quarta-feira, 30 de outubro de 2019
Moro virou refém da família Bolsonaro
Por Leandro Fortes
O principal rescaldo do ataque de pânico de Jair Bolsonaro, na madrugada saudita, é que os canhões da República estão sendo voltados, um a um, para a cabeça de um porteiro do condomínio Vivendas da Barra. Trata-se de um curioso habitat onde convivem, em rara harmonia, milicianos assassinos e a família do presidente da República.
Conforme notícia veiculada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, o tal porteiro, por ora, anônimo, foi à Polícia Civil do Rio de Janeiro depor no caso do duplo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, e disse o seguinte, em resumo:
Conforme notícia veiculada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, o tal porteiro, por ora, anônimo, foi à Polícia Civil do Rio de Janeiro depor no caso do duplo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, e disse o seguinte, em resumo:
Eleições e revoltas enfrentam neoliberalismo
Editorial do site Vermelho:
As reviravoltas que começam a se configurar na vizinhança do Brasil têm causas bem definidas. Essa mescla de vitórias progressistas nas eleições na Bolívia e na Argentina, e a possibilidade de acontecer também no Uruguai, com vigorosas manifestações populares como as do Chile e do Equador resulta de dois fatores básicos e fundamentais.
As reviravoltas que começam a se configurar na vizinhança do Brasil têm causas bem definidas. Essa mescla de vitórias progressistas nas eleições na Bolívia e na Argentina, e a possibilidade de acontecer também no Uruguai, com vigorosas manifestações populares como as do Chile e do Equador resulta de dois fatores básicos e fundamentais.
Como iludir falando verdades
Por Artur Araújo, no site Outras Palavras:
Entre os segundos trimestres de 2018 e 2019 foram criadas 2,4 milhões de vagas de empregos no Brasil.
Fato.
Dos empregados nessas vagas, 37,2% trabalham menos do que gostariam e do que precisam para sobreviver com um mínimo de dignidade (os denominados “subocupados”).
Outro fato.
Entre os segundos trimestres de 2018 e 2019 foram criadas 2,4 milhões de vagas de empregos no Brasil.
Fato.
Dos empregados nessas vagas, 37,2% trabalham menos do que gostariam e do que precisam para sobreviver com um mínimo de dignidade (os denominados “subocupados”).
Outro fato.
Os 23 minutos que abalaram a República
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Eu vi, ninguém me contou.
Desta vez, não era fake news, nem vídeo postado pelo 02.
Era o próprio, falando numa live assustadora, direto de Riad, já alta madrugada na Arábia Saudita.
Às 10 da noite daqui, alertado pela minha sobrinha Renata Kotscho Velloso, fui direto ao Face do capitão para ver com meus próprios olhos.
Renatinha, que mora nos Estados Unidos, não perde uma live do capitão às quintas-feiras, mas agora era uma edição extra, como aqueles plantões da Globo.
Desta vez, não era fake news, nem vídeo postado pelo 02.
Era o próprio, falando numa live assustadora, direto de Riad, já alta madrugada na Arábia Saudita.
Às 10 da noite daqui, alertado pela minha sobrinha Renata Kotscho Velloso, fui direto ao Face do capitão para ver com meus próprios olhos.
Renatinha, que mora nos Estados Unidos, não perde uma live do capitão às quintas-feiras, mas agora era uma edição extra, como aqueles plantões da Globo.
O Chile e sua encruzilhada histórica
Por Joaquín Piñero, no jornal Brasil de Fato:
O sangue continua a jorrar nas ruas das principais cidades do Chile. Dezenas de mortos, milhares de feridos e centenas de pessoas presas, outras tantas torturadas e desaparecidas e a maioria dessas vítimas são de jovens trabalhadores e estudantes. Esse é o terrível saldo até agora contabilizado por organizações de direitos humanos que apontam as forças de segurança do governo de Sebastián Piñera como responsáveis por essa atrocidade.
Não à censura do governo Bolsonaro!
Por Benedita da Silva, na revista Teoria e Debate:
O golpe de Estado de 2016 trouxe de volta a censura, ainda que de forma velada. Mas o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff representou a antessala da ascensão à presidência da República do neofascista Bolsonaro e com ele da censura finalmente assumida.
A diferença principal entre um liberal e um fascista é que o primeiro restringe os direitos do povo de forma velada, nas entrelinhas da política, enquanto o segundo o faz abertamente, como política de Estado.
Como ocorre em qualquer lei, na Constituição ainda é mais explícita a influência direta dos conflitos políticos e sociais, a chamada correlação de forças. Por trás de cada direito democrático e popular da Constituição vemos o dedo da mobilização popular.
O golpe de Estado de 2016 trouxe de volta a censura, ainda que de forma velada. Mas o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff representou a antessala da ascensão à presidência da República do neofascista Bolsonaro e com ele da censura finalmente assumida.
A diferença principal entre um liberal e um fascista é que o primeiro restringe os direitos do povo de forma velada, nas entrelinhas da política, enquanto o segundo o faz abertamente, como política de Estado.
Como ocorre em qualquer lei, na Constituição ainda é mais explícita a influência direta dos conflitos políticos e sociais, a chamada correlação de forças. Por trás de cada direito democrático e popular da Constituição vemos o dedo da mobilização popular.
Visão crítica das políticas de austeridade
Por André Luis Campedelli, no site Brasil Debate:
Com coordenação de Antônio Correa de Lacerda, será lançado no dia 4 de dezembro o livro “O mito da austeridade”, pela Editora Contracorrente. Com textos do próprio coordenador, de Ladislau Dowbor, André Paiva Ramos, Mariana Ribeiro Jansen Ferreira e também de minha autoria, a obra busca debater os malefícios que a política econômica praticada nos últimos anos no Brasil gera para a sociedade como um todo.
Com coordenação de Antônio Correa de Lacerda, será lançado no dia 4 de dezembro o livro “O mito da austeridade”, pela Editora Contracorrente. Com textos do próprio coordenador, de Ladislau Dowbor, André Paiva Ramos, Mariana Ribeiro Jansen Ferreira e também de minha autoria, a obra busca debater os malefícios que a política econômica praticada nos últimos anos no Brasil gera para a sociedade como um todo.
O brasileiro é essencialmente corrupto?
Por Carlos Azevedo, no site da Fundação Maurício Grabois:
A tese do patrimonialismo é falsamente crítica, inibe a luta de classes, encobre a verdadeira responsável pela escandalosa desigualdade na nossa sociedade, que é a elite do dinheiro. Essa elite do atraso é herdeira do regime escravagista, que comanda a mais cruel espoliação do trabalho, despreza e humilha os negros e pobres, tratando-os como uma ralé sem direitos. A herança do escravismo e a ralé abandonada, sim, e não o brasileiro corrupto, são a nossa singularidade.
Globo recuará frente à ameaça de Bolsonaro?
Por Altamiro Borges
O clima de radicalização se acirra rapidamente no Brasil. A guerra entre o fascista Jair Bolsonaro e o império global – dois protagonistas do caos político instalado no país – parece atingir o seu cume. A revelação feita pelo Jornal Nacional desta terça-feira (29) – de que um dos acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes esteve no condomínio Vivendas da Barra no dia da execução a procura do “capetão” – pode deflagrar uma crise institucional sem retorno.
O clima de radicalização se acirra rapidamente no Brasil. A guerra entre o fascista Jair Bolsonaro e o império global – dois protagonistas do caos político instalado no país – parece atingir o seu cume. A revelação feita pelo Jornal Nacional desta terça-feira (29) – de que um dos acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes esteve no condomínio Vivendas da Barra no dia da execução a procura do “capetão” – pode deflagrar uma crise institucional sem retorno.
terça-feira, 29 de outubro de 2019
Bolsonaro amplia a miséria e corta BPC
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Nossa dificuldade para separar o principal do secundário chegou a um ponto máximo por esses dias.
Enquanto colunistas e até o decano do STF se indignavam debatendo a semiótica de leões e hienas num vídeo publicado no site de Bolsonaro, a máquina federal ocupada em mastigar direitos dos mais pobres prossegue seu trabalho incansável, sem ser incomodada por ninguém.
Não fosse pelo trabalho do repórter Thiago Rezende, da Folha de S. Paulo, ninguém teria sido informado sobre um novo avanço no programa de exclusão social em curso no país.
Enquanto colunistas e até o decano do STF se indignavam debatendo a semiótica de leões e hienas num vídeo publicado no site de Bolsonaro, a máquina federal ocupada em mastigar direitos dos mais pobres prossegue seu trabalho incansável, sem ser incomodada por ninguém.
Não fosse pelo trabalho do repórter Thiago Rezende, da Folha de S. Paulo, ninguém teria sido informado sobre um novo avanço no programa de exclusão social em curso no país.
Vitória na Argentina e o papel decisivo da TV
Por Antonio Lisboa, no site Jornalistas Livres:
No retorno da esquerda ao poder na Argentina há um personagem fundamental que não pode passar despercebido: a televisão. Não fossem alguns elementos televisivos, dificilmente a esquerda teria vencido ontem. E o que digo aqui não é movido a elucubrações, apego à ideias específicas e especulações teóricas, mas a certos fatos concretos:
1) A enorme ousadia dos empresários que insistiram em manter os riscos financeiros de se sustentar um canal privado de esquerda, o excelente C5N, em pleno governo Macri. No início, o canal sofreu perseguição jurídica e policial e chegou a ser vendido e mudar de linha editorial, inclusive demitindo alguns de seus maiores apresentadores, mais afinados à esquerda. Mas a experiência não deu certo, pois o público cativo do canal já era de esquerda e, meses depois, voltou ao comando original numa aposta corajosíssima de seus empreendedores (sim, neste caso, o termo é este, gostemos ou não). Com o ato ousado, seus principais apresentadores voltaram ao ar, entre eles, Victor Hugo Morales, Gustavo Sylvestre, Pedro Brieger, Ivan Schargrodsky, e outros.
1) A enorme ousadia dos empresários que insistiram em manter os riscos financeiros de se sustentar um canal privado de esquerda, o excelente C5N, em pleno governo Macri. No início, o canal sofreu perseguição jurídica e policial e chegou a ser vendido e mudar de linha editorial, inclusive demitindo alguns de seus maiores apresentadores, mais afinados à esquerda. Mas a experiência não deu certo, pois o público cativo do canal já era de esquerda e, meses depois, voltou ao comando original numa aposta corajosíssima de seus empreendedores (sim, neste caso, o termo é este, gostemos ou não). Com o ato ousado, seus principais apresentadores voltaram ao ar, entre eles, Victor Hugo Morales, Gustavo Sylvestre, Pedro Brieger, Ivan Schargrodsky, e outros.
Bolsonaro não está à altura do cargo
Por Umberto Martins
Pressionado pela forte reação negativa da sociedade e do STF, o presidente Jair Bolsonaro foi constrangido a retirar do ar o vídeo bizarro e fascistóide que postou ou mandou postar nas redes sociais. Nesta terça (29), ele confessou que errou, pediu desculpas pelo inacreditável conteúdo e prometeu retratação.
Na peça, temperada pelo amadorismo e a estupidez política, o “Mito” aparece como um leão acossado por hienas. Essas são identificadas como o STF, a CNBB, a ONU e o próprio partido pelo qual se elegeu (PSL), sem contar os inimigos de sempre como PT, PCdoB e MST. Ou seja, revela uma situação de isolamento político da qual se esquiva com a ajuda de outro leão, designado de “conservador patriota”.
Pressionado pela forte reação negativa da sociedade e do STF, o presidente Jair Bolsonaro foi constrangido a retirar do ar o vídeo bizarro e fascistóide que postou ou mandou postar nas redes sociais. Nesta terça (29), ele confessou que errou, pediu desculpas pelo inacreditável conteúdo e prometeu retratação.
Na peça, temperada pelo amadorismo e a estupidez política, o “Mito” aparece como um leão acossado por hienas. Essas são identificadas como o STF, a CNBB, a ONU e o próprio partido pelo qual se elegeu (PSL), sem contar os inimigos de sempre como PT, PCdoB e MST. Ou seja, revela uma situação de isolamento político da qual se esquiva com a ajuda de outro leão, designado de “conservador patriota”.
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