segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Doria comprou os fascistinhas do MBL

Por Altamiro Borges

O sinistro Movimento Brasil Livre (MBL), que até hoje não explicou as origens dos seus recursos, enganou muita gente com seus discursos raivosos contra os partidos e a política durante as marchas golpistas pelo impeachment de Dilma Rousseff. Aos poucos, porém, a máscara vai caindo. Na prática, vários fascistas mirins deste grupelho hoje estão pendurados em cabides de empregos em gestões da direita. O caso da capital paulista, governada pelo “prefake” turista João Doria, é o mais descarado. Nesta segunda-feira (25), o site UOL postou mais uma nota que escancara o cinismo deste movimento. O título é um tapa na cara dos “coxinhas” otários: “Membro do MBL que pintou muro de Doria ganha emprego na prefeitura”.

Segundo a reportagem, “a gestão João Doria (PSDB) contratou um integrante do MBL que ajudou a apagar uma pichação feita por manifestantes na casa do prefeito, nos Jardins (zona oeste de SP). O gesto mostra o fortalecimento do MBL na gestão, no momento em que Doria busca se firmar como candidato à Presidência. Formado por jovens liberais, o grupo é impulsionador da imagem do prefeito nas redes sociais. O muro do tucano foi pichado no dia 15 de julho por manifestantes que protestavam contra a privatização de bens públicos, uma das bandeiras da atual administração. Eles escreveram na casa a frase ‘SP não está à venda’. No mesmo dia, integrantes do MBL foram até os Jardins repintar o muro do prefeito. Entre eles, estava Cauê Del Valle, 23, coordenador nacional do MBL e, à época, assessor parlamentar do vereador Fernando Holiday (DEM)”.

Na ocasião, o “prefake” chegou a gravar um vídeo para elogiar a atitude “espontânea” dos fedelhos. Era pura farsa do velhaco marqueteiro. Entre seus puxa-sacos foi possível filmar a presença de Paloma Oliva, que já estava “empregada” na prefeitura regional de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. No vídeo, ela aparecia radiante ao lado do seu namorado, Cauê Del Vale, que agora também ganhou uma boquinha na gestão paulistana. Segundo a reportagem, “pouco mais de duas semanas depois dessa ação, Cauê foi contratado pela mesma prefeitura regional de Pinheiros. Tanto o rapaz quanto a prefeitura regional de Pinheiros negam relação entre o contrato e com a pintura do muro”. Tá bom. A gente acredita!

No maior cinismo, o integrante da coordenação nacional do MBL afirma que não vê contradição entre a ocupação do cargo público e a crítica que o movimento faz sobre o loteamento político. “A ocupação só reitera e fortifica nossos ideais dentro do poder público e abre ainda mais campo para o que defendemos: uma máquina pública enxuta, austera e eficiente”, diz Cauê. Já o novo chefe dos dois jovens, o prefeito regional Paulo Mathias, que aderiu recentemente ao MBL, justifica a contratação; “Quando você monta um time, tem que montar com dois critérios. Primeiro é capacidade e, segundo, consonância de ideias”. Ou seja: ele admite abertamente o aparelhamento da prefeitura, que virou cabide de emprego dos fascistinhas mirins.

A “ocupação” não ocorre apenas em Pinheiros. Segundo a matéria da Folha, “na prefeitura regional da Sé, o grupo também está presente. Ali, o militante do MBL Eric Balbino atua na supervisão de cultura do órgão. Ele diz ser natural que o grupo faça parte da administração Doria, por questões ideológicas. ‘Não se espera que a gestão irá arregimentar colaboradores ligados ao PSOL e demais partidos de extrema-esquerda’. O rapaz edita o site ‘O Reacionário’, que frequentemente exalta feitos de Doria e ataca seus críticos. Um dos articuladores dos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), o MBL faz as vezes de tropa de choque de Doria nas redes sociais. Com frequência, sites ligados ao movimento tentam desqualificar jornalistas que fazem matérias críticas ao tucano, geralmente acusando-os de serem militantes de extrema esquerda”.

Em tempo: Será que Kim Kataguiri, o líder máximo da seita, também está recebendo algo do prefeito paulistano? A Folha não especula sobre o assunto, até porque o “moleque” foi colunista do jornal. Neste domingo, João Doria fez questão de aparecer ao lançamento do livro “Quem é esse moleque para estar na Folha?”, na Livraria Fnac. Excitado, Kim Kataguiri autografou a contracapa do livro com a dedicatória: “Para o futuro presidente da República”. Os poucos militantes do MBL presentes ao convescote o deixaram ainda mais feliz. “A esquerda passa mal, Kim Kataguiri deputado federal”, gritaram os fascistinhas mirins. Vida que segue!

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6 comentários:

Anônimo disse...

O que significa "fascistinhas"?

Unknown disse...

O Anônimo, essa não, fascistinha quer dizer fascista anão. KKK, quer que desenhe?

Waldomiro Pereira da Silva disse...

Gentinha barata, por qualquer troca se vende e querem que se venda o Brasil.

Doriana e seus amestrados.

Anônimo disse...

Depois de ler um texto como esse fica a dúvida entre rir ou chorar. Rir de um esquerdista desesperado por atacar movimentos contrários as suas ideias ou lamentar por esse nível intelectual a que chegamos. Os termos utilizados para atacar os integrantes do MBL e o próprio prefeito de SP são risíveis, só faltou chamar eles de 'feios' e 'bobos'.

Benedito Ap. da Silva (Benê) disse...

Não gostar deles poque são feios e bobos é até legal, diante do que faz alguém gostar desses MBL e Doria, pelo que representam e faz com que tão iguais os venerem.

Anônimo disse...

A questão não é se são feios ou bobos, mas como são pueris os argumentos para tentar a todo custo derrubar um grupo com ideias contrárias. Se eles fossem do PT ou PCdoB essa matéria não existiria. É engraçado falar da 'veneração' a eles dada quando a esquerda defende com unhas e dentes o seu grande herói, São Lula. Nem preciso falar o que ele fez com o País