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| Charge: Gilmar |
Nesta quarta-feira (9), o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul decidiu, por unanimidade, reabrir o processo contra o empresário bolsonarista Luciano Hang, dono das lojas Havan. O patético Véio da Havan, metido em vários rolos, é acusado desta vez por abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2020 em Bagé, no interior gaúcho.
O TRE-RS decidiu dar prosseguimento à ação impetrada pela coligação “Unidos por Bagé”, formada por PT, PSB, PCdoB e Rede, que acusou a rede de ter feito campanha para a reeleição de Divaldo Lara (PTB). Na ocasião, o prefeito e Luciano Hang fizeram uma transmissão pelas redes sociais no terreno destinado à instalação de uma nova unidade da Havan.
Os picaretas condicionaram “o prosseguimento do projeto de instalação de uma filial da loja no município de Bagé, com oferta de bons empregos à população, à continuidade da gestão como prefeito do investigado”, relatou a petição.
A ação também se refere ao uso da máquina pública feito pelo fascista Jair Bolsonaro em prol da candidatura à reeleição de Divaldo Lara – com a transmissão de live, realizada em prédio oficial (Palácio da Alvorada), contendo anúncio de obra com recursos federais no município. Bolsonaro, no entanto, não é alvo do processo.
Ações por abuso de poder econômico
Conforme relembra o site UOL, “em outro processo semelhante, no ano passado, o Ministério Público Federal também pediu ao TRE-RS que suspendesse por oito anos os direitos políticos do empresário bolsonarista, sondado para ser candidato ao Senado por Santa Catarina em outubro deste ano”.
“Na ação, Hang é novamente suspeito de cometer abuso de poder econômico nas eleições para prefeito de Santa Rosa, a 490 km de Porto Alegre, depois de sugerir aos eleitores do município, no dia 11 de novembro de 2020, que só garantiria a continuidade da construção de uma loja se o vencedor fosse Anderson Mantei (PP), que de fato ganhou o pleito”.
Vitória do jornalista Luis Nassif
Além de ser amigo do fascista alojado no Palácio do Planalto, o “Véio da Havan” tem forte influência no Judiciário. Apesar disso, ele também sofre derrotas. Nesta sexta-feira (11), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal suspendeu os efeitos da condenação do jornalista Luis Nassif, que havia recebido pena de indenizar Luciano Hang em R$ 20 mil.
O blogueiro havia sido condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por reportagem em que acusava o dono da Havan de coagir e ameaçar trabalhadores das suas lojas para votarem em Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. O conteúdo foi publicado no site GGN. A artilharia jurídica do bilionário tentou intimidar e asfixiar financeiramente o jornalista, mas não conseguiu. Para o ministro do STF, Luis Nassif “exerceu crítica jornalística a uma figura pública, sem violar seus direitos”.
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