Por Altamiro Borges
Na maior capital do país, São Paulo, o empresário e apresentador de tevê João Doria – também já apelidado de João Dólar – tomou posse neste domingo (1) afirmando que cumprirá todas as suas promessas de campanha. Mas nem a mídia chapa-branca bota fé nas bravatas do novato tucano, uma criação de laboratório do governador Geraldo Alckmin. E muitos já preveem que sua gestão será conturbada. “Pesquisas qualitativas feitas por agências de comunicação mostram que o pavio do paulistano está curtíssimo e que a lua de mel do eleitorado com João Doria pode ser curta”, informa uma notinha da Folha. Ou seja: o demagogo e falastrão não terá paz!
O mesmo jornal – mais ligado ao “chanceler” José Serra, rival de Geraldo Alckmin – fez um balanço das propostas do ricaço e chegou a uma conclusão que já poderia ter tirado durante campanha. “Eleito no primeiro turno das eleições com 3,1 milhões de votos (53% dos votos válidos), o empresário e jornalista João Agripino da Costa Doria Junior assume a Prefeitura de São Paulo com uma bagagem pesada de compromissos assumidos em sua primeira disputa eleitoral. Foram 118 promessas feitas em debates, sabatinas, programas eleitorais e entrevistas... Para honrá-las integralmente nos próximos quatro anos, o prefeito terá que cumprir, em média, uma a cada 12 dias de mandato”.
Ricaço indenizará as vítimas das marginais?
Uma das promessas, a do aumento das velocidades nas marginais Tietê e Pinheiros, já tem data para ser implantada – em 25 de janeiro, data de aniversário de 463 anos da cidade –, e pode trazer baita dor de cabeça ao falastrão. Como lembra a Folha, “os limites dessas vias foram rebaixados por Haddad em julho de 2015, com o objetivo de reduzir acidentes e melhorar a fluidez. Na campanha, a medida foi criticada por Doria: ‘Ela penaliza os motoristas’, afirmou. O fato é que os acidentes com mortes caíram pela metade desde as reduções das velocidades, e a Marginal Tietê completou 19 meses sem nenhum atropelamento”. Prováveis mortes serão debitadas na milionária conta do empresário.
Já outras promessas mirabolantes devem desgastar rapidamente a imagem do novo prefeito. Ele prometeu zerar a fila por vagas em creches em apenas um ano. Nenhum especialista da área acredita nesta fanfarrice. “O deficit hoje atinge 133 mil crianças de zero a três anos. Para matricular todas elas até dezembro de 2017, Doria terá de entregar, em média, 2,6 creches por dia”. Outra bravata, a de que vai acabar até o final do ano com as filas para os exames nos estabelecimentos de saúde, também deve cair no ridículo. São 417 mil paulistanos à espera de um exame. João Doria também prometeu renovar toda a frota de ônibus da cidade. Outra picaretagem típica de um ser midiático!
O levantamento da Folha ainda aponta as promessas vagas, sem metas definidas, que caracterizam os demagogos oportunistas. “É o caso do compromisso de ampliar o número de moradias sociais. Embora tenha dito que investiria no Casa Paulista, programa estadual de habitação, Doria não cravou objetivos claros. Foi assim também com as escolas em tempo integral, uma promessa ainda nebulosa. ‘Ensino em tempo integral em todas as escolas onde for possível. Onde não for, vamos ampliar e construir mais escolas’, prometeu, em debate na TV Gazeta. Também não se sabe quantos CEUs ou abrigos para moradores de rua o prefeito construirá – os dois temas são promessas de campanha”.
A bravata do "choque de gestão"
A Folha serrista não é o único jornal que desconfia das promessas do novato tucano. Em reportagem publicada neste domingo (1), o Estadão apresenta opiniões críticas de especialistas em várias áreas. “O novo prefeito começa com a velha prática política de anunciar ‘choques de gestão’, a começar pela zeladoria. Afirma que estará a postos amanhã, às 6h, vestido de gari, com seus 22 secretários, para varrer a Praça 14 Bis, no centro. O mutirão é visto com ressalvas. ‘Ele está certo em fazer ações de zeladoria, mas não é só uma questão de limpar a cidade. Precisa ter investimento para colocar padrões nas calçadas, guias, bancos, tirar a fiação exposta para ficar com cara de cidade do século 21”, diz o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Lúcio Gomes Machado”.
O jornal também questiona as promessas na área da educação. “Doria prometeu zerar, em um ano, a fila de 133 mil crianças por vagas em creche, por meio da ampliação de convênios com entidades da rede privada. Nos cálculos de Cisele Ortiz, coordenadora do Instituto Avisa Lá, o prefeito teria de inaugurar 1 mil unidades com 150 vagas. ‘Algo que não me parece possível de ser feito em um ano’ ... Já na saúde, outra tarefa nada fácil: acabar com a fila por exame, que é de 417 mil, em 90 dias, a partir da contratação de serviços da rede privada. Para Walter Cintra, coordenador do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da FGV, o prazo não parece suficiente, mesmo com parcerias”.
Na maior capital do país, São Paulo, o empresário e apresentador de tevê João Doria – também já apelidado de João Dólar – tomou posse neste domingo (1) afirmando que cumprirá todas as suas promessas de campanha. Mas nem a mídia chapa-branca bota fé nas bravatas do novato tucano, uma criação de laboratório do governador Geraldo Alckmin. E muitos já preveem que sua gestão será conturbada. “Pesquisas qualitativas feitas por agências de comunicação mostram que o pavio do paulistano está curtíssimo e que a lua de mel do eleitorado com João Doria pode ser curta”, informa uma notinha da Folha. Ou seja: o demagogo e falastrão não terá paz!
O mesmo jornal – mais ligado ao “chanceler” José Serra, rival de Geraldo Alckmin – fez um balanço das propostas do ricaço e chegou a uma conclusão que já poderia ter tirado durante campanha. “Eleito no primeiro turno das eleições com 3,1 milhões de votos (53% dos votos válidos), o empresário e jornalista João Agripino da Costa Doria Junior assume a Prefeitura de São Paulo com uma bagagem pesada de compromissos assumidos em sua primeira disputa eleitoral. Foram 118 promessas feitas em debates, sabatinas, programas eleitorais e entrevistas... Para honrá-las integralmente nos próximos quatro anos, o prefeito terá que cumprir, em média, uma a cada 12 dias de mandato”.
Ricaço indenizará as vítimas das marginais?
Uma das promessas, a do aumento das velocidades nas marginais Tietê e Pinheiros, já tem data para ser implantada – em 25 de janeiro, data de aniversário de 463 anos da cidade –, e pode trazer baita dor de cabeça ao falastrão. Como lembra a Folha, “os limites dessas vias foram rebaixados por Haddad em julho de 2015, com o objetivo de reduzir acidentes e melhorar a fluidez. Na campanha, a medida foi criticada por Doria: ‘Ela penaliza os motoristas’, afirmou. O fato é que os acidentes com mortes caíram pela metade desde as reduções das velocidades, e a Marginal Tietê completou 19 meses sem nenhum atropelamento”. Prováveis mortes serão debitadas na milionária conta do empresário.
Já outras promessas mirabolantes devem desgastar rapidamente a imagem do novo prefeito. Ele prometeu zerar a fila por vagas em creches em apenas um ano. Nenhum especialista da área acredita nesta fanfarrice. “O deficit hoje atinge 133 mil crianças de zero a três anos. Para matricular todas elas até dezembro de 2017, Doria terá de entregar, em média, 2,6 creches por dia”. Outra bravata, a de que vai acabar até o final do ano com as filas para os exames nos estabelecimentos de saúde, também deve cair no ridículo. São 417 mil paulistanos à espera de um exame. João Doria também prometeu renovar toda a frota de ônibus da cidade. Outra picaretagem típica de um ser midiático!
O levantamento da Folha ainda aponta as promessas vagas, sem metas definidas, que caracterizam os demagogos oportunistas. “É o caso do compromisso de ampliar o número de moradias sociais. Embora tenha dito que investiria no Casa Paulista, programa estadual de habitação, Doria não cravou objetivos claros. Foi assim também com as escolas em tempo integral, uma promessa ainda nebulosa. ‘Ensino em tempo integral em todas as escolas onde for possível. Onde não for, vamos ampliar e construir mais escolas’, prometeu, em debate na TV Gazeta. Também não se sabe quantos CEUs ou abrigos para moradores de rua o prefeito construirá – os dois temas são promessas de campanha”.
A bravata do "choque de gestão"
A Folha serrista não é o único jornal que desconfia das promessas do novato tucano. Em reportagem publicada neste domingo (1), o Estadão apresenta opiniões críticas de especialistas em várias áreas. “O novo prefeito começa com a velha prática política de anunciar ‘choques de gestão’, a começar pela zeladoria. Afirma que estará a postos amanhã, às 6h, vestido de gari, com seus 22 secretários, para varrer a Praça 14 Bis, no centro. O mutirão é visto com ressalvas. ‘Ele está certo em fazer ações de zeladoria, mas não é só uma questão de limpar a cidade. Precisa ter investimento para colocar padrões nas calçadas, guias, bancos, tirar a fiação exposta para ficar com cara de cidade do século 21”, diz o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Lúcio Gomes Machado”.
O jornal também questiona as promessas na área da educação. “Doria prometeu zerar, em um ano, a fila de 133 mil crianças por vagas em creche, por meio da ampliação de convênios com entidades da rede privada. Nos cálculos de Cisele Ortiz, coordenadora do Instituto Avisa Lá, o prefeito teria de inaugurar 1 mil unidades com 150 vagas. ‘Algo que não me parece possível de ser feito em um ano’ ... Já na saúde, outra tarefa nada fácil: acabar com a fila por exame, que é de 417 mil, em 90 dias, a partir da contratação de serviços da rede privada. Para Walter Cintra, coordenador do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da FGV, o prazo não parece suficiente, mesmo com parcerias”.
3 comentários:
Mais um enganador mais um que vai aparecer fazendo pravata como são estes pessoal PSDB vai inaugurar obras inexistente obras paradas e maquetes de pontes esse José Serra faz disciplulos veja só a propaganda de traíra tudo mentira enganação
GOVERNAR A CIDADE DE SÃO PAULO É DIFERENTE DE FAZER REALITY SHOW. A SÃO PAULO LINDA TEM QUER A SÃO PAULO LINDA PARA TODOS. ESSA DEMONSTRAÇÃO PIROTÉCNICA DE GARI DO ATUAL PREFEITO, NUNCA SERÁ COMO O SIMBOLO DO GARI DA PASSARELA DO SAMBA DA MARQUES DE SAPUCAI, POIS DE SAMBA QUEM ENTENDE É O POVO.
O PREFEITO DE SÃO PAULO EMPOSSADO DO PSDB, PRECISA SER PRÁTICO, OBJETIVO, PRECISO E MOSTRAR A QUE VEIO, POIS MILHÕES DE VOTOS RECEBIDOS NAS URNAS, FORAM MUITO MAIS PELO CLIMA CRIADO PELA MIDIA, DO QUE MESMO POR PROGRAMA DE GOVERNO TIPO ACELERA. E A OUTRA PARTE FORAM PELOS QUE NÃO FORAM AS URNAS.
SE O PREFEITO VEIO PARA ACELERAR, QUE ACELERA NA MELHORIA DOS TRANSPORTES PÚBLICOS, ACELERE NA MELHORIA DA EDUCAÇÃO, ACELERE NA CONSTRUÇÃO DE CRECHES, ACELERE NA URBANIZACÃO DAS INÚMERAS COMUNIDADES CARENTES DA CIDADE DE SÃO PAULO, ACELERE NA CONSTRUÇÃO DE MORADIAS POPULARES VIA COHAB, ACELERE NA MELHORIA E AMPLIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICO, MORMENTE NAS ÁREAS PERIFÉRICAAS E NAS ÁREAS MAIS CARENTES DE INFRA-ESTRUTURA.
ACELERAR É ACELERAR, NÃO É FAZER FESTIM MEDIÁTICO. A CIDADE DE SÃO PAULO, PRECISA DE ADMINISTRAÇÃO VOLTADA PARA QUEM PRECISA DE MELHOR QUALIDADE DE VIDA
DESACELERE NA DEMAGOGIA, POIS ISSO É PRÁTICA QUE FICOU NO PASSADO. OS QUASE 12.000.000 DE HABITANTES QUE AQUI VIVEM ESTÃO FARTOS DE DEMAGOGIA E POPULISMO BARATO.
SÃO PAULO FICARÁ LINDA PARA TODOS, QUANDO A INCLUSÃO FOR PARA TODOS, FORA DISSO É PAPO FURADO PRA BOI DORMIR. AO REAL TRABALHO, QUE ACELERE O FIM DAS DESIGUALDADES .
A CIDADE DE SÃO PAULO QUER RESULTADOS E NÃO PIROTECNIA.
O sr. Doria está exercendo exemplarmente o estilo janista de ser. Lembram da vassoura do prefeito Jânio Quadros? Da proibição do biquíni nas praias paulistas, da proibição de rinhas da galos? Mas deu o que deu com Jânio. Uma pena, né?
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