sexta-feira, 14 de junho de 2019

General valentão com Lula não pia com Olavo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ‘piti’ do general Augusto Heleno hoje com as suspeitas que o ex-presidente Lula disse ter sobre o episódio da facada em Jair Bolsonaro é de um destempero e de um cinismo constrangedores.

Para começo de conversa, embora tenha ouvido muitas histórias, devo dizer que não tenho elementos que permitam concordar com a tese da “facada fake” e que, portanto, não levantei e não levanto suspeitas sobre sua veracidade. Isso é básico do jornalismo, embora seja direito de qualquer outro especular mesmo sem provas.

Mas o general que acha “a presidência uma coisa sagrada” poderia respondeu quando seus partidários deram um show de grosseria com uma presidente mulher, num estádio de futebol?.

Bolsonaro faz de Moro um reles peãozinho

Por Eduardo Salomão Condé, no blog Viomundo:

O que tem o Bolsonaro, ora presidente, com todo o escândalo do Judiciário?

Absolutamente tudo. Basta se afastar da cena imediata e observar o panorama em seu conjunto.

O que o governo inapetente, entreguista e destruidor de direitos sociais tem com as revelações do The Intercept, que parece operar em outra esfera?

Absolutamente tudo. O movimento de longa duração, desde 2013 até o presente, vincula a parte indecente e midiática do poder judiciário, a ação deletéria e destrutiva da denominada “grande imprensa” e a ascensão de um “poder conservador” que permanecia subterrâneo e ascendeu, e que pode chegar perto de 30% do eleitorado (o que é alarmante, não por ser liberal, o que não é, mas por suas inclinações ao comportamento fascista).

A Lava-Jato e suas vítimas

Por Flavio Aguiar, no site Carta Maior:

O feitiço virou contra o feiticeiro. Embora tenha produzido uma soma considerável de estragos legais através de suas arbitrariedades, as revelações do site The Intercept, expondo suas entranhas conspiratórias, transformaram a reputação dos líderes e operadores da Lava Jato na sua principal vítima.

Se é verdade que o prestígio da Lava Jato na mídia mainstream internacional está seriamente abalada, a reputação de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol está definitivamente arrasada. Ela já não andava em alta. A aceitação do cargo de ministro da Justiça por parte de Sérgio Moro já a arranhara seriamente. O episódio torvo da “requisição” de parte do pagamento das multas da Petrobras nos Estados Unidos para um fundo próprio pelo procurador Dallagnol, em nome da Lava Jato, fez o mesmo com a dele.

Imprensa golpista leva furo

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Moro não foi juiz nos processos da Lava-Jato, foi assistente da acusação. Cobrou ações dos procuradores, indicou caminhos, sugeriu mudar a ordem de operações, antecipou sentenças e participou de conluio para evitar entrevista de Lula, com medo do crescimento da candidatura de Haddad. Chegou a confessar que é sonso, mentiroso e mau caráter, ao admitir, depois de pedir desculpas ao STF pelo vazamento da conversa entre Dilma e Lula, que faria tudo de novo.

"Morogate" já saiu do noticiário

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Quinta-feira, 16 horas. Neste mesmo horário, no domingo, as denúncias do The Intercept sobre as armações da Lava Jato abalavam Brasília e ganhavam as manchetes.

Parecia ser mais uma crise do fim do mundo, mas já foi adiada sine die, como costuma acontecer na república que passa o pano rapidamente nas maiores sujeiras para tudo ficar como está.

Pode ser o escândalo do tamanho que for, não tem erro: começa com um barulho danado, sobe aos céus das especulações catastróficas, o governo pode cair, quem está preso será solto e vice-versa, mas logo tudo é normalizado e precificado pelo mercado, ninguém se espanta mais.

A Bolsa e o dólar ficam mais calmos e a vida segue sua rotina como se nada tivesse acontecido.

A guerra de longa duração contra a Lava-Jato

Por Bepe Damasco, em seu blog:

No campo da esquerda, é difícil encontrar alguém que não demonstre um sentimento de ansiedade galopante diante dos últimos acontecimentos que deixaram à deriva a Lava Jato e expuseram à execração pública seus dois líderes, Moro e Dallagnol.

Quando o The Intercept divulgará novas denúncias? Por que o jornalista Glenn Greenwald não acelera o ritmo da veiculação de seu enorme acervo? Lula será solto quando, hoje, amanhã ou depois de amanhã? Por que os processos contra o ex-presidente, manchados irremediavelmente pelo conluio entre o juiz e os procuradores, não são imediatamente anulados? Se as eleições de 2018 foram fraudadas pela Lava Jato, por que não são anuladas o mais rápido possível?

As negociatas internacionais da Lava-Jato

Intercept derruba popularidade de Moro

Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:

O ex-juiz Sérgio Moro já começa a perder popularidade nas pesquisas com as revelações do The Intercept Brasil sobre a sua atuação junto com o procurador Deltan Dellagnol para manipular a operação Lava Jato com o objetivo de prejudicar o ex-presidente Lula.

A Pesquisa Atlas Político deste mês, realizada on line, entre os dias 10 e 12 de junho, com duas mil pessoas de todo o país, equilibrada por sexo, idade e estratos sociais, já detecta queda de dez pontos percentuais na imagem do ministro. Em maio, Moro tinha imagem positiva para 60% dos entrevistados e, na rodada de junho, 50,4% dos entrevistados mantiveram essa avaliação. Sua avaliação negativa cresceu de 31,8%, em maio, para 38,4% em junho.

Greve ecoa história da classe trabalhadora

Centro do Rio de Janeiro, 14/6/19
Foto: Foto: Francisco Proner/Farpa
Editorial do site Vermelho:

A paralisação deste dia 14 tem uma singularidade histórica. Ela ocorre num momento em que as instituições democráticas sofrem abalos, gerando instabilidade política, ao passo que o país mergulha numa degradação social de grande magnitude. A pauta da greve enfeixa os fatores constituintes de uma nação democrática e soberana, sintetizados na chamada questão social. Nada simboliza melhor esse conceito, atualmente, do que o direito à aposentadoria, o mote principal desta paralisação.

Corporações: já vivemos uma distopia…

Por Jeremy Lent, no site Outras Palavras:

Alguns dos principais pensadores de nossos tempos vêm soltando uma série de alertas sobre a ameaça da inteligência artificial dominar os humanos. Stephen Hawking profetizou que isso poderia ser “o pior acontecimento na história de nossa civilização”, a menos que encontremos uma forma de controlar o seu desenvolvimento. O bilionário Elon Musk fundou uma companhia para tentar manter os humanos um passo à frente no que ele considera uma ameaça existencial da Inteligência Artificial (IA).

A entrevista de Lula na TVT

quinta-feira, 13 de junho de 2019

As mídias na midiática Lava-Jato

Globo x Glenn: guerra declarada

Moro é cuspido por quem o tornou ‘herói’

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

Moro está a caminho de voltar a ser o personagem menor que sempre foi, um cunhado de Nelson Rodrigues.

Vai sendo fritado por Jair Bolsonaro, que não se manifestou publicamente sobre o escândalo da Lava Jato e declarou um apoio envergonhado.

Bolsonaro sabe que o ministro tem um projeto de poder próprio.

Cauteloso, não sabe o que virá por aí nos vazamentos do Intercept envolvendo a nomeação do ex-juiz para o governo.

Mas é a mídia que construiu Moro que o está rifando de maneira inclemente.

Intercept dá as cartas do jogo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Dizia Vitor Hugo que nada é mais poderoso que uma ideia que chegou no tempo certo.

Tome-se o caso Lava Jato no seu auge e, agora, depois do dossiê Intercept. As mesmas cenas, o mesmo jogo político, as mesmas arbitrariedades, mas, agora, vistas de uma ótica diferente e produzindo reações completamente opostas.

O que se minimizava antes, ganha cores chocantes. As ilegalidades, antes aceitas, hoje ferem o sentimento de justiça da opinião pública mais esclarecida.

Tudo porque, sem a adrenalina das denúncias diárias, da narrativa única, proveniente do acordo Globo-Lava Jato, entra-se na normalidade. Há uma releitura geral e todas as impropriedades passam a ser julgadas pela ótica comum aos seres civilizados.

Globo, a advogada do "juiz" Sergio Moro

Bolsonaro demite o general Santos Cruz

Por Victor Ohana, na revista CartaCapital:

Caiu mais um ministro do governo: desta vez, foi Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo da Presidência da República. Santos Cruz foi demitido por Jair Bolsonaro (PSL), nesta quinta-feira 14. O cargo deve ser ocupado agora pelo General Luiz Eduardo Ramos Batista Pereira, comandante militar do Sudeste.

O ministro havia se envolvido em uma crise com os filhos do presidente da República e com o guru da família, o escritor Olavo de Carvalho, de quem recebeu diversos ataques públicos. É a primeira baixa de um militar no corpo ministerial.


O jogo mudou: sai Neymar, entra Moro

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Rede Brasil Atual:

Até a semana passada programas de rádio e TV, jornalísticos ou não, e manchetes de jornais e revistas abriam grandes espaços para o caso Neymar-Najila. Espaços até então ocupados por malabarismos para justificar as ações de um governo tresloucado cederam lugar a um tema de folhetim. Nada melhor para segurar uma audiência do que juntar num só enredo fama, dinheiro, violência, sexo e traição. Tudo isso, é claro, travestido de jornalismo.

O Papa Francisco e o "Morogate"

A "Vaza Jato" e os jornais

Por Eduardo Barbabela e João Feres Jr., no site Manchetômetro:

No terceiro dia após a divulgação das conversas entre Moro e Dallagnol pelo The Intercept, 12 de junho, a Folha continua sendo o meio com o maior número de matérias sobre o caso, com 16 novos textos no dia de hoje, dentre os quais temos uma fala do ex-presidente Lula e textos de opinião que defendem a renúncia do ministro da Justiça.

O Estadão aumentou hoje o número de textos contrários a Moro. Se nos dois últimos dias o balanço entre o número de textos críticos a Moro e ao Intercept estava totalmente equilibrado, hoje há uma tendência contrária ao ministro de Bolsonaro. O jornal destaca os prejuízos jurídicos que a Lava Jato pode ter pela ação de Sérgio Moro que afronta o Estado de Direito.