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Ao denominar de "13 fracassos petistas" o discurso com que saiu, ontem, em campanha ao Planalto, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) bem poderia chamá-lo, também, de "13 erros tucanos", já que seu pronunciamento não passa de um amontoado de equívocos em relação à realidade brasileira nestes 10 anos de governos federais petistas. É, ao mesmo tempo, miragem-confissão da maioria das falhas cometidas, de fato, pelos próprios tucanos nos oito anos em que estiveram no poder.
Tão fácil rebater ponto por ponto as colocações do senador que eu chego a ficar em dúvida se ele quis mesmo, com esse discurso, sair em campanha para o pleito do ano que vem. E, principalmente, rebater as comparações que temos feito entre governos tucanos e os nossos. O senador fala de um comprometimento do desenvolvimento, responsabilizando-nos por isso.
Aos fatos. Na era Lula o PIB cresceu em média o dobro da era FHC: 4,06% X 2.29%. Mesmo com o biênio 2011-2012, inicial do governo Dilma Rousseff, o país cresceu mais 3,6%. Mas, aqui, o indicador que interessa é o PIB per capita. Vejam, era R$ 8,4 mil na era tucana, saltou para R$ 19,5 mil na era Lula e com a presidenta Dilma já chega a R$ 21,2 mil.
Paralisia no país? Onde?
O senador insiste em ver uma paralisia no país. Esquece, de propósito como estavam as estradas, os portos, os aeroportos e as ferrovias em 2003 quando assumimos. Esquece que aumentamos em 50% a produção de energia do país e que tocamos o PAC. Apenas um dos nossos programas, como o Minha Casa Minha Vida, que já tem nada menos que 1 milhão de casas construídas e mais 1,3 milhão já contratadas. E esquece o pré-sal, as concessões e o que já reconstruímos em estradas e ferrovias, portos e aeroportos...
E essa história dele, de "tempo perdido, a indústria sucateada..."? A indústria foi sucateada na era FHC, quando era proibido falar em política industrial nacional e o câmbio era fixo: 1 dólar = 1 real. Talvez ele fale de "tempo perdido" porque os tucanos querem apagar essa época e agora esconder que o governo Dilma faz política industrial e defesa comercial, reduzindo os juros, realinhando o câmbio, desonerando impostos e energia e investindo como nunca em educação e inovação.
Hoje os bancos públicos são instituições financeiras de fomento da indústria, da agricultura, da infraestrutura e da inovação e não candidatos, eles próprios, à privatização, ou instrumentos desta privatização - ou da privataria, como foi denominado aquele processo comandado pelos governos tucanos. Hoje os investimentos públicos são o dobro da era FHC e as estatais retomaram os investimentos paralisados nos governos do PSDB.
Uma piada de Aécio
Já essa história do parlamentar-presidenciável mineiro de inflação em alta e que a estabilidade econômica está ameaçada só pode ser uma piada. Eles, sim, deixaram o país quebrado, com uma dívida pública dobrada; inflação em alta; desemprego nas alturas; dólar descontrolado; e um Brasil quase sem reservas externas. Elas eram de US$ 37 bi e hoje são US$ 378 bi - dez vezes maior.
Deixaram o Brasil endividado com o FMI e com uma dívida externa alta. Hoje o pais é credor do Fundo. Já eles foram duas vezes de pires na mão pedir socorro ao FMI e ao governo norte-americano, que salvaram FHC nas vésperas da reeleição em 1998. E ainda têm a coragem de falar em estabilidade!
Vejam uma contestação completa ao discurso do senador lendo os posts abaixo O presidenciável mineiro esquece que eles extinguiram a CPMF e Uma grande bobagem tucana.
2 comentários:
Discordo em apenas um ponto. Os bancos públicos são instituições, hoje, não exatamente ao fomento da agricultura, mas sim do agronegócio. Agricultura e agronegócio são duas coisas absolutamentes distintas e isso, tampouco, sequer, os governos ptistas ou tucanos aprenderam. Tucanos por que nem uma coisa nem outra lhes interessa e ao PT por que não quis aprender, pelo menos até agora, permanencendo absorto nessa confusão não urbana.
Luís, mto bem colocado. Esse ponto é crucial. Mas o rompimento com o setor ruralista é uma coisa que nem estamos próximos de fazer e a bancada que os representa no congresso é formada por DEMs e PSDBistas que hoje são a sintese ao centro de toda a nossa direita e classe conservadora.E certamente não deixaram de ser uma pedra no sapato do governo Dilma. Os planos de estado são muito diferentes, enquanto hoje temos um planejamento de governo desenvolvimentista em varias linhas, principalmente nos incentivos industriais, na expansão financeira e nos investimentos internos em infraestrutura. Sim, estamos investindo na nossa infra com um capital formado dentro do país e não através de investimentos externos diretos como afirmava que se basearia a expansão o Sr FHC. Claramente a era do entreguismo e do rentismo cessou, espero que não volte... que o nosso crescimento seja cada vez mais democratico, equitativo, equilibrado e sustentável. Tenho certeza de que poderiamos com politicas de austeridade, bem fundamentadas como ocorrem na Noruega por ex. (país ileso da crise) ter um indice de desenvolvimento humano infinitamente maior considerando o território em que vivemos e a nossa riqueza cultural tão diversa.
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