Do blog de Zé Dirceu:
Marina ainda tem o escudo da sua religião para justificar o abandono de posições. Já Aécio nem precisa disso. Seu partido, o PSDB, há tempos deixou de ser progressista e se tornou um partido conservador. De sua proposta inicial de ser um partido social democrata, como eram os antigos partidos sociais democratas europeus nada mais resta. Agora é só de direita mesmo.
Daí a proposta do Aécio de redução da maioridade penal aplicando o Código Penal aos menores de 18 anos e maiores de 16, nos casos de crime graves. Pela proposta dele não fica claro se estes menores irão cumprir pena nas penitenciárias ou internados em casas que sabemos o que são: piores que as penitenciárias.
Marina abandonou posições históricas que teve no PT e na esquerda
Política de segurança mesmo, como sabemos, o PSDB não tem. Nesse quesito os tucanos fracassaram em São Paulo e em Minas para ficar em dois Estados. A não ser que consideremos um sucesso construir uma penitenciária em parceria público-privada (PPP) como política de segurança. Como fez Aécio em Minas.
Marina ao abandonar posições históricas do PT e da esquerda nada mais faz do que se ajoelhar perante seu eleitorado evangélico, que como podemos ver na pesquisa Datafolha mais recente foi quem lhe deu votos para empatar com a presidenta Dilma Rousseff que praticamente caiu apenas nesse eleitorado. As propaladas convicções de Marina, seu compromisso com sua história, como vemos não passa de propaganda.
Como naquele ditado que diz, “em casa em que falta pão todos gritam e ninguém tem razão”, na candidatura Aécio, que não tem mais votos, irrompeu mais uma crise, agora por causa da declaração do coordenador nacional do comitê deles, senador Agripino Maia (DEM-RN) acenando desde já com apoio à Marina no 2º turno. Ora, Agripino disse o que todos os tucanos pensam e planejam: como derrotar o PT no 2º turno e para isso, para eles, vale tudo.
Agripino apenas errou estratégia, mas anunciou o que o PSDB já quer
Pensam e planejam já em como fazê-lo sem prejudicar Marina agora, uma vez que seu eleitorado – ou parte dele – a toma como pura, acredita no seu discurso contra os velhos políticos e a velha política – atacando inclusive o PSDB. E velhos políticos e política que a acompanham e que ela pratica já agora. Ao lado da banqueirada e do grande empresariado que a acompanham.
O PSDB, pela voz de Agripino, antecipou a adesão. Agripino apenas não soube anunciá-la sem prejudicar Marina porque o apoio tucano afasta também parte do eleitorado progressista dela que ainda a vê como uma candidata que não se renderá ao mercado. Apesar de todas as mesuras e assessores atucanados que a candidata fez, faz e tem.
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