sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Gilmar libera chefe da máfia do transporte

Por Altamiro Borges

Gilmar Mendes, o líder da bancada do PSDB no Supremo Tribunal Federal (STF), preza muito por seus amigos. Na tarde desta quinta-feira (17), ele concedeu habeas corpus para libertar o empresário Jacob Barata Filho, o chefe da máfia dos transportes no Rio de Janeiro. A partir de agora, ele ficará em prisão domiciliar e terá que comparecer periodicamente em juízo. Coitado! Dá até dó! Para quem já se esqueceu, o ministro e sua mulher, Guiomar Mendes, foram padrinhos de casamento da neta do “rei dos ônibus” em 2013. Sobre a milionária festança, vale conferir um trecho da reportagem do jornalista Ruben Berta, publicado no site The Intercept-Brasil em junho passado:

Crise divide equipe econômica de Temer

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Além de perder força junto ao Legislativo, com uma base aliada fragmentada, e ganhar uma impopularidade recorde, o governo de Michel Temer anda perdendo o controle de sua equipe econômica, demonstrando que o governo perdeu a coesão do discurso em meio a uma profunda recessão.

Ao discursar nos eventos oficiais, Temer faz questão de dizer que tem uma equipe “extraordinária” e que “agora o Brasil tem rumo”. Mas as declarações de representantes do governo revelam que a coisa não é bem assim.

O "distritão" arruinará os partidos

Por Marcus Ianoni, no site Brasil Debate:

A Comissão da Reforma Política da Câmara dos Deputados decidiu que, a partir das eleições de 2018, o novo sistema eleitoral para deputados federais, estaduais e vereadores será o “distritão”, e não mais o sistema proporcional. Esse sistema, tecnicamente conhecido como voto único não transferível, é extremamente nocivo à afirmação dos partidos políticos e, portanto, do sistema partidário, conforme avaliam inúmeras instituições de pesquisas e especialistas em todo o mundo.

Embora a decisão final da matéria seja levada ao plenário de 513 deputados federais, a direita parlamentar logrou, até o momento, submeter a proposta de emenda constitucional (PEC) do distritão à votação final na Casa. As forças de esquerda e demais progressistas, dentro e fora do Congresso Nacional, que compreendem a importância dos partidos, estão tentando impedir mais essa derrota.

Donald Trump foi racista a vida inteira

Por Mehdi Hasan, no site The Intercept-Brasil:

"O racismo é perverso", declarou Donald Trump na segunda-feira. “E os que agem violentamente em seu nome são criminosos e bandidos, inclusive o KKK, os neonazistas, os supremacistas brancos e demais grupos de ódio, todos repugnantes do ponto de vista do que nós, norte-americanos, mais valorizamos”.

Tudo bem, “declarou” é um verbo meio forte para qualificar o que fez o presidente dos Estados Unidos. “Afirmou” talvez seja melhor. “Leu” é o termo mais preciso. Trump fez essas “observações complementares” bastante a contragosto, depois de dois dias ouvindo duras críticas por parte da imprensa e de caciques do Partido Republicano em relação à sua declaração inicial, quando culpou “muitos lados” pela violência neonazista em Charlottesville, no estado da Virgínia. Essas não foram palavras dele. Foram redigidas por assessores e lidas com a ajuda de um teleprompter. O presidente preferiu deixar sua ira pessoal para o CEO negro da Merck, não para os fascistas brancos da Virgínia.

Lula lidera em todas as regiões do Brasil

As novas bombas da tecnologia contemporânea

Por Flavio Aguiar, no site Carta Maior:

Durante a Guerra Fria nos acostumamos a uma proliferação de bombas de alto poder destrutivo. Eis alguns exemplos, todos de triste memória, mesmo que não tenham sido usados:

Bomba Atômica: torrou Hiroshima, Nagasaki e seus habitantes. Faz vítimas até hoje.

Bomba de Hidrogênio: faria a Bomba Atômica parecer um traque junino.

Bomba de Napalm: torrou um monte de asiáticos na Guerra do Vietnã. Ficou famosa ao queimar uma menina fotografada correndo nua por uma estrada, foto que chegou a ser censurada no Facebook. Pela nudez, não pela bomba.

O tiro de Moro saiu pela culatra


Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Rejeição ao PT despenca de 56% para 49%. Rejeição ao PSDB sobe de 51% para 54%.

Bolsonaro perde 3 pontos e caiu de 21 para 18%.

João Dória está atolado nos 12-13% desde abril (está 12%, 1 ponto a menos que na pesquisa anterior).

Alckmin desaba para 4%.

O sofrimento da mídia com caravana de Lula

Lula no estádio da Fonte Nova em Salvador, 17/8/17
Foto: Jornalistas Livres
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Dá para imaginar a angustia que toma conta dos barões da mídia e de seus sabujos das redações diante da caravana de Lula pelo Nordeste. Depois de liderarem a maior caçada da história a um político brasileiro, são obrigados a amargar a teimosa liderança de Lula em todas as pesquisas. E, agora, o desafio é fazer das tripas coração para diminuir o impacto do corpo a corpo de Lula com o povo nordestino.

Não lhes invejo a sorte. Haja manipulação de informações e destaque de problemas absolutamente naturais em um périplo de 20 dias, em detrimento do fato político expressivo e do sucesso da empreitada de Lula, para tentar desqualificar a caravana.

Demitir para piorar: eis a ordem de Temer

Por Aristóteles Cardona Júnior, no jornal Brasil de Fato:

O presidente Michel Temer (PMDB), que sabidamente ocupa um cargo sem ter recebido um voto sequer para tal, não para de nos surpreender. Surpresa talvez não seja a melhor palavra, pois tem sido incansável o seu esforço contra os direitos do povo brasileiro. Reformas e mudanças que apresentam, todas elas, um grande ponto em comum: o grande prejuízo que recai sobre a classe trabalhadora deste país. Benefícios apenas para grandes patrões e empresários.

Acha que é um exagero? Bastar listar estas mudanças, uma por uma, para se dar conta. Quem vai ficar sem aposentadoria? A classe trabalhadora. E sem direito a 30 dias consecutivos de férias? A classe trabalhadora. Na realidade, até sem Farmácia Popular o povo está ficando. Pode conferir. Não há nenhuma mudança que traga benefício para a população brasileira.

Tecnologia nos bancos: lucros e demissões

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

A tecnologia avança vorazmente no setor financeiro.

Dados da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban):

* Em 2016, 57% das transações financeiras no Brasil foram realizadas por meios digitais (celular e internet) e apenas 8% nas agências físicas.

* As transações com celular saltaram de 4,7 bilhões, em 2014, para 21,9 bilhões, em 2016. Ou seja, quintuplicaram.

* O mobile banking já representa um terço das transações bancárias. O número de contas correntes com essa ferramenta passou de 2 milhões, em 2011, para 42 milhões, em 2016.

As formas sinistras de endividamento público

Por Gilson Reis e Thiago Moraes

É lugar-comum dizer que as montanhas de Minas escondem grandes segredos. Agora, em Belo Horizonte, uma CPI começa a trazer à luz os meandros de uma empresa que vem sendo apresentada país afora como um grande sucesso de inovação em gestão pública, mas que vai se revelando como um grande escoadouro de recursos públicos: a PBH Ativos. A empresa, criada em 2011, opera os contratos de gestão de parcerias público privadas do Município, incluindo as contas de garantia de tais contratos, e realiza captação de recursos através da colocação no mercado de debêntures – títulos de dívida, com total garantia aos investidores, operação convencionalmente chamada securitização da dívida.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Dado Dolabella é preso. Aécio vai visitá-lo?

Por Altamiro Borges

No início da tarde desta quinta-feira (17), o ator Dado Dolabella foi preso por falta de pagamento de pensão alimentícia. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio de Janeiro, ele já acumula uma dívida de R$ 196.397,54 com o filho Eduardo Neves Dolabella, fruto de seu relacionamento com Fabiana Vasconcelos Neves. “A polícia informou ainda que, caso o ator não quite sua dívida, ele será encaminhado para o presídio”, relata o site UOL. A notícia deve ter chateado o cambaleante Aécio Neves, que também está envolvido em vários rolos. Nas eleições presidenciais de 2014, o ator projetado na nova "Malhação" da TV Globo foi um militante aguerrido – e agressivo – da sua campanha. Será que o tucano irá visitá-lo na cadeia?

O “prefake” turista e a fúria de Alckmin

Foto: Luisa Medeiros/Jornalistas Livres
Por Altamiro Borges

A ambição eleitoral do “não-político” João Doria, que nem bem chegou à prefeitura de São Paulo e já almeja ser presidente do Brasil, pode lhe custar caro. A própria mídia privada, que na sua obsessão doentia contra o PT apoiou o ricaço nas eleições de outubro passado, começa a explicitar a mal-estar contra o “prefake”, que abandonou a capital paulista e gasta boa parte do seu expediente em viagens de campanha para outros Estados. O mais irritado com as andanças eleitoreiras de João Doria, porém, é o seu padrinho político, o governador tucano Geraldo Alckmin. O “picolé de chuchu” está sendo traído à luz do dia por sua criatura, mas parece que já prepara o contra-ataque. E a vingança pode ser maligna, como dizia um personagem da tevê.

Cadê os servidores públicos indignados?

Por Altamiro Borges

Nas marchas golpistas pelo impeachment de Dilma Rousseff, a mídia sempre deu destaque para a participação dos segmentos mais abastados do funcionalismo público. Em Brasília ou no Rio de Janeiro, que concentram muitos assalariados do setor, eles se mostraram os mais agressivos no “ódio ao PT” – segundo o noticiário. Concretizado o golpe dos corruptos, que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, os servidores públicos agora estão na linha de tiro do Judas. O usurpador já anunciou que congelará salários e demitirá trabalhadores, entre outras maldades do seu ajuste fiscal. Será que a categoria, composta de distintas camadas, demonstrará agora o mesmo nível de indignação do passado recente? A conferir.

Doria abandona SP em pleno expediente

Doria em Palmas/TO. Foto: reprodução
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Já que o historiador reaça Marco Antonio Villa não fiscaliza mais a agenda do prefeito como fazia com o petista Fernando Haddad, o site foi verificar se o “João Trabalhador”, como o atual “gestor” da capital paulista se autodenomina, está de fato pegando no batente.

Surpresa: entre segunda-feira e hoje, quarta-feira, o tucano João Doria deixou São Paulo nas mãos sabe-se lá de quem (do vice Bruno Covas? Da primeira-dama Bia Doria? Da sorte?) e passou o dia inteiro em duas outras capitais do país. Na segunda, esteve em Palmas, no Tocantins. Lá, teve intensa programação e inclusive atividade político-partidária em pleno expediente, o que é no mínimo imoral. E olha que Doria diz que “não é político”. Imagina se fosse…

Cortes do Orçamento ameaçam a soberania

Por Jô Morais e Pedro Oliveira, no Blog do Renato:

A sociedade brasileira vem escutando, perplexa, sucessivos alertas dos comandantes das Forças Armadas informando a dramática situação em que se encontra o seu funcionamento, diante do contingenciamento dos seus recursos orçamentários, na ordem de 43,5%, só neste ano de 2017.

O atual contingenciamento só agravou uma situação que já vinha ocorrendo com a redução dos recursos “discricionários” do orçamento destinado às Forças Armadas nos últimos anos. Do montante de R$ 17,5 bilhões em 2012, chegamos a R$ 9,7 bilhões no ano de 2017, recursos disponíveis para além da manutenção cotidiana.

O professor Gilmar Mendes faz escola

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Notório apreciador dos holofotes, Gilmar Mendes não se cansa de tentar influir no jogo político. Na segunda-feira, 7, em entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro do Supremo Tribunal Federal voltou a defender a revisão do acordo de colaboração premiada firmado pela Procuradoria-Geral da República com os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS.

Com o seu peculiar destempero, o magistrado foi além: descreveu o procurador-geral Rodrigo Janot como o “mais desqualificado” da história a assumir a chefia do Ministério Público Federal.

No pós-Temer, a verdadeira herança maldita

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois do golpe que derrubou a presidente eleita Dilma Rousseff, o entorno de Temer começou a falar em “herança maldita”, numa referência ao déficit fiscal que hoje nem faria cócegas do mega-rombo que Temer e Meirelles programaram para este ano e para os próximos, de modo que até 2020 as contas públicas ainda estarão comprometidas. Depois que Temer se for, pois não há mal que sempre dure, o novo governo e o Brasil continuarão pagando caro pela verdadeira “herança maldita” que eles vão deixar.

Tirem Lula, senhores, e terão Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A pesquisa publicada hoje pelo Poder360 mostra um cenário que deixa bem claro o que está diante do país.

Lula, depois da condenação de Sérgio Moro, cresceu de maneira significativa – e a metodologia de pesquisa por telefone adotada na pesquisa autoriza a dizer que, pelo seu perfil eleitoral, o número é maior – e atinge um terço do eleitorado brasileiro.

Retira-lo, portanto, da disputa eleitoral por uma manobra judicial significa colocar a eleição num quadro de ilegitimidade que, quando se considera o número de nulos e brancos, atinge mais da metade da população.

Onze teses sobre a Venezuela

Ilustração: Iván Lira
Por Juan Carlos Monedero

“E ele se empenhava em repetir a mesma coisa: ‘Isso não é como numa guerra... Em uma batalha você está com o inimigo na tua frente... Aqui, o perigo não tem rosto nem horário’. Ele se negava a tomar soníferos ou calmantes: ‘Não quero que me peguem dormindo ou sonolento. Se vierem, eu vou me defender, gritar, jogar os móveis pela janela... Farei um escândalo...”. (Alejo Carpentier, La consagración de la primavera)

1. Com toda a certeza, Nicolás Maduro não é Salvador Allende. E também não éHugo Chávez. Mas aqueles que deram o golpe contra Allende e contra Chávez são, e sobre isso também não há dúvida alguma, os mesmos que agora estão buscando um golpe na Venezuela.