Por Raymundo Gomes, no blog Diário do Centro do Mundo:
Um ex-presidente da República, preso há dois meses, líder disparado nas pesquisas de intenção de voto a quatro meses da eleição, faz sua primeira manifestação pública, como depoente em um processo.
Seria manchete principal em qualquer país do mundo, certo?
Certo.
Menos no Brasil.
Os três diários nacionais – Folha, Estado e Globo – fizeram o possível para esconder o assunto nesta quarta-feira.
Globo e Folha relegaram Lula a pequenas “chamadas”, como se diz no jargão jornalístico (destacadas em vermelho na imagem deste post).
Seria manchete principal em qualquer país do mundo, certo?
Certo.
Menos no Brasil.
Os três diários nacionais – Folha, Estado e Globo – fizeram o possível para esconder o assunto nesta quarta-feira.
Globo e Folha relegaram Lula a pequenas “chamadas”, como se diz no jargão jornalístico (destacadas em vermelho na imagem deste post).
O Estadão conseguiu façanha ainda maior: ignorou totalmente o acontecimento na capa.
O maior espaço da primeira página foi dedicado a uma matéria “fria” – também como se diz na gíria da profissão – sobre “a nova geração de investidores”.
A imagem do dia – um Lula altivo, colocando no seu lugar o juiz e pseudo-ex-lulista Marcelo Bretas – não aparece na primeira página de nenhum dos três.
Nada numa primeira página de jornal, como sabe qualquer um, é gratuito.
Quem faz a primeira página são jornalistas da confiança da direção dos jornais.
Esses jornalistas vão dormir com a consciência tranquila de que seguiram bons critérios jornalísticos?
O maior espaço da primeira página foi dedicado a uma matéria “fria” – também como se diz na gíria da profissão – sobre “a nova geração de investidores”.
A imagem do dia – um Lula altivo, colocando no seu lugar o juiz e pseudo-ex-lulista Marcelo Bretas – não aparece na primeira página de nenhum dos três.
Nada numa primeira página de jornal, como sabe qualquer um, é gratuito.
Quem faz a primeira página são jornalistas da confiança da direção dos jornais.
Esses jornalistas vão dormir com a consciência tranquila de que seguiram bons critérios jornalísticos?
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