O último Boletim de Conjuntura do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) reforça a análise de que a previsão de recuperação da economia brasileira não inspira otimismo.
Segundo o documento, se “analistas mais otimistas enfatizam o fim da recessão, aqueles mais pessimistas afirmam que os indicadores de retomada ocorrem sobre uma base de comparação altamente deprimida”. Os analistas mais pessimistas, segundo a publicação, enfatizam que a economia chegou ao fundo do poço mas continua se movendo muito perto dele, sem indícios de uma recuperação consolidada.
Sobre os índices de desemprego, a publicação destaca os resultados da Síntese Metropolitana da Pesquisa Emprego/Desemprego (PED), de dezembro de 2017: frente ao mês anterior, as taxas de desemprego reduziram-se em duas das regiões pesquisadas (18,4% para 17,9% no DF, e 17,2% para 16,9% na Região Metropolitana de São Paulo), cresceu na Região Metropolitana de Porto Alegre (de 12,6% para 12,8%) e ficou estável na Região Metropolitana de Salvador (estabilizando-se em 23,8%).
O Boletim também aponta que cresceu o tempo médio despendido pelos desempregados na procura de trabalho: um ano em São Paulo (52 semanas) e mais de um ano em Salvador (sessenta semanas). Houve aumento no nível de ocupação industrial nas quatro grandes regiões do país e a proporção do emprego privado com carteira assinada no total da ocupação aumentou nas regiões de São Paulo (de 52,9% para 53,3%), Porto Alegre (de 53% para 53,4%) e Salvador (de 47,3% para 48%) e caiu no Distrito Federal (de 41,8% para 41,1%).
Se para a população as taxas de desemprego continuam altas, a publicação destaca que na crise ganham os mesmos de sempre, com os grandes bancos (Itaú/Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) obtendo lucros recordes.
O documento conclui que há poucos motivos para se pensar em uma vigorosa ou mesmo moderada retomada do crescimento econômico, pois todas as incertezas estruturais existentes em 2017 seguirão presentes em 2018 e não há elementos que alterem para melhor as expectativas.
Se para a população as taxas de desemprego continuam altas, a publicação destaca que na crise ganham os mesmos de sempre, com os grandes bancos (Itaú/Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) obtendo lucros recordes.
O documento conclui que há poucos motivos para se pensar em uma vigorosa ou mesmo moderada retomada do crescimento econômico, pois todas as incertezas estruturais existentes em 2017 seguirão presentes em 2018 e não há elementos que alterem para melhor as expectativas.
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