Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
Segundo a analista Magali do Nascimento Cunha, coordenadora do Grupo de Pesquisa, a tendência pelo voto em Lula mostrado pelo estudo acompanha a tendência da própria sociedade brasileira como um todo. “Isso mostra que os evangélicos não são um grupo separado socialmente da sociedade brasileira. São cidadãos brasileiros.” A Marcha para Jesus reúne grande número de pessoas que ganham de um a dois salários mínimos, desempregados, com baixa escolaridade. “Essa população distribui realmente sua preferência entre Lula e Bolsonaro, com maioria para Lula”, explica.
A pesquisa, realizada pela terceira vez, também “comprova que os evangélicos não são um grupo homogêneo, como se tenta mostrar por meio da bancada evangélica (no Congresso), o que é uma estratégia política, e por meio das mídias. Eles tentam mostrar uma certa homogeneidade, com um ou outro representante falando pelos evangélicos, o que também é incorreto”, diz Magali.
Segundo a pesquisa, Lula e Bolsonaro têm quase o mesmo público, na segmentação por renda. O ex-presidente concentra intenções de votos entre desempregados (21,18%) e pessoas que ganham até dois salários mínimos (21,18%). O deputado, entre pessoas que ganham até dois (25,76%) e de dois a três salários mínimos (16,67%).
De acordo com Magali, a pesquisa corrobora o que já se diz em termos de estudo sobre o campo evangélico brasileiro. “É um grupo muito diversificado, que não pode ser classificado como homogeneamente conservador, do ponto de vista político. Há várias tendências nesse grupo, no que tange inclusive às lideranças”, diz. “Há uma tendência minoritária, mas bastante significativa, de progressistas, que têm marcado posições há muitos anos, mas esses grupos são invisibilizados tanto pelas mídias religiosas quanto pelas grandes mídias noticiosas.”
O coordenador da pesquisa do Neamp, Leandro Ortunes, diz que os evangélicos não seguem necessariamente a orientação das lideranças de seu grupo religioso. “Mesmo diante de todo apelo das lideranças evangélicas por um candidato evangélico, os entrevistados não preferem que o próximo presidente seja da mesma crença que eles”, aponta.
O estudo perguntou aos entrevistados se consideram "preferível" que o próximo candidato seja evangélico. Para 40,90% dos pesquisados, é "indiferente", enquanto 32,62% responderam que "não" e apenas 25,06%, ou um quarto, responderam que "sim".
O estudo mostra que 81,8% dos entrevistados não têm preferência por partido político. Entre os que manifestam preferência partidária, o PT é escolhido pela maior parte (9,22%), seguido pelo PSDB (3,78%).
Confira a íntegra da pesquisa [aqui].
Segundo pesquisa realizada em São Paulo, na última quinta-feira (31), durante a Marcha para Jesus, pelo Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política (Neamp) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em parceria com o Grupo de Pesquisa Comunicação e Religião da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a intenção de votos entre os evangélicos. Ele tem 20,09%, seguido pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), com 15,6%, e pela ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede), que aparece com 5,91%. O estudo entrevistou 423 pessoas e não definiu margem de erro, já que a Polícia Militar não fez estimativa de público.
Segundo a analista Magali do Nascimento Cunha, coordenadora do Grupo de Pesquisa, a tendência pelo voto em Lula mostrado pelo estudo acompanha a tendência da própria sociedade brasileira como um todo. “Isso mostra que os evangélicos não são um grupo separado socialmente da sociedade brasileira. São cidadãos brasileiros.” A Marcha para Jesus reúne grande número de pessoas que ganham de um a dois salários mínimos, desempregados, com baixa escolaridade. “Essa população distribui realmente sua preferência entre Lula e Bolsonaro, com maioria para Lula”, explica.
A pesquisa, realizada pela terceira vez, também “comprova que os evangélicos não são um grupo homogêneo, como se tenta mostrar por meio da bancada evangélica (no Congresso), o que é uma estratégia política, e por meio das mídias. Eles tentam mostrar uma certa homogeneidade, com um ou outro representante falando pelos evangélicos, o que também é incorreto”, diz Magali.
Segundo a pesquisa, Lula e Bolsonaro têm quase o mesmo público, na segmentação por renda. O ex-presidente concentra intenções de votos entre desempregados (21,18%) e pessoas que ganham até dois salários mínimos (21,18%). O deputado, entre pessoas que ganham até dois (25,76%) e de dois a três salários mínimos (16,67%).
De acordo com Magali, a pesquisa corrobora o que já se diz em termos de estudo sobre o campo evangélico brasileiro. “É um grupo muito diversificado, que não pode ser classificado como homogeneamente conservador, do ponto de vista político. Há várias tendências nesse grupo, no que tange inclusive às lideranças”, diz. “Há uma tendência minoritária, mas bastante significativa, de progressistas, que têm marcado posições há muitos anos, mas esses grupos são invisibilizados tanto pelas mídias religiosas quanto pelas grandes mídias noticiosas.”
O coordenador da pesquisa do Neamp, Leandro Ortunes, diz que os evangélicos não seguem necessariamente a orientação das lideranças de seu grupo religioso. “Mesmo diante de todo apelo das lideranças evangélicas por um candidato evangélico, os entrevistados não preferem que o próximo presidente seja da mesma crença que eles”, aponta.
O estudo perguntou aos entrevistados se consideram "preferível" que o próximo candidato seja evangélico. Para 40,90% dos pesquisados, é "indiferente", enquanto 32,62% responderam que "não" e apenas 25,06%, ou um quarto, responderam que "sim".
O estudo mostra que 81,8% dos entrevistados não têm preferência por partido político. Entre os que manifestam preferência partidária, o PT é escolhido pela maior parte (9,22%), seguido pelo PSDB (3,78%).
Confira a íntegra da pesquisa [aqui].
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