: mídia e golpismo, ontem e hoje

Novas regras na internet para as eleições

Governo Lula é nota sete

MST vai às ruas contra anistia para golpistas

O que Mauro Cid disse à Polícia Federal?

Mídia fabrica crise contra o governo Lula

Ele já não deveria estar na prisão?

segunda-feira, 11 de março de 2024

Briga no União Brasil vira caso de polícia

Sem anistia para o casal Moro

Lula elege Boulos em São Paulo?

Os jovens da extrema direita chegaram lá!

Por Moisés Mendes, em seu blog:

Nikolas Ferreira e Caroline de Toni têm virtudes, lá pra turma deles, que as esquerdas perderam e a extrema direita esfrega na cara da democracia. São dois jovens na linha de frente do bolsonarismo, escalados para uma missão que os coloca em outro patamar.

Ambos deixam de ser apenas propagadores da retórica fundamentalista para se transformar em protagonistas de ações políticas dentro do Congresso. Nikolas, na Comissão de Educação, e Caroline, na Comissão de Constituição e Justiça, passam a agir talvez até mais do que falar e pregar. Chegaram ao primeiro time.

As esquerdas que não enfiam a cabeça na areia devem ver a ascensão de ambos não como uma provocação da extrema direita a Lula, como andam dizendo, mas como um movimento de aposta no que eles representam.

O lado B das pesquisas

Reprodução
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Alguns aspectos de um problema com múltiplas causas - a queda de popularidade de Lula e de seu governo, atestada pelas pesquisas Quaest e Ipec - passaram batidos pela grande maioria dos analistas de todas as inclinações políticas.

Em entrevista a Luis Nassif, na TV GGN, a jornalista Magali Cunha, pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (ISER), disse que um monitoramento feito pela instituição nas redes sociais de grupos religiosos, da extrema direita ou de hegemonia conservadora, de janeiro para cá, mostra um crescimento considerável na produção e disseminação de informações falsas, vinculando o governo e o PT à liberação de drogas e à descriminalização do aborto, entre outras fake news.

Xadrez de Lula e do fim das utopias

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Luís Nassif, no Jornal GGN:


Peça 1 – as circunstâncias do jogo

Os seis anos de Temer-Bolsonaro não significaram apenas o desmonte do Estado brasileiro.

A longa conspiração contra a democracia, inaugurada oficialmente com o mensalão, provocou um desequilíbrio de toda ordem, um enfraquecimento inédito do Executivo, um protagonismo indevido do Supremo, do Ministério Público Federal, do poder militar, das religiões evangélicas, do mercado, um caos institucional e político que abriu espaço para o bolsonarismo – que se tornou força política polarizadora com o PT.

No início da conspiração, com o mensalão, os quadros do PT com maior conhecimento sobre os sistemas de poder – José Dirceu, José Genoino, Luiz Gushiken – foram expelidos e Lula passou a contar apenas com sua intuição.

As pesquisas de opinião e a economia

Por que a esquerda perdeu em Portugal?

Globo lucra mais e amplia domínio na TV paga

Charge: Kayser
Por Altamiro Borges


Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente do Grupo Globo, Paulo Marinho, confirmou na semana passada que a empresa arrecadou R$ 15,16 bilhões em 2023 e voltou ao nível de faturamento de antes da pandemia da Covid-19. O balanço financeiro deverá ser divulgado até o final deste mês e trará um lucro operacional da Globo em patamares próximos a 2014. Segundo dados preliminares, os resultados do Globoplay e de vendas comerciais de produtos foram decisivos para o bom desempenho da emissora.

Já de acordo com análise da Folha, outro fator que ajudou o império global foi a ausência no ano passado de grandes eventos. “Em 2022, a Copa do Mundo do Catar e o Rock in Rio levaram a Globo a fechar com prejuízo operacional por conta do aumento de custos com a transmissão de eventos. Hoje, segundo Paulo Marinho, a Globo tem um caixa de R$ 14,2 bilhões, o que fará a emissora continuar com investimentos importantes, como direitos de torneios, modernização de estúdios e conteúdo para o Globoplay”.

Briga no União Brasil vira caso de polícia

Charge: Galvão Bertazzi
Por Altamiro Borges


A disputa pela grana e pelo comando do União Brasil – partido nascido em 2011 da fusão do DEM, antiga Arena da ditadura militar, com o PSL, legenda de aluguel do fascista Jair Bolsonaro em 2018 – virou caso de polícia. Na semana passada, o novo chefão da sigla, Antônio Rueda, prestou queixa na Delegacia Especial de Crimes Cibernéticos do Distrito Federal contra o ex-presidente Luciano Bivar. Segundo reportagem do site Metrópoles, “o União Brasil está em pé de guerra” e o litígio inclusive já chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF).

domingo, 10 de março de 2024

Gaza e o genocídio da inteligência

Ilustração: Sabaaneh
Por Flávio Aguiar, no site A terra é redonda:


“Muera la inteligencia! Viva la muerte!” (frase atribuída ao General falangista José Millán-Astray y Terreros, por ocasião do “Dia de la Raza”, 12 de outubro de 1936, perante o reitor da Universidade de Salamanca, Miguel de Unamuno).

Muito se debate e vai se debater sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamando de “genocídio” o que o governo e as forças armadas de Israel vêm fazendo na Faixa de Gaza em relação ao povo palestino e equiparando esta ação ao que Hitler fez com os judeus durante o regime nazista. As direitas condenam a fala do presidente. As esquerdas apoiam a fala do presidente. Adianto que me situo neste campo e nesta concordância. E também adianto que nem por isto deixo de considerar o ataque promovido pelo Hamas contra civis israelenses em 7 de outubro um ato terrorista abominável, e da mesma forma aquela minha concordância não me torna um antissemita, assim como também o presidente Lula não o é.