Editorial do site Vermelho:
Reveste-se de enorme significado não só para a América do Sul, mas também para a vida política internacional a Cúpula de chefes de Estado da Unasul (União das Nações do Sul), realizada na Metade do Mundo, no Equador, na última sexta-feira (5).
Seu valor está muito além do simbolismo contido na inauguração de um arrojado edifício de linhas futuristas na latitude zero, que marca geograficamente o centro do planeta, “onde os povos ancestrais adoravam o deus Sol e festejavam suas colheitas” - como assinalou o presidente Rafael Correa, anfitrião do encontro -, e da justa homenagem a Nestor Kirchner, que dá nome ao edifício. O ex-presidente argentino, falecido em 2010, foi o primeiro secretário geral do organismo e um convicto lutador pela causa da integração das nações sul-americanas.
A reunião da Metade do Mundo ratificou os princípios regentes da integração regional, reafirmou os compromissos políticos dos líderes com os ideais da construção progressiva da unidade da América do Sul. Mais uma vez, os Estados nacionais soberanos da América do Sul proclamaram o engajamento nos esforços pela paz, a democracia, a soberania nacional, os direitos humanos, o desenvolvimento e a justiça social.
A Cúpula da Metade do Mundo deu passos no sentido de impulsionar acordos de cooperação nas áreas da defesa e da complementaridade e convergência política, social e econômica, especificamente no que se refere ao empenho nas obras de infraestrutura, como a revitalização do Rio da Prata, a construção de ferrovias e rodovias, a integração energética, a intensificação das relações comerciais, a busca de novas parcerias, no quadro da crise internacional, e a construção de uma arquitetura financeira regional que garanta a soberania monetária, através do Banco do Sul, alavanca financeira a viabilizar.
A Cúpula da Unasul abriu novas perspectivas também para a criação da “cidadania sul-americana” e o respectivo passaporte, que facilitará a circulação entre os 12 países que compõem o organismo multilateral. Segundo estimativas, mais de 400 milhões de cidadãos devem ser beneficiados com a medida.
Temos assinalado que a Unasul está criando uma nova diplomacia e contribuindo na luta contra o hegemonismo e a imposição da vontade e dos ditames das potências imperialistas que afetam a paz, a cooperação, o equilíbrio do mundo e a efetiva democratização das relações internacionais. Ao afirmar que “a Unasul se levanta como potência, mas como uma potência de paz", o presidente equatoriano evidenciou o contraste entre os propósitos do organismo reunido em seu país e as políticas intervencionistas, militaristas e belicistas do imperialismo estadunidense e seus aliados. Na ótica da Unasul, a América do Sul é e continuará sendo um bastião da paz.
Nesse quadro, está correta a orientação da diplomacia brasileira, que prioriza a integração regional e tem sido uma garantia da existência e do desenvolvimento da Unasul e demais organismos de integração regional, como a Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos). Aliás, uma política de governo consoante a Constituição Federal que em seu artigo 4º, parágrafo único, estabelece que "a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações". Uma abissal diferença com a política externa da oposição neoliberal e conservadora liderada pelo candidato derrotado Aécio Neves, que na campanha eleitoral preconizou a volta da “diplomacia de pés descalços” e a submissão do Brasil aos potentados internacionais.
Reveste-se de enorme significado não só para a América do Sul, mas também para a vida política internacional a Cúpula de chefes de Estado da Unasul (União das Nações do Sul), realizada na Metade do Mundo, no Equador, na última sexta-feira (5).
Seu valor está muito além do simbolismo contido na inauguração de um arrojado edifício de linhas futuristas na latitude zero, que marca geograficamente o centro do planeta, “onde os povos ancestrais adoravam o deus Sol e festejavam suas colheitas” - como assinalou o presidente Rafael Correa, anfitrião do encontro -, e da justa homenagem a Nestor Kirchner, que dá nome ao edifício. O ex-presidente argentino, falecido em 2010, foi o primeiro secretário geral do organismo e um convicto lutador pela causa da integração das nações sul-americanas.
A reunião da Metade do Mundo ratificou os princípios regentes da integração regional, reafirmou os compromissos políticos dos líderes com os ideais da construção progressiva da unidade da América do Sul. Mais uma vez, os Estados nacionais soberanos da América do Sul proclamaram o engajamento nos esforços pela paz, a democracia, a soberania nacional, os direitos humanos, o desenvolvimento e a justiça social.
A Cúpula da Metade do Mundo deu passos no sentido de impulsionar acordos de cooperação nas áreas da defesa e da complementaridade e convergência política, social e econômica, especificamente no que se refere ao empenho nas obras de infraestrutura, como a revitalização do Rio da Prata, a construção de ferrovias e rodovias, a integração energética, a intensificação das relações comerciais, a busca de novas parcerias, no quadro da crise internacional, e a construção de uma arquitetura financeira regional que garanta a soberania monetária, através do Banco do Sul, alavanca financeira a viabilizar.
A Cúpula da Unasul abriu novas perspectivas também para a criação da “cidadania sul-americana” e o respectivo passaporte, que facilitará a circulação entre os 12 países que compõem o organismo multilateral. Segundo estimativas, mais de 400 milhões de cidadãos devem ser beneficiados com a medida.
Temos assinalado que a Unasul está criando uma nova diplomacia e contribuindo na luta contra o hegemonismo e a imposição da vontade e dos ditames das potências imperialistas que afetam a paz, a cooperação, o equilíbrio do mundo e a efetiva democratização das relações internacionais. Ao afirmar que “a Unasul se levanta como potência, mas como uma potência de paz", o presidente equatoriano evidenciou o contraste entre os propósitos do organismo reunido em seu país e as políticas intervencionistas, militaristas e belicistas do imperialismo estadunidense e seus aliados. Na ótica da Unasul, a América do Sul é e continuará sendo um bastião da paz.
Nesse quadro, está correta a orientação da diplomacia brasileira, que prioriza a integração regional e tem sido uma garantia da existência e do desenvolvimento da Unasul e demais organismos de integração regional, como a Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos). Aliás, uma política de governo consoante a Constituição Federal que em seu artigo 4º, parágrafo único, estabelece que "a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações". Uma abissal diferença com a política externa da oposição neoliberal e conservadora liderada pelo candidato derrotado Aécio Neves, que na campanha eleitoral preconizou a volta da “diplomacia de pés descalços” e a submissão do Brasil aos potentados internacionais.
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