sábado, 14 de janeiro de 2017
O mimimi do “ministro da justiça”
Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:
Esconder um erro com uma mentira é o mesmo que substituir uma mancha por um buraco. (Aristóteles)
Meu sucessor, que a convenção – uma mera convenção, nada mais – manda chamar “ministro da justiça”, costuma ser homem de muita lábia – que, no seu caso, não é sábia. Afinal, sua retórica até hoje não foi nada convincente. Inúmeras são suas iniciativas que ultrapassam o limite da prudência e do bom-senso, quando não beiram o mais tosco populismo. Vãs e voláteis são suas palavras, “dust in the wind”. Uma vez ditas, não resolvem o problema, mas geram uma pletora de novos problemas, constrangendo seu autor à exposição continuada e à defesa do indefensável.
Esconder um erro com uma mentira é o mesmo que substituir uma mancha por um buraco. (Aristóteles)
Meu sucessor, que a convenção – uma mera convenção, nada mais – manda chamar “ministro da justiça”, costuma ser homem de muita lábia – que, no seu caso, não é sábia. Afinal, sua retórica até hoje não foi nada convincente. Inúmeras são suas iniciativas que ultrapassam o limite da prudência e do bom-senso, quando não beiram o mais tosco populismo. Vãs e voláteis são suas palavras, “dust in the wind”. Uma vez ditas, não resolvem o problema, mas geram uma pletora de novos problemas, constrangendo seu autor à exposição continuada e à defesa do indefensável.
João Doria, o poste (de pole dance)
Ilustração de Cris Vector |
Quando começaram a surgir as primeiras notícias de que seria candidata a presidente da República, Dilma Rousseff foi logo apelidada “poste”. Por nunca haver disputado cargo eletivo, Dilma era um “poste” de Lula. As palavras “marionete” e “fantoche” também foram utilizadas. Mesmo que, antes de se candidatar, ela estivesse como ministra da Casa Civil da presidência da República, tendo sido antes ministra das Minas e Energia e ocupado vários cargos públicos a partir dos anos 1980.
Sim, Sergio Moro é réu na ONU!
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
O Cafezinho foi parar na capa da Veja.
Felizmente, não é para falar bem do blog. Se assim o fosse, seríamos suspeitos, aí sim, de sermos farsantes.
Como é para falar mal, então estamos bem. Continuamos sendo um blog “sujo” e honesto.
A matéria da Veja é um post encomendado pelo consórcio de golpistas e corruptos que tomaram o poder para blindar Sergio Moro, o heroi dos coxinhas e eleitores de Bolsonaro.
O Cafezinho foi parar na capa da Veja.
Felizmente, não é para falar bem do blog. Se assim o fosse, seríamos suspeitos, aí sim, de sermos farsantes.
Como é para falar mal, então estamos bem. Continuamos sendo um blog “sujo” e honesto.
A matéria da Veja é um post encomendado pelo consórcio de golpistas e corruptos que tomaram o poder para blindar Sergio Moro, o heroi dos coxinhas e eleitores de Bolsonaro.
O entreguismo da Lava-Jato
Por Haroldo Lima
Trinta empresas vão participar da licitação para a construção da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj. Foram convidadas pela Petrobras. Nenhuma é brasileira, todas são estrangeiras.
Trinta empresas vão participar da licitação para a construção da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj. Foram convidadas pela Petrobras. Nenhuma é brasileira, todas são estrangeiras.
O Comperj é um projeto gigantesco da Petrobrás, cuja pedra fundamental foi lançada em junho de 2006 pelo então presidente Lula. É um dos maiores investimentos do setor petrolífero e petroquímico do mundo. Estava sob a responsabilidade basicamente de empresas brasileiras. Foi paralisado. A unidade de gás, que agora será retomada, não é parte fundamental do projeto original, mas é básico para processar o gás dos campos do pré-sal da Bacia de Santos.
O golpe anestesiou o Ethos social
http://pataxocartoons.blogspot.com.br/ |
Alguma surpresa com a última operação da Polícia Federal, revelando que Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha, eminências do golpe, cobravam propina para liberar créditos na Caixa Econômica Federal? Nenhuma. E também não se registra qualquer indignação, qualquer panelaço, qualquer ato na Avenida Paulista contra a corrupção oceânica todo dia revelada.
O golpe anestesiou o Ethos da sociedade brasileira - entendido como seu "caráter moral", seu conjunto de crenças e valores - a um ponto tal que até mesmo uma manifestação extrema de barbárie e regressão ao primitivo, o banho de sangue e as degolas nos presídios, não arrancaram um soluço coletivo, um grito de compaixão em forma de protesto contra o inaceitável.
A Besta está solta na terra do tio Sam
Por José Arbex Jr., na revista Caros Amigos:
“Ainda não estamos na barbárie”, dizia o bom e velho militante marxista Vitor Letízia, mesmo após a invasão do Iraque, em 2003, pelos Estados Unidos, quando foram mortos centenas de milhares de seres humanos, incluindo mulheres, velhos e crianças. Mas o que falta, então? “Note que para invadir o Iraque, a Casa Branca teve que inventar uma grande mentira, a de que Saddam Hussein estaria fabricando ou em posse de armas de destruição em massa. Tiveram que fazer uma imensa campanha de convencimento da opinião pública estadunidense e mundial. Contaram com o total apoio dos meios de comunicação de massa. Estaremos em plena barbárie quando os pretextos deixarem de ser necessários. Quando eles se sentirem livres para bombardear outros povos e países, sem terem que recorrer a mentiras.”
“Ainda não estamos na barbárie”, dizia o bom e velho militante marxista Vitor Letízia, mesmo após a invasão do Iraque, em 2003, pelos Estados Unidos, quando foram mortos centenas de milhares de seres humanos, incluindo mulheres, velhos e crianças. Mas o que falta, então? “Note que para invadir o Iraque, a Casa Branca teve que inventar uma grande mentira, a de que Saddam Hussein estaria fabricando ou em posse de armas de destruição em massa. Tiveram que fazer uma imensa campanha de convencimento da opinião pública estadunidense e mundial. Contaram com o total apoio dos meios de comunicação de massa. Estaremos em plena barbárie quando os pretextos deixarem de ser necessários. Quando eles se sentirem livres para bombardear outros povos e países, sem terem que recorrer a mentiras.”
Os editoriais e a movimentação da economia
Por Tarso Genro, no site Carta Maior:
O livro "The New Yorker - a graça do dinheiro" (edição da Zahar, 2016) que publica "as melhores charges do "New Yorker" sobre economia entre 1925 e 2009, encerra com uma peça que sintetiza uma boa parte da história do capitalismo americano, no último século. Lá está a figura do executivo de uma grande empresa dizendo, com as mãos nos bolsos, aos seus empregados atônitos: "Ainda somos a mesma grande empresa que sempre fomos, apenas deixamos de existir."
O livro "The New Yorker - a graça do dinheiro" (edição da Zahar, 2016) que publica "as melhores charges do "New Yorker" sobre economia entre 1925 e 2009, encerra com uma peça que sintetiza uma boa parte da história do capitalismo americano, no último século. Lá está a figura do executivo de uma grande empresa dizendo, com as mãos nos bolsos, aos seus empregados atônitos: "Ainda somos a mesma grande empresa que sempre fomos, apenas deixamos de existir."
A indústria farmacêutica e a ineficiência
No período de 2008 a 2015, os gastos reais do Ministério da Saúde aumentaram em 36,6%; já os destinados a medicamentos elevaram-se em 74%, mais do que o dobro, passando de R$ 8,5 bilhões para R$ 14,8 bilhões para o mesmo período. Os valores alocados em medicamentos aumentaram, inclusive em 2015, quando o Orçamento da Saúde decresceu em termos reais.
Em 2015, apenas três programas eram responsáveis por 76,8% de todo o gasto com medicamentos: CEAF (Componente Especializado de Assistência Farmacêutica), Imunobiológicos e Farmácia Popular. Foram também eles que apresentaram maior taxa de crescimento entre 2008 e 2015. Em 2008, o quadro era diferente: CEAF, CBAF (Componente Básico de Assistência Farmacêutica) e DST/Aids representavam boa parte do gasto.
Geddel é a tampa da fossa de Temer
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O panorama nos jornais de hoje é devastador para Michel Temer.
Geddel Vieira Lima é a tampa que abre a fossa das suas relações com Eduardo Cunha.
As ligações de ambos não se limitam às suas próprias figuras já moralmente incineradas.
Começam a surgir as ligações de Michel Temer e o par de ladrões.
O panorama nos jornais de hoje é devastador para Michel Temer.
Geddel Vieira Lima é a tampa que abre a fossa das suas relações com Eduardo Cunha.
As ligações de ambos não se limitam às suas próprias figuras já moralmente incineradas.
Começam a surgir as ligações de Michel Temer e o par de ladrões.
A polêmica sobre a banda larga limitada
Da revista CartaCapital:
A discussão a respeito de uma franquia de dados na banda larga fixa, iniciada em 2016, foi retomada nesta semana. Em entrevista publicada na quinta-feira 12, pelo site Poder 360, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou que, a partir do segundo semestre deste ano, as operadoras poderão ofertar pacotes com acesso limitado a download e upload de dados.
Nesta sexta-feira 13, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, desmentiu o ministro.
Nesta sexta-feira 13, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, desmentiu o ministro.
O surto fascista no Brasil já é realidade
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Quando alguém diz que há um surto fascista no Brasil, não são só as pessoas conservadoras e/ou assumidamente de direita que se incomodam. Até pessoas autoproclamadas de esquerda acham exagero. Não é o que pensam, porém, o diário inglês Financial Times e uma pesquisadora da Unicamp.
Nas primeiras horas do último dia 10 de janeiro, o site da publicação britânica divulgou reportagem intitulada como (em tradução livre) “Neonazismo no Brasil desafia mito da democracia racial da nação”.
Quando alguém diz que há um surto fascista no Brasil, não são só as pessoas conservadoras e/ou assumidamente de direita que se incomodam. Até pessoas autoproclamadas de esquerda acham exagero. Não é o que pensam, porém, o diário inglês Financial Times e uma pesquisadora da Unicamp.
Nas primeiras horas do último dia 10 de janeiro, o site da publicação britânica divulgou reportagem intitulada como (em tradução livre) “Neonazismo no Brasil desafia mito da democracia racial da nação”.
Blogueira acusa Google de censura
http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/ |
O blog feminista Escreva Lola Escreva, de Lola Aronovich, voltou a ser alvo de ataques de grupos especializados em disseminar ódio na internet e agora vem sofrendo, de acordo com a blogueira, censuras por parte do Google, empresa que detém o servidor utilizado por Lola.
Em postagem publicada nesta quinta-feira (12), Lola conta que o Google suspendeu sua conta há dois dias e que, agora, a maior parte das imagens de seu blog estão sendo substituídas por um ponto de exclamação. Isso se deveria às denúncias e ataques que vêm sendo realizados pelos “mascus” que, de acordo com a blogueira, são os “masculinistas, misóginos e de extrema direita”.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Temer quer acabar com a internet ilimitada
Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:
Nem todos lamentaram a péssima notícia de que o governo Temer planeja colocar um fim, ainda em 2017, à internet fixa ilimitada no Brasil.
A Globo, por exemplo, comemora!
Afinal, tudo o que os filhos do Roberto Marinho querem é que as pessoas passem menos tempo no Netflix.
Ou no YouTube.
Nem todos lamentaram a péssima notícia de que o governo Temer planeja colocar um fim, ainda em 2017, à internet fixa ilimitada no Brasil.
A Globo, por exemplo, comemora!
Afinal, tudo o que os filhos do Roberto Marinho querem é que as pessoas passem menos tempo no Netflix.
Ou no YouTube.
Moro produz "provas" contra Lula
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
"Os fatos que demonstram a ausência de um julgamento justo e imparcial" para Lula "se avolumam a cada dia". É o que diz a defesa do ex-presidente em uma petição apresentada ao juiz Sergio Moro no dia 5 de dezembro de 2016, em virtude da solicitação que o magistrado fez à Justiça de Brasília para receber informações de duas ações penais que lá tramitam, alheias ao caso triplex.
Na petição, os advogados Cristiano Zanin, Roberto Teixeira, José Roberto Batocchio e Juarez Cirino assinalam que Moro ultrapassou o sinal vermelho no julgamento de Lula mais uma vez. Agora, assumindo o papel da acusação, que deveria ser exercido exclusivamente pelo Ministério Público Federal.
Na petição, os advogados Cristiano Zanin, Roberto Teixeira, José Roberto Batocchio e Juarez Cirino assinalam que Moro ultrapassou o sinal vermelho no julgamento de Lula mais uma vez. Agora, assumindo o papel da acusação, que deveria ser exercido exclusivamente pelo Ministério Público Federal.
Obama e o velho imperialismo
Editorial do site Vermelho:
O discurso de despedida de Barack Obama parece ter despertado a simpatia até mesmo de muitas pessoas progressistas em todo o mundo. O sentimento é compreensível, se considerarmos os contrastes aparentes com o homem que vai substituí-lo: de um lado alguém que sustenta com grande competência uma imagem e uma retórica de verniz progressista, de outro uma personagem caricata, cuja eleição é a demonstração da profunda crise porque passam os Estados Unidos.
O discurso de despedida de Barack Obama parece ter despertado a simpatia até mesmo de muitas pessoas progressistas em todo o mundo. O sentimento é compreensível, se considerarmos os contrastes aparentes com o homem que vai substituí-lo: de um lado alguém que sustenta com grande competência uma imagem e uma retórica de verniz progressista, de outro uma personagem caricata, cuja eleição é a demonstração da profunda crise porque passam os Estados Unidos.
A cretinice da Globo e a tragédia do Brasil
Foi sobretudo no período do ditador Emílio Garrastazu Médici [1969-1974] que o terror de Estado foi institucionalizado como método oficial para a repressão e para o aniquilamento da resistência à ditadura civil-militar implantada em 1º de abril 1964.
Uma potente arquitetura repressiva e de perseguição política foi montada no governo federal e nos Estados brasileiros com o engajamento financeiro de grandes grupos econômicos – entre os quais Ford, GM, Ultragaz.
Prefeito showbiz tira leite, mas dá xampu
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Duas medidas anunciadas nesta quinta-feira pela gestão do prefeito showbiz João Doria, prestes a completar suas duas primeiras semanas na administração pública da maior cidade brasileira, dão ideia do que nos espera.
Ao mesmo tempo em que a Secretaria da Educação estuda o corte nas verbas do Leve Leite, programa que atende 900 mil crianças das creches e das escolas da rede municipal, Doria quer deixar os moradores de rua mais cheirosos.
Duas medidas anunciadas nesta quinta-feira pela gestão do prefeito showbiz João Doria, prestes a completar suas duas primeiras semanas na administração pública da maior cidade brasileira, dão ideia do que nos espera.
Ao mesmo tempo em que a Secretaria da Educação estuda o corte nas verbas do Leve Leite, programa que atende 900 mil crianças das creches e das escolas da rede municipal, Doria quer deixar os moradores de rua mais cheirosos.
O primeiro protesto contra João Doria
Foto: Jornalistas Livres |
Nesta quinta-feira (12), o prefeito de São Paulo João Doria Júnior e seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, enfrentaram a primeira manifestação popular desde o início da nova gestão municipal tucana.
O ato, convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL), tinha como lema “nenhum centavo a mais, nenhum direito a menos”. Os manifestantes protestaram contra o reajuste acima da inflação, anunciado em 30 de dezembro, da tarifa de integração dos ônibus com trens e Metrô.
O ato, convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL), tinha como lema “nenhum centavo a mais, nenhum direito a menos”. Os manifestantes protestaram contra o reajuste acima da inflação, anunciado em 30 de dezembro, da tarifa de integração dos ônibus com trens e Metrô.
PEC-300 sepulta direitos trabalhistas
Da Rede Brasil Atual:
Depois da reforma trabalhista do governo Temer, apresentada no final do ano, que pretende alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e retirar direitos dos trabalhadores, uma nova proposta ainda mais grave pretende alterar direitos trabalhistas inscritos na Constituição Federal. De autoria do deputado federal Mauro Lopes (PMDB-MG), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300/2016 altera o artigo 7º, que traz 34 leis trabalhistas, e prevê, entre outras medidas, a ampliação da jornada de trabalho diária de oito para 10 horas, sem ultrapassar as 44 horas semanais.
Depois da reforma trabalhista do governo Temer, apresentada no final do ano, que pretende alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e retirar direitos dos trabalhadores, uma nova proposta ainda mais grave pretende alterar direitos trabalhistas inscritos na Constituição Federal. De autoria do deputado federal Mauro Lopes (PMDB-MG), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300/2016 altera o artigo 7º, que traz 34 leis trabalhistas, e prevê, entre outras medidas, a ampliação da jornada de trabalho diária de oito para 10 horas, sem ultrapassar as 44 horas semanais.
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