Por Altamiro Borges
O processo de desmoralização da política e dos partidos terá um novo capítulo a partir de 7 de março. A chamada “janela partidária”, aprovada em 2016, deverá promover um pornográfico troca-troca de siglas dos atuais parlamentares, em um desmoralizante balcão de negócios. Segundo matéria do Jornal do Brasil, publicada neste sábado (24), o clima é de negociatas milionárias em Brasília. “Com a proximidade do início do período permitido para a mudança, os legendas intensificaram as negociações para atrair novos deputados e aumentar as chances de eleger uma bancada maior na Câmara em outubro. A principal moeda de troca usada pelos partidos tem sido o dinheiro público que bancará as campanhas. Além do fundo eleitoral, estimado em R$ 1,7 bilhão, mais R$ 888 milhões do Fundo Partidário poderão ser distribuídos aos candidatos”.
Os parlamentares terão 30 dias para mudar de partido, como se troca de camisa, sem o risco de perder seus mandatos. Esta será a primeira eleição geral sem financiamento de empresas, conforme resolução do Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, candidatos terão menos recursos para bancar os gastos eleitorais, o que aumenta a disputa pelo dinheiro público. “Nos últimos dias, a reportagem do JB flagrou conversas sobre o assunto dentro do plenário da Câmara. O deputado Paulinho da Força (SD-SP) tem carregado planilhas que mostram quanto cada legenda terá de recursos para ‘desmistificar’ promessas feitas por dirigentes de outras legendas. ‘Tem partido falando que vai dar R$ 2 milhões para cada deputado, mas não tem condições. Mostro logo a tabela para desmentir o cara’, afirmou Paulinho”.
Segundo relatos de vários parlamentares, as legendas do Centrão – como PP, PR e PTB – estão oferecendo aos deputados que toparem mudar de sigla o valor máximo que poderá ser gasto numa campanha para a Câmara este ano: R$ 2,5 milhões. “Os dirigentes dos partidos que compõem o bloco informal negam que as negociações estejam sendo feitas nesses termos. O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, no entanto, confirmou que reservou para cada deputado do partido cerca de R$ 2 milhões da fatia do fundo eleitoral a que o seu partido terá direito. Para não ficar para trás, o MDB bateu o martelo esta semana e divulgou seus valores: vai repassar, para cada deputado com mandato, R$ 1,5 milhão para a campanha. Os senadores que disputarem a reeleição terão R$ 2 milhões”.
O balcão de negócios é descarado, o que desmoraliza ainda mais o sistema partidário brasileiro. Não há qualquer compromisso programático, mas apenas interesses fisiológicos. Ainda de acordo com a reportagem, “um deputado do PP que vai mudar de partido relatou o ‘modus operandi’: procurou dirigentes das siglas com as quais tem afinidade e perguntou qual seria a fatia do fundo que lhe caberia caso migrasse de legenda. Do que ouviu até agora, está entre PSD e PHS – este último ainda lhe garantiria a presidência do diretório estadual”. Haja oportunismo!
O processo de desmoralização da política e dos partidos terá um novo capítulo a partir de 7 de março. A chamada “janela partidária”, aprovada em 2016, deverá promover um pornográfico troca-troca de siglas dos atuais parlamentares, em um desmoralizante balcão de negócios. Segundo matéria do Jornal do Brasil, publicada neste sábado (24), o clima é de negociatas milionárias em Brasília. “Com a proximidade do início do período permitido para a mudança, os legendas intensificaram as negociações para atrair novos deputados e aumentar as chances de eleger uma bancada maior na Câmara em outubro. A principal moeda de troca usada pelos partidos tem sido o dinheiro público que bancará as campanhas. Além do fundo eleitoral, estimado em R$ 1,7 bilhão, mais R$ 888 milhões do Fundo Partidário poderão ser distribuídos aos candidatos”.
Os parlamentares terão 30 dias para mudar de partido, como se troca de camisa, sem o risco de perder seus mandatos. Esta será a primeira eleição geral sem financiamento de empresas, conforme resolução do Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, candidatos terão menos recursos para bancar os gastos eleitorais, o que aumenta a disputa pelo dinheiro público. “Nos últimos dias, a reportagem do JB flagrou conversas sobre o assunto dentro do plenário da Câmara. O deputado Paulinho da Força (SD-SP) tem carregado planilhas que mostram quanto cada legenda terá de recursos para ‘desmistificar’ promessas feitas por dirigentes de outras legendas. ‘Tem partido falando que vai dar R$ 2 milhões para cada deputado, mas não tem condições. Mostro logo a tabela para desmentir o cara’, afirmou Paulinho”.
Segundo relatos de vários parlamentares, as legendas do Centrão – como PP, PR e PTB – estão oferecendo aos deputados que toparem mudar de sigla o valor máximo que poderá ser gasto numa campanha para a Câmara este ano: R$ 2,5 milhões. “Os dirigentes dos partidos que compõem o bloco informal negam que as negociações estejam sendo feitas nesses termos. O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, no entanto, confirmou que reservou para cada deputado do partido cerca de R$ 2 milhões da fatia do fundo eleitoral a que o seu partido terá direito. Para não ficar para trás, o MDB bateu o martelo esta semana e divulgou seus valores: vai repassar, para cada deputado com mandato, R$ 1,5 milhão para a campanha. Os senadores que disputarem a reeleição terão R$ 2 milhões”.
O balcão de negócios é descarado, o que desmoraliza ainda mais o sistema partidário brasileiro. Não há qualquer compromisso programático, mas apenas interesses fisiológicos. Ainda de acordo com a reportagem, “um deputado do PP que vai mudar de partido relatou o ‘modus operandi’: procurou dirigentes das siglas com as quais tem afinidade e perguntou qual seria a fatia do fundo que lhe caberia caso migrasse de legenda. Do que ouviu até agora, está entre PSD e PHS – este último ainda lhe garantiria a presidência do diretório estadual”. Haja oportunismo!
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