Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Está claro agora que Sérgio Moro enfrenta seu Waterloo.
Ele acreditou na Globo e achou que poderia voar. Só que se espatifou.
A contundente derrota que ele sofreu ontem no SFT na questão dos grampos foi um marco na mudança de sua imagem.
O juiz superstar de quem ninguém ousava falar por ele parecer simbolizar a luta contra a corrupção ficou para trás. Em seu lugar emergiu a figura de um juiz partidário, descontrolado e sócio da Globo na aventura macabra de destruir a democracia pelas vias jurídicas.
Moro cruzou as fronteiras do tolerável ao impor a Lula um depoimento coercitivo sem qualquer propósito que não fosse produzir um espetáculo circense na mídia.
Foi aí que vozes insuspeitas de petismo ou esquerdismo começaram a questioná-lo fortemente, o que não ocorria até então. Começava o que em inglês se chama de backlash – o refluxo dos elogios a Moro.
O juiz Marco Aurélio Mello se destacou aí. Depois de explicar didaticamente a aberração cometida por Moro ao coagir alguém sem antes convidá-lo a depor, Marco Aurélio zombou da miserável justificativa apresentada pelo ofensor.
Moro afirmou que agiu para “proteger” Lula. “Este tipo de proteção eu não quero para mim”, disse ele. Brasileiro nenhum quer.
O segundo passo em falso de Moro veio dias depois, quando grampeou e vazou para a Globo conversas telefônicas de Lula, algumas delas com Dilma.
Mais uma vez, não houve motivo nenhum que não fosse o de provocar alarido e o de levar inocentes úteis a acharem que Lula cometera mais um crime.
Pouco tempo depois, o próprio Moro confirmou isso ao dizer que Lula parecia saber que estava sendo grampeado pelo teor dos áudios gravados.
O que Moro disse é que nada do que se gravou de Lula era incriminador. Ora: por que, então, divulgar? Para posar de herói, para constranger Lula, para ajudar no golpe, ou por todas estas alternativas?
Fico com a última hipótese.
A imprensa silenciou, como era de esperar. Mas o STF, pelas mãos do ministro Teori, deu um basta a Moro.
Chega, passou do limite, acabou a farra: foi este o sentido do gesto de Teori de retirar Lula das mãos, ou garras, de Moro e reprovar categoricamente os grampos.
Moro foi intimado a explicar a invasão telefônica por Teori, e apresentou um pedido de desculpas tão patético quanto o de Lobão para Chico.
O desprezo com que as “escusas”, para usar a palavra pomposa de Moro, foram recebidas ficou patente na sessão de ontem do STF.
Teori foi seguido por todos os seus colegas, excetuado Gilmar, que estava numa viagem em Lisboa por motivos golpistas.
Fora dos círculos jurídicos, o ator Wagner Moura – sem nenhuma conexão com o petismo – disse o que muitos pensam mas poucos ousam dizer. Moro, segundo ele, se comporta como promotor, e não como juiz. E parece não ter noção da monstruosidade que é se deixar fotografar ao lado de políticos do PSDB.
Numa palavra, Moro cansou. Deu.
O Moro tal como se tornou conhecido, um colosso do bem, está morto.
Começou o caminho de volta rumo ao que ele é: um juiz provinciano cuja visão de justiça é atacar um lado só.
Ele acreditou na Globo e achou que poderia voar. Só que se espatifou.
A contundente derrota que ele sofreu ontem no SFT na questão dos grampos foi um marco na mudança de sua imagem.
O juiz superstar de quem ninguém ousava falar por ele parecer simbolizar a luta contra a corrupção ficou para trás. Em seu lugar emergiu a figura de um juiz partidário, descontrolado e sócio da Globo na aventura macabra de destruir a democracia pelas vias jurídicas.
Moro cruzou as fronteiras do tolerável ao impor a Lula um depoimento coercitivo sem qualquer propósito que não fosse produzir um espetáculo circense na mídia.
Foi aí que vozes insuspeitas de petismo ou esquerdismo começaram a questioná-lo fortemente, o que não ocorria até então. Começava o que em inglês se chama de backlash – o refluxo dos elogios a Moro.
O juiz Marco Aurélio Mello se destacou aí. Depois de explicar didaticamente a aberração cometida por Moro ao coagir alguém sem antes convidá-lo a depor, Marco Aurélio zombou da miserável justificativa apresentada pelo ofensor.
Moro afirmou que agiu para “proteger” Lula. “Este tipo de proteção eu não quero para mim”, disse ele. Brasileiro nenhum quer.
O segundo passo em falso de Moro veio dias depois, quando grampeou e vazou para a Globo conversas telefônicas de Lula, algumas delas com Dilma.
Mais uma vez, não houve motivo nenhum que não fosse o de provocar alarido e o de levar inocentes úteis a acharem que Lula cometera mais um crime.
Pouco tempo depois, o próprio Moro confirmou isso ao dizer que Lula parecia saber que estava sendo grampeado pelo teor dos áudios gravados.
O que Moro disse é que nada do que se gravou de Lula era incriminador. Ora: por que, então, divulgar? Para posar de herói, para constranger Lula, para ajudar no golpe, ou por todas estas alternativas?
Fico com a última hipótese.
A imprensa silenciou, como era de esperar. Mas o STF, pelas mãos do ministro Teori, deu um basta a Moro.
Chega, passou do limite, acabou a farra: foi este o sentido do gesto de Teori de retirar Lula das mãos, ou garras, de Moro e reprovar categoricamente os grampos.
Moro foi intimado a explicar a invasão telefônica por Teori, e apresentou um pedido de desculpas tão patético quanto o de Lobão para Chico.
O desprezo com que as “escusas”, para usar a palavra pomposa de Moro, foram recebidas ficou patente na sessão de ontem do STF.
Teori foi seguido por todos os seus colegas, excetuado Gilmar, que estava numa viagem em Lisboa por motivos golpistas.
Fora dos círculos jurídicos, o ator Wagner Moura – sem nenhuma conexão com o petismo – disse o que muitos pensam mas poucos ousam dizer. Moro, segundo ele, se comporta como promotor, e não como juiz. E parece não ter noção da monstruosidade que é se deixar fotografar ao lado de políticos do PSDB.
Numa palavra, Moro cansou. Deu.
O Moro tal como se tornou conhecido, um colosso do bem, está morto.
Começou o caminho de volta rumo ao que ele é: um juiz provinciano cuja visão de justiça é atacar um lado só.
1 comentários:
Parabéns:é exatamente isso mesmo.
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