Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
O Instituto Datafolha divulgou o dado que faltava para confirmar a força eleitoral que terá o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pleito do ano que vem: com 35% de preferência, ele terá também uma enorme capacidade de transferir votos para outro candidato, caso venha a ser impedido de concorrer por uma condenação em segunda instância.
Segundo a pesquisa da semana passada, ele poderia transferir, hoje, quase 60% de seus votos a outro candidato: 59% deles afirmam que votariam "com certeza" no nome apoiado por Lula e outros 24% "talvez" fizessem o mesmo. Esta transferência levaria o apoiado a obter 21% dos votos, fração suficiente para levá-lo ao segundo turno, "num cenário de disputa pulverizada, sem claros favoritos", como descreve a própria Folha.
Esta situação agrava o dilema enfrentado pela direita e pelos setores da elite que interromperam o ciclo dos governos petistas com o golpe do impeachment contra Dilma Rousseff e apostam na condenação judicial para evitar o retorno do lulismo. Se mesmo condenado Lula for capaz de determinar o resultado da eleição, o golpe terá sido um retumbante fracasso, apesar de todos os sacrifícios que impôs ao país. Será melhor uma pactuação pelo retorno do próprio Lula, o presidente melhor avaliado da História, responsável pelo virtuoso ciclo de crescimento com inclusão que mudou a face do Brasil.
O PT evita discussão pública sobre o lançamento de candidato alternativa, o plano B, em caso de impedimento de Lula. Mas os dados do Datafolha mostram que, com sua enorme capacidade de transferência, Lula seria o “grande eleitor” da disputa. E isso configura o dilema: se ele disputa, ganha. Se é impedido, elege seu candidato.
A eventual transferência de votos ocorreria principalmente entre os mais pobres e os de menor instrução, setores que foram grandemente beneficiados pelas políticas da Era Lula. Eles são a maioria do eleitorado. Entre os eleitores que possuem até o ensino fundamental, 41% responderam que votariam "com certeza" no candidato indicado por Lula. Outros 14% admitiram que "talvez" fizessem isso. Entre os que ganham até 2 salários mínimos (quase a metade do eleitorado), 35% votariam no candidato de Lula, e 17% “talvez” o fizessem.
Na pesquisa de junho passado, Lula, como candidato, chegava a 39% das intenções de voto entre eleitores com ensino fundamental completo. Agora, atinge 49%. Entre eleitores de baixa renda (até 2 salários mínimos por mês), Lula também chegava a 39% de preferência em junho, obtendo agora até 46%. Os índices variam segundo a composição da cartela.
O Instituto Datafolha divulgou o dado que faltava para confirmar a força eleitoral que terá o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pleito do ano que vem: com 35% de preferência, ele terá também uma enorme capacidade de transferir votos para outro candidato, caso venha a ser impedido de concorrer por uma condenação em segunda instância.
Segundo a pesquisa da semana passada, ele poderia transferir, hoje, quase 60% de seus votos a outro candidato: 59% deles afirmam que votariam "com certeza" no nome apoiado por Lula e outros 24% "talvez" fizessem o mesmo. Esta transferência levaria o apoiado a obter 21% dos votos, fração suficiente para levá-lo ao segundo turno, "num cenário de disputa pulverizada, sem claros favoritos", como descreve a própria Folha.
Esta situação agrava o dilema enfrentado pela direita e pelos setores da elite que interromperam o ciclo dos governos petistas com o golpe do impeachment contra Dilma Rousseff e apostam na condenação judicial para evitar o retorno do lulismo. Se mesmo condenado Lula for capaz de determinar o resultado da eleição, o golpe terá sido um retumbante fracasso, apesar de todos os sacrifícios que impôs ao país. Será melhor uma pactuação pelo retorno do próprio Lula, o presidente melhor avaliado da História, responsável pelo virtuoso ciclo de crescimento com inclusão que mudou a face do Brasil.
O PT evita discussão pública sobre o lançamento de candidato alternativa, o plano B, em caso de impedimento de Lula. Mas os dados do Datafolha mostram que, com sua enorme capacidade de transferência, Lula seria o “grande eleitor” da disputa. E isso configura o dilema: se ele disputa, ganha. Se é impedido, elege seu candidato.
A eventual transferência de votos ocorreria principalmente entre os mais pobres e os de menor instrução, setores que foram grandemente beneficiados pelas políticas da Era Lula. Eles são a maioria do eleitorado. Entre os eleitores que possuem até o ensino fundamental, 41% responderam que votariam "com certeza" no candidato indicado por Lula. Outros 14% admitiram que "talvez" fizessem isso. Entre os que ganham até 2 salários mínimos (quase a metade do eleitorado), 35% votariam no candidato de Lula, e 17% “talvez” o fizessem.
Na pesquisa de junho passado, Lula, como candidato, chegava a 39% das intenções de voto entre eleitores com ensino fundamental completo. Agora, atinge 49%. Entre eleitores de baixa renda (até 2 salários mínimos por mês), Lula também chegava a 39% de preferência em junho, obtendo agora até 46%. Os índices variam segundo a composição da cartela.
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