Por Altamiro Borges
O Brasil passa por um período turbulento, de fortes tensões. Parece sentado sobre um vulcão. O movimento dos caminhoneiros, que quase paralisou o país gerando desabastecimento e pânico em vários Estados, apenas confirmou esse quadro de enfermidade. A surpreendente mobilização, com sua direção difusa e sua pauta confusa, forçou o governo golpista a ceder e resultou na queda de Pedro Parente, o representante das multinacionais do petróleo e dos abutres financeiros. A crise, porém, não está superada e pode resultar em novas explosões sociais. Enquanto não alterar a política de preços da Petrobras, que hoje serve aos interesses dos especuladores, e não conter o processo de desmonte da estatal, a questão dos combustíveis seguirá inflamável.
Os últimos fatos também decretaram o fim melancólico do usurpador que assaltou o poder com a deposição de uma presidenta legitimamente eleita. De “vice-decorativo”, Michel Temer tornou-se um “presidente-decorativo”. Não presta mais para nada, nem para alguns setores das elites que bancaram a sua chegada ao Palácio do Planalto. Aguarda o enterro, temendo a prisão por vários casos de corrupção. No meio desse turbilhão político, a economia patina, com índices medíocres de crescimento, que produzem uma explosão do desemprego e o retorno de trágicos índices de miséria. As medidas destrutivas impostas pelos neoliberais de plantão, somadas aos efeitos deletérios da Lava-Jato, produziram um cenário de devastação econômica em curto espaço de tempo.
Neste contexto cheio de incertezas, os setores que orquestraram e bancaram esta aventura antidemocrática se mostram perdidos. Até agora, eles não conseguiram “eleger” um candidato que dê continuidade a esse projeto antinacional e antipopular. Os vários outsiders lançados sucumbiram antes da partida. A divisão entre as forças da direita – que a mídia hegemônica insiste em chamar de “centro” – é cada vez mais explícita e seus vários postulantes não conseguem empolgar o eleitorado. O golpe deflagrado com o impeachment sem crime de Dilma Rousseff terá o seu round decisivo nas eleições previstas para outubro próximo. Sem candidato e temendo a derrota, surgem fantasmas como a do falso parlamentarismo e até mesmo a do adiamento do pleito.
Diante dessas trevas, é urgente unir as forças democráticas, progressistas e patrióticas da sociedade para garantir eleições livres em outubro de 2018. É preciso barrar qualquer nova aventura golpista. Outra condição indispensável para superar essa fase sombria é a libertação imediata do ex-presidente Lula, o maior líder popular do país que hoje se encontra na posição de preso político – como atestam inclusive vários pronunciamentos no mundo. Sem a sua participação direta neste embate político, o pleito terá sua legitimidade aviltada e o clima de instabilidade e conflagração prosseguirá no país. Através das legítimas candidaturas já lançadas pelo campo democrático e progressista, é preciso evitar qualquer dispersão ou fratura, contribuindo para a construção de uma plataforma unitária por um Brasil democrático, com soberania nacional, desenvolvimento econômico e justiça social.
O Brasil passa por um período turbulento, de fortes tensões. Parece sentado sobre um vulcão. O movimento dos caminhoneiros, que quase paralisou o país gerando desabastecimento e pânico em vários Estados, apenas confirmou esse quadro de enfermidade. A surpreendente mobilização, com sua direção difusa e sua pauta confusa, forçou o governo golpista a ceder e resultou na queda de Pedro Parente, o representante das multinacionais do petróleo e dos abutres financeiros. A crise, porém, não está superada e pode resultar em novas explosões sociais. Enquanto não alterar a política de preços da Petrobras, que hoje serve aos interesses dos especuladores, e não conter o processo de desmonte da estatal, a questão dos combustíveis seguirá inflamável.
Os últimos fatos também decretaram o fim melancólico do usurpador que assaltou o poder com a deposição de uma presidenta legitimamente eleita. De “vice-decorativo”, Michel Temer tornou-se um “presidente-decorativo”. Não presta mais para nada, nem para alguns setores das elites que bancaram a sua chegada ao Palácio do Planalto. Aguarda o enterro, temendo a prisão por vários casos de corrupção. No meio desse turbilhão político, a economia patina, com índices medíocres de crescimento, que produzem uma explosão do desemprego e o retorno de trágicos índices de miséria. As medidas destrutivas impostas pelos neoliberais de plantão, somadas aos efeitos deletérios da Lava-Jato, produziram um cenário de devastação econômica em curto espaço de tempo.
Neste contexto cheio de incertezas, os setores que orquestraram e bancaram esta aventura antidemocrática se mostram perdidos. Até agora, eles não conseguiram “eleger” um candidato que dê continuidade a esse projeto antinacional e antipopular. Os vários outsiders lançados sucumbiram antes da partida. A divisão entre as forças da direita – que a mídia hegemônica insiste em chamar de “centro” – é cada vez mais explícita e seus vários postulantes não conseguem empolgar o eleitorado. O golpe deflagrado com o impeachment sem crime de Dilma Rousseff terá o seu round decisivo nas eleições previstas para outubro próximo. Sem candidato e temendo a derrota, surgem fantasmas como a do falso parlamentarismo e até mesmo a do adiamento do pleito.
Diante dessas trevas, é urgente unir as forças democráticas, progressistas e patrióticas da sociedade para garantir eleições livres em outubro de 2018. É preciso barrar qualquer nova aventura golpista. Outra condição indispensável para superar essa fase sombria é a libertação imediata do ex-presidente Lula, o maior líder popular do país que hoje se encontra na posição de preso político – como atestam inclusive vários pronunciamentos no mundo. Sem a sua participação direta neste embate político, o pleito terá sua legitimidade aviltada e o clima de instabilidade e conflagração prosseguirá no país. Através das legítimas candidaturas já lançadas pelo campo democrático e progressista, é preciso evitar qualquer dispersão ou fratura, contribuindo para a construção de uma plataforma unitária por um Brasil democrático, com soberania nacional, desenvolvimento econômico e justiça social.
1 comentários:
Volto a insistir:considero um equívoco a análise de que a direita não tem um candidato competitivo,posto que tal ponderação abstrai a candidatura de Bolsonaro, como se ela não servisse aos propósitos de continuidade do projeto neoliberal. Se Bolsonaro não fosse conveniente aos desígnios golpistas, sua postulação já teria sido pulverizada pelo aparato midiático empresarial. Bolsonaro, entretanto, esta sofrendo apenas críticas pontuais, episódicas,destinadas a desembaraçar a mídia e setores que se apresentam como liberais da acusação de cumplicidade com uma candidatura fascista. Enquanto isso, seu nome vai sendo deixado na condição de suplente, que a plutocracia financeira não terá nenhum escrúpulo para lançar mão, se for o único nome capaz de derrotar o nome do campo democrático e popular. PS: agradeço as publicações de meus pobres comentários. Este espaço foi o único que utilizei desde que abandonei as redes sociais após o Golpe. Porém, agora, é hora de divergirmos. Passarei a apoiar de forma explícita a candidatura de Ciro. Essa é uma das vantagens de não estar militando no PCdoB: não tenho obrigação de me submeter às decisões deliberadas pela maioria do partido. Jamais dei à luta institucional a importância que ela assumiu para o PCdoB nos últimos anos. A luta central, a que importa historicamente,é a que é travada pelos trabalhadores e pelo povo. A luta institucional se subordina aos objetivos da luta de massas, não institucional(o oposto do que ocorreu durante os governos petistas). É por isso que é válido apoiar a candidatura de Ciro, pois sua vitória representará melhores condições para o desenvolvimento da luta de massas em nosso país. Lula não será candidato de fato, é o que sugere a atual correlação de forças. Não existem nomes dentro de PT capazes de liderar uma ampla e necessária frente para derrotar a direita,que,sem Lula, hoje lidera as pesquisas na figura asquerosa de Bolsonaro. Ciro é, de longe, o nome que reúne as melhores condições políticas para agregar um somatório de forças necessárias para derrotar o projeto neoliberal e a ameaça da vitóris eleitoral do fascismo.
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