Por Najla Passos, no site Carta Maior:
Um grupo expressivo de artistas e intelectuais se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff, nesta quinta (31), no Palácio do Planalto, para dizer que não vai ter novo golpe. Exatos 52 anos após aquele outro golpe que instaurou a ditadura militar no país, eles ressaltaram que a democracia é a conquista mais importante desta geração e que não irão permitir que ela seja novamente fraturada.
“Neste momento, em que os avanços sociais conquistados estão seriamente ameaçados pela direita -sim, a direita existe! - a classe artística, mais uma vez, se levanta para cumprir seu papel de vanguarda na defesa da democracia e da legalidade. Não vai ter golpe. Vai ter luta!”, conclamou a cantora Beth Carvalho, eterna diva da luta pela democratização do país, que pediu mais amor para a sociedade enfrentar esses novos tempos difíceis.
Ana Muylaert, a premiada diretora do longa “Que horas ela volta?”, emocionou os presentes – e especialmente a presidenta Dilma - ao lembrar que o seu filme, que fala do separatismo social, visto do ponto de vista da cozinha para a sala, jamais seria possível se os governos petistas não tivessem promovido a inclusão social de mais de 40 milhões de brasileiros.
“Não fui eu quem criei a Jéssica”, disse a cineasta, em referência à protagonista que conquistou o mundo ao mostrar o novo Brasil em que uma filha de empregada do nordeste pode deixar a escola pública para ser universitária em São Paulo. Segundo ela, o governo Dilma trabalha pela inclusão social e a história saberá reconhecer o papel da presidenta. “No futuro, haverá uma Jéssica presidenta e o seu coração estará cheio de gratidão a Dilma", afirmou
Um grupo expressivo de artistas e intelectuais se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff, nesta quinta (31), no Palácio do Planalto, para dizer que não vai ter novo golpe. Exatos 52 anos após aquele outro golpe que instaurou a ditadura militar no país, eles ressaltaram que a democracia é a conquista mais importante desta geração e que não irão permitir que ela seja novamente fraturada.
“Neste momento, em que os avanços sociais conquistados estão seriamente ameaçados pela direita -sim, a direita existe! - a classe artística, mais uma vez, se levanta para cumprir seu papel de vanguarda na defesa da democracia e da legalidade. Não vai ter golpe. Vai ter luta!”, conclamou a cantora Beth Carvalho, eterna diva da luta pela democratização do país, que pediu mais amor para a sociedade enfrentar esses novos tempos difíceis.
Ana Muylaert, a premiada diretora do longa “Que horas ela volta?”, emocionou os presentes – e especialmente a presidenta Dilma - ao lembrar que o seu filme, que fala do separatismo social, visto do ponto de vista da cozinha para a sala, jamais seria possível se os governos petistas não tivessem promovido a inclusão social de mais de 40 milhões de brasileiros.
“Não fui eu quem criei a Jéssica”, disse a cineasta, em referência à protagonista que conquistou o mundo ao mostrar o novo Brasil em que uma filha de empregada do nordeste pode deixar a escola pública para ser universitária em São Paulo. Segundo ela, o governo Dilma trabalha pela inclusão social e a história saberá reconhecer o papel da presidenta. “No futuro, haverá uma Jéssica presidenta e o seu coração estará cheio de gratidão a Dilma", afirmou
O teatrólogo Aderbal Freire Filho lembrou que o discurso político, muitas vezes, usa metáforas teatrais e, por isso, abusou delas. “Neste momento, tem sido muito usado um gênero teatral: a farsa”, denunciou. Segundo ele, farsa é quando personagens ridículos, fanfarrões, enterrados até o pescoço em corrupção, herdeiros de uma tradição antiga de conveniências, são usados para escrever uma narrativa irreal de impeachment.
Conforme ele, outra metáfora possível para se avaliar o momento atual é a do “teatro de marionetes”, em um contexto em que a manipulação da mídia é evidente. “Para esconder os golpes, a imprensa muda seus nomes: antes foi revolução, agora é impeachment. Foi golpe e é golpe”, comparou.
A atriz Letícia Sabatella afirmou à presidenta que faz oposição declarada ao seu governo, mas sustentou que jamais se furtaria a defender a democracia e a legalidade. Segundo ela, independentemente de se apoiar ou não as decisões de um governo que beneficia o grande capital com a transposição do Rio São Francisco, que retira diretos dos índios e mantém Katia Abreu como ministra, não é possível assistir inerte ao que chamou de “plano maquiavélico de tomada do poder na marra”.
Em um franco alerta contra a manipulação da mídia, desabafou: “a vida não é uma novela, não é um reality show editado”. conforme a atriz, é assustador saber que os motivos que usam para tentar tirar a presidenta do cargo para o qual foi democraticamente eleita não são os erros cometidos, mas os acertos. “Mesmo sendo oposição, não posso deixar de reconhecer a ascensão social da maioria da população. E uma vez dado um passo, a gente tem que ir adiante, não para traz”, justificou.
Em vídeo, o ator estadunidense Danny Glover, que atuou do clássico “A Cor Púrpura” ao comercial Máquina Mortífera , afirmou à presidenta que ela não está sozinha e conta com o apoio de todas as pessoas do mundo que lutam pela paz, pela justiça e pela democracia. E, se dirigindo à presidenta, ainda arriscou em um portugês cheio de sotaque: “Nós estamos com você e declaramos: não vai ter golpe!”.
Participações e manifestos
Também participaram do evento o escritor Fernando Moraes, o cineasta Jorge Furtado, os atores Osmar Prado, Antônio Pitanga, Sérgio Mamberti e Murilo Grossi, as atrizes Elisa Lucinda e Cassia Camargo, os rappers GOG e Flávio Renegado, o sociólogo Emir Sander, o ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, dentre vários outros.
No encontro, a presidenta Dilma Rousseff recebeu dezenas de manifestos de artistas e intelectuais contrários ao golpe, entre eles o do Fórum 21, entregue pelo professor de Economia da Unicamp, Eduardo Fagnani. Também participaram do evento outros membros do fórum, como o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, a professora da UnB, Magda Lúcio, o jurista Fábio Sá e Silva.
Conforme ele, outra metáfora possível para se avaliar o momento atual é a do “teatro de marionetes”, em um contexto em que a manipulação da mídia é evidente. “Para esconder os golpes, a imprensa muda seus nomes: antes foi revolução, agora é impeachment. Foi golpe e é golpe”, comparou.
A atriz Letícia Sabatella afirmou à presidenta que faz oposição declarada ao seu governo, mas sustentou que jamais se furtaria a defender a democracia e a legalidade. Segundo ela, independentemente de se apoiar ou não as decisões de um governo que beneficia o grande capital com a transposição do Rio São Francisco, que retira diretos dos índios e mantém Katia Abreu como ministra, não é possível assistir inerte ao que chamou de “plano maquiavélico de tomada do poder na marra”.
Em um franco alerta contra a manipulação da mídia, desabafou: “a vida não é uma novela, não é um reality show editado”. conforme a atriz, é assustador saber que os motivos que usam para tentar tirar a presidenta do cargo para o qual foi democraticamente eleita não são os erros cometidos, mas os acertos. “Mesmo sendo oposição, não posso deixar de reconhecer a ascensão social da maioria da população. E uma vez dado um passo, a gente tem que ir adiante, não para traz”, justificou.
Em vídeo, o ator estadunidense Danny Glover, que atuou do clássico “A Cor Púrpura” ao comercial Máquina Mortífera , afirmou à presidenta que ela não está sozinha e conta com o apoio de todas as pessoas do mundo que lutam pela paz, pela justiça e pela democracia. E, se dirigindo à presidenta, ainda arriscou em um portugês cheio de sotaque: “Nós estamos com você e declaramos: não vai ter golpe!”.
Participações e manifestos
Também participaram do evento o escritor Fernando Moraes, o cineasta Jorge Furtado, os atores Osmar Prado, Antônio Pitanga, Sérgio Mamberti e Murilo Grossi, as atrizes Elisa Lucinda e Cassia Camargo, os rappers GOG e Flávio Renegado, o sociólogo Emir Sander, o ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, dentre vários outros.
No encontro, a presidenta Dilma Rousseff recebeu dezenas de manifestos de artistas e intelectuais contrários ao golpe, entre eles o do Fórum 21, entregue pelo professor de Economia da Unicamp, Eduardo Fagnani. Também participaram do evento outros membros do fórum, como o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, a professora da UnB, Magda Lúcio, o jurista Fábio Sá e Silva.
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