Na polêmica sobre a festança criminosa de final de ano patrocinada pelo jogador bolsonarista Neymar Jr. em plena pandemia da Covid-19, a reação mais incisiva foi a do ex-craque Casagrande. Nesta segunda-feira (28), ele detonou “o Réveillon de Neymar” e voltou a chamar o atleta de “mimado” e irresponsável no site G1.
Após criticar a “festa de muita alienação e nenhuma empatia”, prevista para durar cinco dias e juntar 500 amigos – “ou 150, segundo a agência contratada para organizar o evento” –, Casagrande lamenta a postura de “boa parte dos torcedores e também da imprensa que continuam a minimizar suas atitudes”. E relembra:
Alvo de memes e de vergonha no mundo
“Em 2017, quando chamei Neymar de mimado, o mundo caiu na minha cabeça, mas essa postura ficou clara na Copa de 2018: antes da estreia da seleção, a preocupação do camisa 10 do Brasil era seu cabelo. Depois, virou alvo de chacota por causa de suas encenações em campo. Nós queríamos o título, ele nos deu memes e vergonha”.
“Não se mede grandeza de uma pessoa por sua conta bancária, sua frota de carros de luxo ou seu número de seguidores no Instagram. Neymar é um ótimo jogador, bastante popular, mas continua a ser pequeno nas coisas que realmente importam. Quando mais precisamos de bons exemplos, de responsabilidade, é triste constatar que esse é o maior ídolo do futebol brasileiro na atualidade”. Certeiro!
Estupidez criminosa de Neymar
Outro que bateu duro foi o jornalista esportivo Juca Kfouri, em artigo postado em seu blog no site UOL. Para ele, a festança em uma mansão em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, “revela não apenas que ele não tem nada na cabeça, mas que ele é irresponsável socialmente, ele é um péssimo exemplo para o Brasil".
"Esse rapaz não vai ser nunca, nunca, o número 1 do mundo, porque não tem cabeça para isso. Logo depois de, enfim, ter tomado uma atitude contra o racismo como tomou no jogo do PSG contra o time de Istambul, faz essa estupidez criminosa que está cometendo”, concluiu.
Festança para ricaços e celebridades
Diante de tantas canetadas, a assessoria do midiático jogador até tentou negar a autoria da festa. Mas já era tarde. Vários veículos comprovaram o crime. O colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, foi o primeiro a noticiar a aglomeração, que começou na sexta-feira de Natal (25) e só deve terminar na virada do ano.
Segundo os relatos, uma banda foi contratada para tocar diariamente e o jogador construiu um espaço com isolamento acústico em um anexo da mansão, para evitar transtornos com a vizinhança. Entre os convidados, estariam o ex-BBB Felipe Prior, a youtuber Camila Loures e inúmeros empresários, ricaços e celebridades.
Já o colunista Leo Dias, do site Metrópole, revelou que Léo Santana, Ludmilla, Grupo Menos é Mais e Wesley Safadão foram contratados para animar a festa. Ele também garantiu que Neymar alugou uma mansão nas proximidades da sua, que está em reforma, por R$ 6.000 a diária, e proibiu o uso de celulares na festa.
Repercussão na imprensa internacional
A CNN-Brasil mostrou que a gandaia gerou insatisfação entre os moradores de Mangaratiba. Um funcionário do condomínio afirmou que a festa tem agitado o local com a entrada e saída de pessoas o tempo todo. Ela também confirmou que celulares foram proibidos para evitar a divulgação de fotos e vídeos nas redes sociais.
O “Réveillon de Neymar” inclusive já repercutiu na imprensa internacional, segundo matéria da BBC News-Brasil. Diversos veículos ressaltaram que o jogador promove a festança em um período em que especialistas desaconselham aglomerações devido ao aumento do número de infectados, internados e mortos no Brasil.
"Superdisseminadores" do coronavírus
“Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, festas como a do atacante do Paris Saint-Germain podem ser consideradas eventos ‘superdisseminadores’ do coronavírus, por reunir diversas pessoas em um ambiente fechado.
“Não existe nenhum protocolo de segurança que permita esse tipo de festa. Todos os protocolos, como o uso de máscaras e o distanciamento de até dois metros, são válidos para pequenas reuniões de quatro ou cinco pessoas", alertou a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência”.
"Não há como festas nesse formato serem seguras durante a pandemia. A única alternativa que consigo imaginar para eventos assim é não fazer", apontou o sanitarista Christovam Barcellos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
“Não se mede grandeza de uma pessoa por sua conta bancária, sua frota de carros de luxo ou seu número de seguidores no Instagram. Neymar é um ótimo jogador, bastante popular, mas continua a ser pequeno nas coisas que realmente importam. Quando mais precisamos de bons exemplos, de responsabilidade, é triste constatar que esse é o maior ídolo do futebol brasileiro na atualidade”. Certeiro!
Estupidez criminosa de Neymar
Outro que bateu duro foi o jornalista esportivo Juca Kfouri, em artigo postado em seu blog no site UOL. Para ele, a festança em uma mansão em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, “revela não apenas que ele não tem nada na cabeça, mas que ele é irresponsável socialmente, ele é um péssimo exemplo para o Brasil".
"Esse rapaz não vai ser nunca, nunca, o número 1 do mundo, porque não tem cabeça para isso. Logo depois de, enfim, ter tomado uma atitude contra o racismo como tomou no jogo do PSG contra o time de Istambul, faz essa estupidez criminosa que está cometendo”, concluiu.
Festança para ricaços e celebridades
Diante de tantas canetadas, a assessoria do midiático jogador até tentou negar a autoria da festa. Mas já era tarde. Vários veículos comprovaram o crime. O colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, foi o primeiro a noticiar a aglomeração, que começou na sexta-feira de Natal (25) e só deve terminar na virada do ano.
Segundo os relatos, uma banda foi contratada para tocar diariamente e o jogador construiu um espaço com isolamento acústico em um anexo da mansão, para evitar transtornos com a vizinhança. Entre os convidados, estariam o ex-BBB Felipe Prior, a youtuber Camila Loures e inúmeros empresários, ricaços e celebridades.
Já o colunista Leo Dias, do site Metrópole, revelou que Léo Santana, Ludmilla, Grupo Menos é Mais e Wesley Safadão foram contratados para animar a festa. Ele também garantiu que Neymar alugou uma mansão nas proximidades da sua, que está em reforma, por R$ 6.000 a diária, e proibiu o uso de celulares na festa.
Repercussão na imprensa internacional
A CNN-Brasil mostrou que a gandaia gerou insatisfação entre os moradores de Mangaratiba. Um funcionário do condomínio afirmou que a festa tem agitado o local com a entrada e saída de pessoas o tempo todo. Ela também confirmou que celulares foram proibidos para evitar a divulgação de fotos e vídeos nas redes sociais.
O “Réveillon de Neymar” inclusive já repercutiu na imprensa internacional, segundo matéria da BBC News-Brasil. Diversos veículos ressaltaram que o jogador promove a festança em um período em que especialistas desaconselham aglomerações devido ao aumento do número de infectados, internados e mortos no Brasil.
"Superdisseminadores" do coronavírus
“Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, festas como a do atacante do Paris Saint-Germain podem ser consideradas eventos ‘superdisseminadores’ do coronavírus, por reunir diversas pessoas em um ambiente fechado.
“Não existe nenhum protocolo de segurança que permita esse tipo de festa. Todos os protocolos, como o uso de máscaras e o distanciamento de até dois metros, são válidos para pequenas reuniões de quatro ou cinco pessoas", alertou a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência”.
"Não há como festas nesse formato serem seguras durante a pandemia. A única alternativa que consigo imaginar para eventos assim é não fazer", apontou o sanitarista Christovam Barcellos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
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