Por Vinícius Mansur, no blog Escrevinhador:
O discurso do medo vive no noticiário econômico que garante, desde 2003, que o país vai quebrar todo ano. Em 2014, não é diferente. E ele é eloquentemente repetido pelos principais candidatos de oposição. A Bolsa de Valores também o pronuncia a sua maneira: sobe quando a Dilma cai nas pesquisas e cai quando a Dilma sobe.
Ele é vibrante também no noticiário político nacional: o país é presidido por uma corja de corruptos! O governo federal é aparelhado e é ineficiente! O povo sustenta aqueles que não estão lá por mérito, mas por “motivos políticos” ou por “praticar a velha política”.
Nem ligam se os diversos programas que eles tocam tem dado certo e a oposição precisa garantir sua continuidade para ter chance eleitoral. São todos corruptos desde que se publique na capa da Veja – e ainda que sua candidata tenha participado 27 anos desse projeto.
O que prometem de diferente, então, os principais candidatos da oposição? Varrer a corrupção! Governar com os bons! Espalhar comitês dos homens de bem!
No noticiário político regional, bem, o discurso do medo não está tão presente assim. No Judiciário bem, bem menos. No âmbito das empresas privadas então… Aí ele entende que a corrupção é, na verdade, a mais legítima resposta à corrupção opressora do Estado.
O discurso do medo se esgoela ao mínimo gesto que os lembre o artigo 220, § 5º, da Constituição Federal: “Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”. Censura! Ditadura!
O discurso do medo urra também contra a ampliação da participação social, seja via conselhos, conferências, consultas, plebiscitos: Bolivarianos! Comunistas! Democratas em excesso!
O discurso do medo afirma, suave, que o racismo se acentuou no Brasil nos últimos anos a partir das políticas afirmativas; que o Bolsa Família gera o “Brasil acomodado”; que o Mais Médicos gera uma “falsa sensação de saúde”; que as novas condições de consumo dos não-ricos os leva a um mundo de ilusões, ignorância e endividamento.
Esses dois últimos parágrafos sejam, talvez, um “privilégio” de apenas uma das principais candidaturas de oposição.
Enfim, colegas eleitores da Marina, o discurso do medo é bastante utilizado por vocês. A polarização entre mocinhos e bandidos também faz mal ao Brasil.
O discurso do medo vive no noticiário econômico que garante, desde 2003, que o país vai quebrar todo ano. Em 2014, não é diferente. E ele é eloquentemente repetido pelos principais candidatos de oposição. A Bolsa de Valores também o pronuncia a sua maneira: sobe quando a Dilma cai nas pesquisas e cai quando a Dilma sobe.
Ele é vibrante também no noticiário político nacional: o país é presidido por uma corja de corruptos! O governo federal é aparelhado e é ineficiente! O povo sustenta aqueles que não estão lá por mérito, mas por “motivos políticos” ou por “praticar a velha política”.
Nem ligam se os diversos programas que eles tocam tem dado certo e a oposição precisa garantir sua continuidade para ter chance eleitoral. São todos corruptos desde que se publique na capa da Veja – e ainda que sua candidata tenha participado 27 anos desse projeto.
O que prometem de diferente, então, os principais candidatos da oposição? Varrer a corrupção! Governar com os bons! Espalhar comitês dos homens de bem!
No noticiário político regional, bem, o discurso do medo não está tão presente assim. No Judiciário bem, bem menos. No âmbito das empresas privadas então… Aí ele entende que a corrupção é, na verdade, a mais legítima resposta à corrupção opressora do Estado.
O discurso do medo se esgoela ao mínimo gesto que os lembre o artigo 220, § 5º, da Constituição Federal: “Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”. Censura! Ditadura!
O discurso do medo urra também contra a ampliação da participação social, seja via conselhos, conferências, consultas, plebiscitos: Bolivarianos! Comunistas! Democratas em excesso!
O discurso do medo afirma, suave, que o racismo se acentuou no Brasil nos últimos anos a partir das políticas afirmativas; que o Bolsa Família gera o “Brasil acomodado”; que o Mais Médicos gera uma “falsa sensação de saúde”; que as novas condições de consumo dos não-ricos os leva a um mundo de ilusões, ignorância e endividamento.
Esses dois últimos parágrafos sejam, talvez, um “privilégio” de apenas uma das principais candidaturas de oposição.
Enfim, colegas eleitores da Marina, o discurso do medo é bastante utilizado por vocês. A polarização entre mocinhos e bandidos também faz mal ao Brasil.
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