Editorial do site Vermelho:
O desastre ocorrido nesta sexta-feira (25), em Brumadinho (MG), que já foi descrito como uma “tragédia anunciada” poderá infelizmente ser o prenúncio de outras calamidades, prevalecendo no governo brasileiro a orientação imprudente e funesta que só favorece o lucro empresarial e rejeita a fiscalização rigorosa sobre as atividades das empresas, principalmente daquelas cuja atividade atinge populações e o meio ambiente. Tudo indica que a concepção que rompe com o necessário equilíbrio entre proteção ambiental e desenvolvimento prevalece num governo onde o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles - que, em tese, deveria implementar a fiscalização - considera o órgão responsável por ela, o Ibama, uma "fábrica de multas".
O desastre ocorrido em Brumadinho atingiu várias cidades da região, com impacto na vida de milhares de pessoas, e indica que centenas de vítimas fatais agravará ainda mais a tragédia - a lista de desaparecidos divulgada pela empresa responsável pela Mina do Feijão, pela barragem e pelo desastre, a mineradora Vale, relaciona o nome de quatrocentas pessoas desaparecidas. A exemplo do que ocorreu em Mariana, há pouco mais de três anos, as consequências ambientais, econômicas e sociais ainda se estenderão por muito tempo e algumas de modo irreversível.
Fundada em 1942, no primeiro governo de Getúlio Vargas, a Vale, que originalmente denominava-se Companhia Vale do rio Doce (CVRD), foi privatizada em 1997, no governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso. Seu lucro, em 2017, que superou os 17 bilhões de reais, a coloca entre as maiores mineradoras do mundo. No entanto, apesar das promessas, o que se vê é o lucro aumentar e os cuidados ambientais e com as condições de trabalho de seus funcionários diminui.
Além da trágica dimensão humana, o rompimento da barragem em Brumadinho – que acontece há pouco mais de 3 anos após desastre semelhante ocorrido em Mariana (MG), igualmente envolvendo a Vale - tem outra terrível conseqüência: a destruição do meio ambiente. Vazaram cerva de 14 milhões de metros cúbicos de dejetos, lançados na bacia hidrográfica, e que atingiram o rio Paraopeba, um importante afluente do Rio São Francisco – cujo leito, já martirizado pelo descaso ambiental e pelo desmatamento, poderá ficar comprometido com a poluição resultante de mais essa tragédia, com graves consequências ambientais.
A tragédia de Brumadinho pode ser vista como uma infeliz metáfora da caótica situação vivida pelo Brasil desde o golpe do traidor Michel Temer, que tomou o governo de assalto 2016. Situação que prossegue agravada sob o comando do direitista ultraliberal Jair Bolsonaro. Como em Brumadinho, é sobre o povo e o meio ambiente que recai o custo da lógica imperante, que favorece a ganância do capital e o lucro empresarial. Bolsonaro é um crítico ferrenho das políticas sociais, trabalhistas e ambientais de governos anteriores. Em Brumadinho as vítimas são os trabalhadores e o meio ambiente. O desastre, ocorrido no mês inicial do governo de Jair Bolsonaro, pode ser, infelizmente, um retrato de seu descaso com o povo, os trabalhadores... e o meio ambiente.
O desastre ocorrido nesta sexta-feira (25), em Brumadinho (MG), que já foi descrito como uma “tragédia anunciada” poderá infelizmente ser o prenúncio de outras calamidades, prevalecendo no governo brasileiro a orientação imprudente e funesta que só favorece o lucro empresarial e rejeita a fiscalização rigorosa sobre as atividades das empresas, principalmente daquelas cuja atividade atinge populações e o meio ambiente. Tudo indica que a concepção que rompe com o necessário equilíbrio entre proteção ambiental e desenvolvimento prevalece num governo onde o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles - que, em tese, deveria implementar a fiscalização - considera o órgão responsável por ela, o Ibama, uma "fábrica de multas".
O desastre ocorrido em Brumadinho atingiu várias cidades da região, com impacto na vida de milhares de pessoas, e indica que centenas de vítimas fatais agravará ainda mais a tragédia - a lista de desaparecidos divulgada pela empresa responsável pela Mina do Feijão, pela barragem e pelo desastre, a mineradora Vale, relaciona o nome de quatrocentas pessoas desaparecidas. A exemplo do que ocorreu em Mariana, há pouco mais de três anos, as consequências ambientais, econômicas e sociais ainda se estenderão por muito tempo e algumas de modo irreversível.
Fundada em 1942, no primeiro governo de Getúlio Vargas, a Vale, que originalmente denominava-se Companhia Vale do rio Doce (CVRD), foi privatizada em 1997, no governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso. Seu lucro, em 2017, que superou os 17 bilhões de reais, a coloca entre as maiores mineradoras do mundo. No entanto, apesar das promessas, o que se vê é o lucro aumentar e os cuidados ambientais e com as condições de trabalho de seus funcionários diminui.
Além da trágica dimensão humana, o rompimento da barragem em Brumadinho – que acontece há pouco mais de 3 anos após desastre semelhante ocorrido em Mariana (MG), igualmente envolvendo a Vale - tem outra terrível conseqüência: a destruição do meio ambiente. Vazaram cerva de 14 milhões de metros cúbicos de dejetos, lançados na bacia hidrográfica, e que atingiram o rio Paraopeba, um importante afluente do Rio São Francisco – cujo leito, já martirizado pelo descaso ambiental e pelo desmatamento, poderá ficar comprometido com a poluição resultante de mais essa tragédia, com graves consequências ambientais.
A tragédia de Brumadinho pode ser vista como uma infeliz metáfora da caótica situação vivida pelo Brasil desde o golpe do traidor Michel Temer, que tomou o governo de assalto 2016. Situação que prossegue agravada sob o comando do direitista ultraliberal Jair Bolsonaro. Como em Brumadinho, é sobre o povo e o meio ambiente que recai o custo da lógica imperante, que favorece a ganância do capital e o lucro empresarial. Bolsonaro é um crítico ferrenho das políticas sociais, trabalhistas e ambientais de governos anteriores. Em Brumadinho as vítimas são os trabalhadores e o meio ambiente. O desastre, ocorrido no mês inicial do governo de Jair Bolsonaro, pode ser, infelizmente, um retrato de seu descaso com o povo, os trabalhadores... e o meio ambiente.
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