O “quero o divórcio” do PSDB para Eduardo Cunha não é bem assim.
A tentativa de “limpar a cara” tucana vai ter mais efeitos que se pensa, e péssimos para eles
Primeiro, porque está evidente para a opinião pública que o fazem porque Cunha perdeu sua função, a de ser o instrumento para derrubar Dilma.
A articulação que resultou na reforma ministerial tirou-lhe uma das mãos.
As contas na Suíça abalaram suas pernas.
Sobrou só a que usa a caneta para definir o que se vota ou não na Câmara.
E o olhar de Górgona de sua cabeça prestes a ser cortada, capaz de petrificar quem venha de espada em seu pescoço.
E Cunha vai usá-lo, até porque sabe onde estão os estoques de “carne enlatada” de muitas figuras “moralistas”.
Não duvidem que ele mande emitir sinais de que está disposto a fazer se abrirem algumas das latas, que podem exalar cheiro de podre.
Fará, se precisar evitar uma debandada no que lhe resta de tropa, que todos sabem com o que foi formada.
Precisa receber sinais de que é “brincadeirinha” tucana, sobretudo quanto aos votos no Conselho de Ética, sua primeira batalha.
E “brincadeirinha” é algo que deixa nervoso o baixo clero que se garantia com a “cobertura” tucana.
Esta história de “mudança de estratégia” é boa para conversar com os colunistas. Na turma do “fundão” do Congresso o papo é outro, muito outro.
Cunha está se afogando e afogado puxa para o fundo quem dá bobeira perto dele.
PS. Terá sido o efeito “carne enlatada” que fez Paulo Roberto Costa “lembrar” ontem, depois do 222.428º depoimento que o tal Fernando Baiano sempre falava de encontros que teria mantido com Renan Calheiros? Baiano, depois da delação sobre Cunha, é outro inservível…
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