Por Altamiro Borges
Ainda sob o impacto da tragédia que vitimou o Rio de Janeiro, com ao menos seis mortos na cidade inundada até a noite desta quinta-feira (7), o site da revista Veja postou um levantamento que pode desgastar ainda mais a imagem do já odiado prefeito Marcelo Crivella (PRB) – o famoso parente do pastor Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus e da Record.
Segundo a reportagem, “entre 2014 e 2018, houve queda de 78% no valor pago pelo município para o programa de ‘controle de enchentes’. Em 2014, durante o mandato do ex-prefeito Eduardo Paes (à época no MDB), o Rio gastou R$ 294,7 milhões no programa. O valor caiu nos anos seguintes, até chegar a apenas R$ 14,5 milhões em 2017, início da gestão Marcelo Crivella”.
Esses dados indicam que a tragédia poderia ter sido evitada – ou, ao menos, minimizada. “No ano passado, o município gastou apenas 57,3% do que o orçamento previa para controle de enchentes: no total, foram usados R$ 66,2 milhões para tentar prevenir o recorrente problema. Trata-se de um valor 78% menor que o gasto em 2014. A proteção de encostas também poderia ter sido alvo de maiores esforços do governo. Foram gastos apenas 13,3% dos R$ 264,9 milhões autorizados pelo orçamento: cerca de 35,4 milhões, valor inferior aos 36,1 milhões de reais usados em 2014”.
No mesmo rumo, a Folha ironizou a demagogia do prefeito-pastor. “Na noite de quarta-feira, um temporal matou seis pessoas e fez o Rio amanhecer com um cenário caótico, com deslizamento de encostas, alagamentos de ruas, queda de árvores e vias bloqueadas. Após a tragédia, Marcelo Crivella, que assumiu a prefeitura em janeiro de 2017, demonstrou consternação em função das mortes e decretou luto oficial de três dias. Os dados do Portal da Transparência da Prefeitura do Rio, no entanto, mostram que desde que assumiu o comando da capital fluminense, Crivella gastou bem menos que o previsto para enfrentar os efeitos das tradicionais chuvas de verão que atingem a cidade no início do ano”.
O jornal ainda lembra que “em fevereiro de 2018, vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro já alertavam sobre os riscos de contingenciar recursos destinados ao enfrentamento das enchentes. Naquele mês, quatro pessoas morreram em função do forte temporal que caiu sobre a cidade. Mesmo assim, Marcelo Crivella contingenciou 90% do orçamento destinado às ações de controle das enchentes”.
Ainda sob o impacto da tragédia que vitimou o Rio de Janeiro, com ao menos seis mortos na cidade inundada até a noite desta quinta-feira (7), o site da revista Veja postou um levantamento que pode desgastar ainda mais a imagem do já odiado prefeito Marcelo Crivella (PRB) – o famoso parente do pastor Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus e da Record.
Segundo a reportagem, “entre 2014 e 2018, houve queda de 78% no valor pago pelo município para o programa de ‘controle de enchentes’. Em 2014, durante o mandato do ex-prefeito Eduardo Paes (à época no MDB), o Rio gastou R$ 294,7 milhões no programa. O valor caiu nos anos seguintes, até chegar a apenas R$ 14,5 milhões em 2017, início da gestão Marcelo Crivella”.
Esses dados indicam que a tragédia poderia ter sido evitada – ou, ao menos, minimizada. “No ano passado, o município gastou apenas 57,3% do que o orçamento previa para controle de enchentes: no total, foram usados R$ 66,2 milhões para tentar prevenir o recorrente problema. Trata-se de um valor 78% menor que o gasto em 2014. A proteção de encostas também poderia ter sido alvo de maiores esforços do governo. Foram gastos apenas 13,3% dos R$ 264,9 milhões autorizados pelo orçamento: cerca de 35,4 milhões, valor inferior aos 36,1 milhões de reais usados em 2014”.
No mesmo rumo, a Folha ironizou a demagogia do prefeito-pastor. “Na noite de quarta-feira, um temporal matou seis pessoas e fez o Rio amanhecer com um cenário caótico, com deslizamento de encostas, alagamentos de ruas, queda de árvores e vias bloqueadas. Após a tragédia, Marcelo Crivella, que assumiu a prefeitura em janeiro de 2017, demonstrou consternação em função das mortes e decretou luto oficial de três dias. Os dados do Portal da Transparência da Prefeitura do Rio, no entanto, mostram que desde que assumiu o comando da capital fluminense, Crivella gastou bem menos que o previsto para enfrentar os efeitos das tradicionais chuvas de verão que atingem a cidade no início do ano”.
O jornal ainda lembra que “em fevereiro de 2018, vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro já alertavam sobre os riscos de contingenciar recursos destinados ao enfrentamento das enchentes. Naquele mês, quatro pessoas morreram em função do forte temporal que caiu sobre a cidade. Mesmo assim, Marcelo Crivella contingenciou 90% do orçamento destinado às ações de controle das enchentes”.
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