Por Altamiro Borges
Os brasileiros que estão chocados com o facínora Donald Trump, que enjaula crianças e as separa dos pais imigrantes, devem ficar mais atentos aos monstros em sua própria casa. O fascista Jair Bolsonaro, que desponta em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, é um seguidor do carrasco. Em novembro de 2016, logo após a vitória do republicano no colégio eleitoral, ele postou: “Parabéns ao povo dos EUA pela eleição de Trump. Vence aquele que lutou contra ‘tudo e todos’. Em 2018, será o Brasil no mesmo caminho”. Em outubro passado, quando visitou o país e fez continência diante da bandeira ianque, ele mostrou todo seu servilismo: “Trump serve de exemplo para mim”. Já na semana passada, quando a política migratória criminosa do império foi criticada nas Nações Unidas, ele saiu em sua defesa: “Os EUA acabam de deixar o tendencioso e parcial Conselho de Direitos Humanos da ONU”.
Metido a valentão – apesar de morrer de medo de debates –, o fascista nativo não esconde que deseja seguir as mesmas políticas do psicopata do império. Matéria publicada na Folha na quinta-feira passada (21) mostra que ele inclusive tenta estreitar os laços com o seu ídolo. “A família do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) acionou emissários nos EUA para tentar uma aproximação com o presidente americano Donald Trump. A expectativa é que aliados do pré-candidato pavimentem um caminho para que o próprio seja recebido pelo chefe da Casa Branca entre o primeiro e o segundo turnos da eleição, supondo que estará no páreo... Admirador de Trump, Jair Bolsonaro força uma associação entre ele e o americano, que era visto nos Estados Unidos como um outsider destemperado em cuja vitória o establishment jamais apostou”.
De fato, ambos têm muitas coisas em comum. O ex-capitão do Exército brasileiro e o empresário ianque defendem com paixão os privilégios da cloaca burguesa. Trump apresentou uma reforma tributária que beneficia o 1% de ricaços do país; já Bolsonaro disse recentemente que é contra a tributação de grandes fortunas. Os dois também são inimigos mortais dos direitos dos trabalhadores e de seus sindicatos. O deputado nativo inclusive votou favoravelmente a “reforma trabalhista” do vampiro Michel Temer, que faz o país regredir ao período da escravidão, e até postou um vídeo com ataques furiosos ao sindicalismo. Eles também estão ligados aos interesses de poderosos grupos empresariais – banqueiros, ruralistas, indústrias de armamento, entre outros.
Além da unidade na pauta econômica, outro ponto que aproxima os dois facínoras é o estímulo ao ódio e ao preconceito. Trump é conhecido por suas posições racistas e xenófobas. Jair Bolsonaro não fica atrás. Em abril passado, por exemplo, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por seu discurso contra quilombolas, indígenas, estrangeiros e mulheres em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro. Segundo a procuradora Raquel Dodge, “Bolsonaro usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais”. Na denúncia, a PGR transcreveu vários trechos da palestra, que agora os advogados de defesa do fascistoide tentam desesperadamente justificar para evitar a cassação da sua candidatura.
O belicista Donald Trump e o militarista Jair Bolsonaro também são partidários da violência. O senhor do império enjaula crianças imigrantes, patrocina golpes de Estado e dispara bombas. Já o fascista nativo é um adorador da morte. Em 2003, o deputado Jair Bolsonaro usou os microfones da Câmara Federal para elogiar os grupos de extermínio. “Enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, esses grupos de extermínio são muito bem-vindos. E se não tiver espaço na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o apoio, porque no Rio de Janeiro só as pessoas inocentes são dizimadas. Na Bahia, as informações que tenho – lógico que são grupos ilegais, mas meus parabéns – [são as de que] a marginalidade tem decrescido”. A informação era totalmente mentirosa, uma típica “fake news” da extrema-direita para enganar os eleitores incautos.
Leia também:
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- Bolsonaro, o “mito” que pode virar mico!
- Bolsonaro é multado. Devia ser cassado!
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- Bolsonaro, o filho e a 'carta branca pra matar'
- Quem financia a campanha de Bolsonaro
Os brasileiros que estão chocados com o facínora Donald Trump, que enjaula crianças e as separa dos pais imigrantes, devem ficar mais atentos aos monstros em sua própria casa. O fascista Jair Bolsonaro, que desponta em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, é um seguidor do carrasco. Em novembro de 2016, logo após a vitória do republicano no colégio eleitoral, ele postou: “Parabéns ao povo dos EUA pela eleição de Trump. Vence aquele que lutou contra ‘tudo e todos’. Em 2018, será o Brasil no mesmo caminho”. Em outubro passado, quando visitou o país e fez continência diante da bandeira ianque, ele mostrou todo seu servilismo: “Trump serve de exemplo para mim”. Já na semana passada, quando a política migratória criminosa do império foi criticada nas Nações Unidas, ele saiu em sua defesa: “Os EUA acabam de deixar o tendencioso e parcial Conselho de Direitos Humanos da ONU”.
Metido a valentão – apesar de morrer de medo de debates –, o fascista nativo não esconde que deseja seguir as mesmas políticas do psicopata do império. Matéria publicada na Folha na quinta-feira passada (21) mostra que ele inclusive tenta estreitar os laços com o seu ídolo. “A família do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) acionou emissários nos EUA para tentar uma aproximação com o presidente americano Donald Trump. A expectativa é que aliados do pré-candidato pavimentem um caminho para que o próprio seja recebido pelo chefe da Casa Branca entre o primeiro e o segundo turnos da eleição, supondo que estará no páreo... Admirador de Trump, Jair Bolsonaro força uma associação entre ele e o americano, que era visto nos Estados Unidos como um outsider destemperado em cuja vitória o establishment jamais apostou”.
De fato, ambos têm muitas coisas em comum. O ex-capitão do Exército brasileiro e o empresário ianque defendem com paixão os privilégios da cloaca burguesa. Trump apresentou uma reforma tributária que beneficia o 1% de ricaços do país; já Bolsonaro disse recentemente que é contra a tributação de grandes fortunas. Os dois também são inimigos mortais dos direitos dos trabalhadores e de seus sindicatos. O deputado nativo inclusive votou favoravelmente a “reforma trabalhista” do vampiro Michel Temer, que faz o país regredir ao período da escravidão, e até postou um vídeo com ataques furiosos ao sindicalismo. Eles também estão ligados aos interesses de poderosos grupos empresariais – banqueiros, ruralistas, indústrias de armamento, entre outros.
Além da unidade na pauta econômica, outro ponto que aproxima os dois facínoras é o estímulo ao ódio e ao preconceito. Trump é conhecido por suas posições racistas e xenófobas. Jair Bolsonaro não fica atrás. Em abril passado, por exemplo, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por seu discurso contra quilombolas, indígenas, estrangeiros e mulheres em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro. Segundo a procuradora Raquel Dodge, “Bolsonaro usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais”. Na denúncia, a PGR transcreveu vários trechos da palestra, que agora os advogados de defesa do fascistoide tentam desesperadamente justificar para evitar a cassação da sua candidatura.
O belicista Donald Trump e o militarista Jair Bolsonaro também são partidários da violência. O senhor do império enjaula crianças imigrantes, patrocina golpes de Estado e dispara bombas. Já o fascista nativo é um adorador da morte. Em 2003, o deputado Jair Bolsonaro usou os microfones da Câmara Federal para elogiar os grupos de extermínio. “Enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, esses grupos de extermínio são muito bem-vindos. E se não tiver espaço na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o apoio, porque no Rio de Janeiro só as pessoas inocentes são dizimadas. Na Bahia, as informações que tenho – lógico que são grupos ilegais, mas meus parabéns – [são as de que] a marginalidade tem decrescido”. A informação era totalmente mentirosa, uma típica “fake news” da extrema-direita para enganar os eleitores incautos.
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