Por Christiane Peres, no site Vermelho:
Líderes de partidos do chamado “centrão” – PP, PR e PSD – têm dito que não votam a Reforma Previdência tão almejada pelo governo Temer. Segundo eles, não há condições das legendas apoiarem a matéria, sobretudo, depois do desgaste sofrido na votação da denúncia contra o presidente da República, na última quarta-feira (2).
O anúncio pode significar uma baixa importante para Temer. Juntas, as bancadas do PP, PR e PSD somam 123 deputados – quase a metade dos 308 votos necessários para aprovar a Reforma da Previdência (PEC 287/16).
Para deputados de partidos de oposição, no entanto, a pressão popular precisa ser mantida para “enterrar” de vez a proposta de Temer. “A sessão da última quarta-feira revelou que a base parlamentar de Temer, embora vitoriosa, sofreu um revés. Ele tem uma base com várias deserções e temos que explorar isso. O anúncio do centrão só mostra o quanto esses deputados se movem. Mas temos que aumentar nossa vigilância. Só as forças da rua consolidam o enterro da Reforma da Previdência”, afirma a presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE).
Para ela, o governo pode ainda tentar manobras para “entregar algo ao mercado financeiro”. “O governo precisa entregar alguns dos compromissos estabelecidos com o mercado. Todo mundo sabe que a Reforma da Previdência passa por um grande interesse do mercado financeiro, porque força os trabalhadores a colocarem seu dinheiro nos fundos de previdência privados. Então, alguma Reforma da Previdência ele vai tentar. Então, ou a gente amplia a pressão das ruas, ou ele consegue passar algum tipo de reforma esse ano”, diz.
A manutenção da mobilização também é defendida pelo líder do PSol, deputado Glauber Braga (RJ). Para ele, a possível deserção de partidos do “centrão” também é sinal da pressão que vem acontecendo nas ruas. “A maioria absoluta das pessoas é contra essa Reforma da Previdência. Mas a gente tem que manter a pressão. Não adianta a gente pensar que essa indicação seja suficiente, pois o governo vai se articular para reverter votos e tentar aprovar essa reforma”, diz.
No cabo de guerra por votos, Temer ainda está em desvantagem. Apesar do recém anúncio do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de que os tucanos apoiarão Temer no que for preciso, quadros da legenda continuam insatisfeitos com o peemedebista. Na votação da denúncia, por exemplo, boa parte dos tucanos foi a favor do prosseguimento das investigações de Temer. Só em São Paulo, berço político do presidente, dos 12 parlamentares tucanos no estado, 11 votaram pelo prosseguimento da denúncia e apenas uma, Bruna Furlan, pela rejeição.
Para Braga, se a votação da PEC 287/16 fosse hoje, a proposta não passaria, mas visto o expediente utilizado pelo governo ilegítimo para garantir sua salvação da denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva, não seria de se espantar nova reviravolta nos números.
“Para que a gente não tenha os 308 votos necessários para aprovar a Reforma da Previdência, a gente tem que continuar mobilizando e não relaxar. Até porque não descarto que o governo use como estratégia esse indicativo de que não passa para que as mobilizações se arrefeçam e depois eles falam que mudaram um ponto ou outro e botam para votação. A pressão precisa continuar.”
Líderes de partidos do chamado “centrão” – PP, PR e PSD – têm dito que não votam a Reforma Previdência tão almejada pelo governo Temer. Segundo eles, não há condições das legendas apoiarem a matéria, sobretudo, depois do desgaste sofrido na votação da denúncia contra o presidente da República, na última quarta-feira (2).
O anúncio pode significar uma baixa importante para Temer. Juntas, as bancadas do PP, PR e PSD somam 123 deputados – quase a metade dos 308 votos necessários para aprovar a Reforma da Previdência (PEC 287/16).
Para deputados de partidos de oposição, no entanto, a pressão popular precisa ser mantida para “enterrar” de vez a proposta de Temer. “A sessão da última quarta-feira revelou que a base parlamentar de Temer, embora vitoriosa, sofreu um revés. Ele tem uma base com várias deserções e temos que explorar isso. O anúncio do centrão só mostra o quanto esses deputados se movem. Mas temos que aumentar nossa vigilância. Só as forças da rua consolidam o enterro da Reforma da Previdência”, afirma a presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE).
Para ela, o governo pode ainda tentar manobras para “entregar algo ao mercado financeiro”. “O governo precisa entregar alguns dos compromissos estabelecidos com o mercado. Todo mundo sabe que a Reforma da Previdência passa por um grande interesse do mercado financeiro, porque força os trabalhadores a colocarem seu dinheiro nos fundos de previdência privados. Então, alguma Reforma da Previdência ele vai tentar. Então, ou a gente amplia a pressão das ruas, ou ele consegue passar algum tipo de reforma esse ano”, diz.
A manutenção da mobilização também é defendida pelo líder do PSol, deputado Glauber Braga (RJ). Para ele, a possível deserção de partidos do “centrão” também é sinal da pressão que vem acontecendo nas ruas. “A maioria absoluta das pessoas é contra essa Reforma da Previdência. Mas a gente tem que manter a pressão. Não adianta a gente pensar que essa indicação seja suficiente, pois o governo vai se articular para reverter votos e tentar aprovar essa reforma”, diz.
No cabo de guerra por votos, Temer ainda está em desvantagem. Apesar do recém anúncio do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de que os tucanos apoiarão Temer no que for preciso, quadros da legenda continuam insatisfeitos com o peemedebista. Na votação da denúncia, por exemplo, boa parte dos tucanos foi a favor do prosseguimento das investigações de Temer. Só em São Paulo, berço político do presidente, dos 12 parlamentares tucanos no estado, 11 votaram pelo prosseguimento da denúncia e apenas uma, Bruna Furlan, pela rejeição.
Para Braga, se a votação da PEC 287/16 fosse hoje, a proposta não passaria, mas visto o expediente utilizado pelo governo ilegítimo para garantir sua salvação da denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva, não seria de se espantar nova reviravolta nos números.
“Para que a gente não tenha os 308 votos necessários para aprovar a Reforma da Previdência, a gente tem que continuar mobilizando e não relaxar. Até porque não descarto que o governo use como estratégia esse indicativo de que não passa para que as mobilizações se arrefeçam e depois eles falam que mudaram um ponto ou outro e botam para votação. A pressão precisa continuar.”
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