Por Altamiro Borges
A revista ‘Veja” usa suas capas como panfleto para fabricar escândalos e atacar seus “adversários” – sejam políticos, artistas e até empresas não anunciantes. Elas ficam expostas nas milhares de bancas espalhadas pelo país e fazem a cabeça dos “midiotas” que nem sequer folheiam seu conteúdo. Quem não se lembra da desumana capa contra o cantor Cazuza – com a legenda “vítima da Aids agoniza em praça pública”; ou da espalhafatosa capa sobre a morte de Elis Regina; ou da sinistra manchete “Já vai tarde”, com a foto de Fidel Castro ao fundo? Mas o recordista de capas escrotas é, sem dúvida, o carismático Lula. Os jagunços da famiglia Civita nutrem um ódio de classe ao líder petista. Nesta semana, porém, a revista do esgoto passou dos limites. Ela dedicou a capa à ex-primeira-dama Marisa Letícia, confirmando que ela não respeita sequer os mortos. A Veja é covarde! É um lixo que atenta contra qualquer ética jornalística.
A edição desta semana gerou uma onda de revolta nas redes sociais. Muitos internautas sugeriram processar o Grupo Abril, que edita este panfleto fascistoide. Outros, mais irritados, propuseram queimar alguns exemplares em praça pública – o que só reforçaria o discurso falacioso sobre a liberdade de imprensa. Teve gente que defendeu a realização de um “escracho” no prédio da redação, na capital paulista. Possivelmente, nada será feito e a revista Veja continuará atacando impunemente a honra das pessoas. No Reino Unido, da “bolivariana” Rainha Elizabeth, a publicação sofreria uma pesada multa e seria forçada a dedicar o mesmo destaque – no caso, a capa – para uma resposta. Já no Brasil, infelizmente, impera a ditadura da mídia com sua liberdade para mentir, caluniar e manipular.
Reproduzo abaixo duas notas de rechaço à capa deste pasquim rastaquera – a primeira, da ex-presidenta Dilma Rousseff; a segunda, do Departamento de Jornalismo da Pontífice Universidade Católica (PUC) de São Paulo.
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‘Veja’ ataca covardemente memória de Marisa
Uma das mais queridas figuras da história recente de nosso País, Marisa Letícia Lula da Silva faleceu em fevereiro, vítima de um persistente e injusto ataque. Feriram a ela, ao seu companheiro de vida, seus filhos, enfim, a toda a família. Uma mulher que amava seu País e tinha profundo compromisso com o povo brasileiro. Agora, mesmo depois de sua morte, continua sendo alvo da mais cruel perseguição pela mídia.
Não foi suficiente a devassa sofrida em seu lar, vasculhado por policiais, na vida privada invadida, na pressão sobre filhos e netos. Não bastaram os grampos injustificados e as acusações sem provas que corroeram sua saúde.
A revista Veja, desta semana, julga ser necessário ferir sua memória, atingindo tudo o que ela mais amou. Essa campanha perversa e sórdida de destruição da imagem do ex-presidente Lula usa do que há de pior no jornalismo para levantar as mais perversas calúnias e falsidades.
O Brasil não merece esse jornalismo desqualificado e grotesco. Se não a respeitaram em vida que a respeitem depois de morta.
Dilma Rousseff – 13 de maio de 2017
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Jornalismo da PUC-SP repudia a revista Veja
O Departamento de Jornalismo da PUC-SP repudia, nos termos mais veementes e inequívocos, a capa da edição 2.530 (17.mai.2017) da revista semanal Veja.
A capa traz a reprodução de uma foto em preto e branco de dona Marisa Letícia, ex-primeira-dama e esposa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, morta em 3 de fevereiro de 2017, com a manchete “A morte dupla” e uma legenda “explicativa”: “Em seu depoimento ao juiz Moro, Lula atribui as decisões sobre o tríplex no Guarujá à ex-primeira-dama, falecida há três meses”.
O que há de errado em atribuir à própria esposa e companheira uma decisão qualquer que afete a vida da família? Nada, absolutamente nada – a menos, é claro, que a revista parta da premissa de que as supostas “decisões” atribuídas a dona Marisa tenham envolvido ações ilegais, e que Lula tenha se aproveitado do fato de que sua mulher está morta para jogar-lhe o peso da responsabilidade por tais supostas ações.
A revista, portanto, já fez o seu julgamento. Já lavrou a sentença condenatória: Lula adquiriu o tríplex como propina, e para se livrar da cadeia manchou a reputação de dona Marisa. Não contente com se antecipar à Justiça, assumindo o lugar do júri e do carrasco, a revista ainda se arroga o direito de interpretar as motivações mais íntimas de Lula, e expor a sua figura à execração pública da forma mais vil, covarde, inaceitável e desumana.
É a revista Veja, não Lula, que pisoteia sobre o cadáver daquela que, durante oito anos, foi a primeira-dama de nosso país. Ao atacar a memória de dona Marisa, a revista fere o sentimento de dignidade do povo brasileiro. A exposição de sua foto, na capa, cumpre a função de punir exemplarmente, a exemplo dos rituais da Sagrada Inquisição, uma mulher simples, do povo, que cometeu a ousadia de ocupar o Palácio do Planalto. A Casa Grande não perdoa.
Quando todos achavam que nenhuma vileza superaria a capa da própria revista Veja de 26 de abril de 1989, dedicada ao cantor Cazuza – “uma vítima da Aids agoniza em praça pública” -, a revista prova, mais uma vez, que não há limites para a patifaria, para a infâmia e a ignomínia.
São Paulo, 12 de maio de 2017
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- A revista “Veja” também será vendida?
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A edição desta semana gerou uma onda de revolta nas redes sociais. Muitos internautas sugeriram processar o Grupo Abril, que edita este panfleto fascistoide. Outros, mais irritados, propuseram queimar alguns exemplares em praça pública – o que só reforçaria o discurso falacioso sobre a liberdade de imprensa. Teve gente que defendeu a realização de um “escracho” no prédio da redação, na capital paulista. Possivelmente, nada será feito e a revista Veja continuará atacando impunemente a honra das pessoas. No Reino Unido, da “bolivariana” Rainha Elizabeth, a publicação sofreria uma pesada multa e seria forçada a dedicar o mesmo destaque – no caso, a capa – para uma resposta. Já no Brasil, infelizmente, impera a ditadura da mídia com sua liberdade para mentir, caluniar e manipular.
Reproduzo abaixo duas notas de rechaço à capa deste pasquim rastaquera – a primeira, da ex-presidenta Dilma Rousseff; a segunda, do Departamento de Jornalismo da Pontífice Universidade Católica (PUC) de São Paulo.
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‘Veja’ ataca covardemente memória de Marisa
Uma das mais queridas figuras da história recente de nosso País, Marisa Letícia Lula da Silva faleceu em fevereiro, vítima de um persistente e injusto ataque. Feriram a ela, ao seu companheiro de vida, seus filhos, enfim, a toda a família. Uma mulher que amava seu País e tinha profundo compromisso com o povo brasileiro. Agora, mesmo depois de sua morte, continua sendo alvo da mais cruel perseguição pela mídia.
Não foi suficiente a devassa sofrida em seu lar, vasculhado por policiais, na vida privada invadida, na pressão sobre filhos e netos. Não bastaram os grampos injustificados e as acusações sem provas que corroeram sua saúde.
A revista Veja, desta semana, julga ser necessário ferir sua memória, atingindo tudo o que ela mais amou. Essa campanha perversa e sórdida de destruição da imagem do ex-presidente Lula usa do que há de pior no jornalismo para levantar as mais perversas calúnias e falsidades.
O Brasil não merece esse jornalismo desqualificado e grotesco. Se não a respeitaram em vida que a respeitem depois de morta.
Dilma Rousseff – 13 de maio de 2017
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Jornalismo da PUC-SP repudia a revista Veja
O Departamento de Jornalismo da PUC-SP repudia, nos termos mais veementes e inequívocos, a capa da edição 2.530 (17.mai.2017) da revista semanal Veja.
A capa traz a reprodução de uma foto em preto e branco de dona Marisa Letícia, ex-primeira-dama e esposa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, morta em 3 de fevereiro de 2017, com a manchete “A morte dupla” e uma legenda “explicativa”: “Em seu depoimento ao juiz Moro, Lula atribui as decisões sobre o tríplex no Guarujá à ex-primeira-dama, falecida há três meses”.
O que há de errado em atribuir à própria esposa e companheira uma decisão qualquer que afete a vida da família? Nada, absolutamente nada – a menos, é claro, que a revista parta da premissa de que as supostas “decisões” atribuídas a dona Marisa tenham envolvido ações ilegais, e que Lula tenha se aproveitado do fato de que sua mulher está morta para jogar-lhe o peso da responsabilidade por tais supostas ações.
A revista, portanto, já fez o seu julgamento. Já lavrou a sentença condenatória: Lula adquiriu o tríplex como propina, e para se livrar da cadeia manchou a reputação de dona Marisa. Não contente com se antecipar à Justiça, assumindo o lugar do júri e do carrasco, a revista ainda se arroga o direito de interpretar as motivações mais íntimas de Lula, e expor a sua figura à execração pública da forma mais vil, covarde, inaceitável e desumana.
É a revista Veja, não Lula, que pisoteia sobre o cadáver daquela que, durante oito anos, foi a primeira-dama de nosso país. Ao atacar a memória de dona Marisa, a revista fere o sentimento de dignidade do povo brasileiro. A exposição de sua foto, na capa, cumpre a função de punir exemplarmente, a exemplo dos rituais da Sagrada Inquisição, uma mulher simples, do povo, que cometeu a ousadia de ocupar o Palácio do Planalto. A Casa Grande não perdoa.
Quando todos achavam que nenhuma vileza superaria a capa da própria revista Veja de 26 de abril de 1989, dedicada ao cantor Cazuza – “uma vítima da Aids agoniza em praça pública” -, a revista prova, mais uma vez, que não há limites para a patifaria, para a infâmia e a ignomínia.
São Paulo, 12 de maio de 2017
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- "Veja" confessa o crime. Ficará impune?
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- Chefão da ‘Veja’ é defenestrado
- Golpe da Veja. Processo e fim de anúncio!
- “Veja” demite 49 jornalistas. É a crise!
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- O ódio ao MST nas páginas da Veja
- Revista "Veja" no rumo da falência
- Abril está definhando. Veja respira!
- A revista “Veja” também será vendida?
- Eduardo Galeano e a revista do esgoto
- Direito de resposta e os crimes da 'Veja'
3 comentários:
Mas quem foi que incriminou a 'Dona' Marisa? Foi Lula ou não?
Homero conta que na Guerra de Troia, intrrompia-se a batalha para se recolher os mortos. O respeito não diferenciava lado.
O insulto a memória de um símbolo da República, ex primeira dama, qualifica a moral deste jornalismo
Não.
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