sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

A "deforma" trabalhista na berlinda


Prometendo geração de emprego, prosperidade e competitividade econômica, governo e Congresso, com decisivo apoio da mídia comercial, impuseram à sociedade brasileira a Lei 13.467, de 2017. Na prática, a tal reforma eliminou garantias dos empregados, dificultou seu acesso à Justiça e enfraqueceu suas entidades representativas.

Passados quatro anos e meio de sua aprovação, finalmente entra em pauta a necessidade premente de rever a legislação e resgatar regras civilizatória nas relações capital-trabalho, meta que obviamente enfrentará resistência ideológica do ultraliberalismo, hoje à frente da gestão econômica do país - e, mais uma vez, dos veículos de comunicação hegemônicos.

#JustiçaPorMoïse

Ilustraçao: Artivistha
Editorial do site Vermelho:


A bárbara morte de Moïse Mugenyi Kabagambe provocou um luto nacional espontâneo. Ao conhecer seu martírio, brasileiros e brasileiras foram de imediato da perplexidade à indignação, tamanha a crueldade com que a vida do jovem trabalhador congolês foi ceifada.

Moïse fazia “bicos” no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Por um dia de serviço – como ajudante de cozinha e garçom –, recebia R$ 100. Não bastassem as precárias condições de trabalho, o dono do quiosque deixou de pagá-lo. Após dois dias sem receber, Moïse exigiu o pagamento da dívida, mas foi vítima de uma emboscada. Quatro homens agrediram o trabalhador até a morte.

Foi golpe, afinal!

Charge: Latuff
Por Eliara Santana, no Jornal GGN:


Numa velocidade de dar inveja a Rubinho Barrichello, o presidente do TSE e ministro do STF, Luís Roberto Barroso, reconhece, afinal, que as tais “pedaladas fiscais” não foram mesmo o motivo do golpe, camuflado de impeachment, contra Dilma Rousseff em 2016.

Agora que Inês é morta, que a Lava Jato se desintegrou, que Sergio Moro derrete, que o Brasil está afundando mais que a cratera do metrô em São Paulo, o representante do Iluminismo no Brasil, o ministro que mais aparecia no JN para falar bem do funcionamento das instituições e da Lava Jato, finalmente reconhece que pedalada fiscal foi uma historinha idiota inventada pelos grupos de poder – com a mídia e o judiciário integrando o núcleo fortemente – para tirar o PT do governo, não apenas Dilma.

O bolsonarismo matou Moïse Kabagambe

Ilustração: Crisvector
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Há um detalhe, e que detalhe, que passa quase encoberto nas abordagens sobre o assassinato do congolês Moïse Kabagambe no Rio. É o detalhe político que merece ser posto ao lado da questão do racismo.

O detalhe começa pelo fato de que todos ali são parte do que já se chamou de a ralé brasileira. Começando pela vítima, que é na verdade um brasileiro desde os 14 anos. São 10 anos de Brasil. Ele não veio sozinho, veio com a família.

As imagens do espancamento mostram que não há personagens de uma elite clássica como algoz nesse episódio. Não há ali ninguém da elite branca. Isso está claro no vídeo, não precisa ir buscar detalhes no histórico de cada um.

Nenhum deles poderia ser definido como o capitão do mato que conhecemos. Os assassinos são o que a gíria brasileira definiria como chinelões.

STF, anula a farsa!

Charge: Carol Cospe Fogo
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Não é preciso ser exímio constitucionalista ou notório especialista em Direito para saber que “perda de sustentação política” jamais poderia fundamentar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, eleita em outubro de 2014 com 54.501.118 votos.

Qualquer pessoa com a menor capacidade de discernimento e que leia e releia cada um dos 250 artigos da Constituição da República e cada um dos 82 artigos da Lei 1079 de 1950 – que define os crimes de responsabilidade –, não encontrará a “perda de sustentação política” como um dos fundamentos constitucionais e legais para a promoção do impeachment.

Quando o ministro da Suprema Corte Luis Roberto Barroso confessa que “o motivo real” para o impeachment da presidenta Dilma foi “a perda de sustentação política” e não “a justificativa formal das denominadas ‘pedaladas fiscais’”, ele reconhece a ocorrência de uma fraude jurídica.

Os movimentos dos sem-voto

Charge: Kleber
Por Fernando Brito, em seu blog:

A primeira semana política após a retomada das atividades do Congresso continuou a produzir as “flores do recesso” que o velho deputado Thales Ramalho introduziu no folclore político brasileiro: aquelas ideias que parecem ser arrasadoras, mas que, expostas às intempéries da realidade, não duram mais que alguns dias.

É o caso das conversas sobre “federações partidárias” a serem formadas, basicamente, pelo PMDB, ora com o PSDB, outra com o União Brasil.

Nenhuma das duas tem qualquer possibilidade de avançar, porque não existe, nos três partidos envolvidos, sequer a capacidade de partilharem, internamente, candidato comum à Presidência.

Se eleito e empossado, Lula terá de governar

Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Excluída a hipótese do imprevisível - embora no Brasil o improvável sempre encontre formas de alterar o andamento dos fatos -, a lógica dos números de hoje e, a partir dela, as especulações dos “especialistas” (na verdade escafandristas do óbvio), indicam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assumir a presidência da República no dia 1º de janeiro de 2023. Mas, talvez, para o comum dos mortais, os militantes, seja desaconselhável considerar o pleito como “favas contadas”, quando quase um ano de justificadas apreensões ainda nos separa da posse previsível e desejada. 

A bolsonarista RedeTV afunda no ibope

Por Altamiro Borges


A sabujice da RedeTV!, que diariamente bajula o fascista e negacionista Jair Bolsonaro, não está dando bons resultados – pelo menos em termos de audiência. O jornalista Ricardo Feltrin informa nesta sexta-feira (4) no site UOL que a emissora ronda o “traço” no ibope, segundo a pesquisa mensal da Kantar Media obtida com exclusividade por sua coluna.

Pelo ranking dos canais abertos, a TV Globo obteve nos últimos 24 dias uma média nacional de 10,803 pontos no ibope e 31,2% de share (televisores sintonizados); a Record ficou em segundo lugar, com 4,11 pontos e 11,2%, respectivamente; o SBT ficou com 3,34 e 9,8%; a Band aparece em quarto, com 1,1 e 3,15%; e a RedeTV empacou com 0,283 e 0,817%.

Bolsonaro obra preconceito contra nordestinos

Por Altamiro Borges

O fascista Jair Bolsonaro segue obrando preconceitos contra os nordestinos. Em sua asquerosa live desta quinta-feira (3), ele ficou irritadinho com a demora na informação sobre o local de nascimento de Padre Cícero e chamou seus assessores de “pau de arara” com um nítido tom pejorativo. Além de ignorante, o presidente adora alimentar o ódio preconceituoso!

Durante a transmissão ao vivo, o “capetão” perguntou onde tinha nascido o sacerdote Cícero Romão Batista. “Falaram que revoguei o luto de Padre Cícero. Lá do Pernambuco, é isso mesmo? Que cidade que fica?”, indagou o imbecil. Como nenhum aspone respondeu, ele relinchou: “Cheio de pau de arara aqui e não sabem em que cidade fica Padre Cícero?”.

Bolsonaro não tem voto entre as mulheres

Charge: Miguel Paiva
Por Altamiro Borges


No final de janeiro, em uma entrevista à TV Fórum coordenada por Anderson Moraes, o sociólogo Marcos Coimbra, fundador do instituto de pesquisas Vox Populi, afirmou que Jair Bolsonaro pode nem chegar ao segundo turno das eleições presidenciais de outubro e ainda corre o sério risco de ser ultrapassado por algum candidato da chamada terceira via no primeiro turno.

“O cara é tão ruim e está muito desmoralizado... Tem pesquisas qualitativas que mostram o desconforto de parte do seu próprio eleitorado, especialmente entre as mulheres... Esse comportamento do Bolsonaro na pandemia é tão oposto ao que uma mãe ou filha que cuida de pessoas morrendo em hospital pensam, que gera muito incomodo, até em quem votou nele... Há pesquisas que revelam que de cada 10 mulheres que votaram em Bolsonaro em 2018, mais de cinco falam que não votarão mais nele”.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Bolsonaro impõe arrocho e trabalho infantil

Charge: Nando Motta
Por Altamiro Borges


O boletim "De olho nas negociações", publicado nesta semana pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), confirma que os trabalhadores vivem no inferno bolsonariano. Só 15,8% dos reajustes salariais negociados em 2021 tiveram ganhos reais. A maior parte das negociações coletivas do ano passado ficou abaixo da inflação (47,7%) ou apenas repôs as perdas inflacionárias (36,6%). Um brutal arrocho dos salários!

MST sob ataque de bolsonaristas na Bahia

A força da aliança entre China e Rússia

A batalha contra a extrema-direita digital

Linha 6, qualificação técnica e o Estado

Reprodução da internet
Do site do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo:


O lamentável acidente na obra da Linha 6 – Laranja do metrô, ocorrido na terça-feira (1º/2), na Marginal Tietê, causa enorme perplexidade especialmente por se tratar de um empreendimento de infraestrutura com enorme repercussão na vida da população e na atividade econômica da Cidade de São Paulo e do Estado.

Mesmo com as causas específicas do desastre ainda desconhecidas, já vem à tona uma série de questões que apontam para falhas de planejamento e execução. Conforme técnicos de larga experiência indicam, não houve o cuidado necessário para se realizar a escavação com o shield, o popular Tatuzão. Isso deveria ter sido feito, conforme as regras, a distância bem maior do interceptor de esgoto existente no local e de pleno conhecimento dos responsáveis pelo trabalho. Além dessa precaução básica, recomenda-se nesses casos, segundo especialistas, reforçar a galeria com injeção de cimento, tubo de aço ou estacas raiz. Na ausência desses cuidados, mesmo não havendo o choque, a trepidação causada pelo equipamento em proximidade perigosa à tubulação pode ter ocasionado seu rompimento com as consequências que já se conhece: transtornos, prejuízos e mais atrasos. Felizmente, não houve vítimas.

Não é hora de relaxar

Charge: Bira Dantas
Por João Guilherme Vargas Netto


A sociedade brasileira vive um momento estranho. O avanço das novas variantes do coronavírus, combinado com outras doenças, causou neste fim-começo de ano uma intensificação dos adoecimentos, felizmente não acompanhada (até agora) de mortalidade alta devido à vacinação em massa, até mesmo nas crianças.

Ao mesmo tempo, o próprio período de festas incentivou de maneira generalizada um exagero de encontros, confraternizações, visitas familiares que facilitaram o contágio, aumentaram os doentes e atulharam o sistema de saúde cujos profissionais estão sendo exigidos além de suas forças.

A vida dos trabalhadores também sofre esses fenômenos contraditórios em meio à “normalização” dos 629 mil mortos pela Covid.

O milionário Moro deixa nu o “herói” Moro

Bolsonaro e a banalização da violência

Orçamento federal capturado: a austeridade

Justiça fechará o cerco contra o ex-capitão?