Charge: Nei Lima |
O clima que pintou entre o capitão Bolsonaro e o granadeiro Jefferson, depois do circo de ontem, ficou meio estranho.
A agressão à ministra Carmen Lúcia não foi, é claro, um desabafo espontâneo.
Jefferson sabia o que estava fazendo e queria vestir a fantasia de mártir da “liberdade de expressão” – no sentido bolsonarista, isto é, a liberdade de mentir, enganar e impedir que o povo tome decisões de forma esclarecida.
Ele sabia, portanto, que teria sua prisão domiciliar revogada.
Algo que já deveria ter ocorrido há muito tempo, dadas as suspeitas – agora plenamente confirmadas – de que ele mantinha um arsenal em sua casa.
Mas atirar e jogar granadas na polícia não estava no script. Jefferson errou a mão, movido por sua piração pessoal, e o tiro saiu pela culatra (a metáfora é meio rebarbativa, mas fazer o quê?).
Bolsonaro se viu obrigado a recuar, para conter danos. É verdade que mandou o Ministro da Justiça para socorrer o amigo, o que em si mesmo é um escândalo. Mas teve que dizer que repudiava a ação e chegou a chamar Jefferson de “bandido”.
Classificar o granadeiro de bandido foi provavelmente a única verdade que Bolsonaro disse em anos – ainda assim, a contragosto. De resto, fez o que sabe, isto é, mentiu sem parar.
Como bom profissional da cara de pau, não teve vergonha de dizer que não existiam fotos dele com Jefferson.
Que Jefferson não apoiava sua candidatura ou era um de seus consultores políticos. Está tentando jogar Jefferson, vejam só, no colo de Lula.
A jogada ensaiada com o chefe do PTB já era um indício de que eles sabem que devem perder no domingo – um ensaio para não aceitar o resultado da eleição. O fiasco de ontem só piora a situação.
A agressão à ministra Carmen Lúcia não foi, é claro, um desabafo espontâneo.
Jefferson sabia o que estava fazendo e queria vestir a fantasia de mártir da “liberdade de expressão” – no sentido bolsonarista, isto é, a liberdade de mentir, enganar e impedir que o povo tome decisões de forma esclarecida.
Ele sabia, portanto, que teria sua prisão domiciliar revogada.
Algo que já deveria ter ocorrido há muito tempo, dadas as suspeitas – agora plenamente confirmadas – de que ele mantinha um arsenal em sua casa.
Mas atirar e jogar granadas na polícia não estava no script. Jefferson errou a mão, movido por sua piração pessoal, e o tiro saiu pela culatra (a metáfora é meio rebarbativa, mas fazer o quê?).
Bolsonaro se viu obrigado a recuar, para conter danos. É verdade que mandou o Ministro da Justiça para socorrer o amigo, o que em si mesmo é um escândalo. Mas teve que dizer que repudiava a ação e chegou a chamar Jefferson de “bandido”.
Classificar o granadeiro de bandido foi provavelmente a única verdade que Bolsonaro disse em anos – ainda assim, a contragosto. De resto, fez o que sabe, isto é, mentiu sem parar.
Como bom profissional da cara de pau, não teve vergonha de dizer que não existiam fotos dele com Jefferson.
Que Jefferson não apoiava sua candidatura ou era um de seus consultores políticos. Está tentando jogar Jefferson, vejam só, no colo de Lula.
A jogada ensaiada com o chefe do PTB já era um indício de que eles sabem que devem perder no domingo – um ensaio para não aceitar o resultado da eleição. O fiasco de ontem só piora a situação.
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