Por Altamiro Borges
Um dos símbolos do capitalismo mundial e do imperialismo ianque, a rede de fast-food McDonald's está passando por um período de acentuado declínio. Nesta segunda-feira (19), o site da "Economist" divulgou longa reportagem sobre as dificuldades da multinacional - que engorda as crianças, estimula péssimos hábitos alimentares, abusa da publicidade infantil e esfola seus milhares de funcionários no mundo inteiro, entre outros crimes. A matéria aponta algumas das razões da queda nas vendas globais da empresa desde meados do ano passado.
"Os restaurantes da rede McDonald's estão entre as maiores histórias de sucesso do capitalismo americano. Fundada num único estabelecimento simples em 1948, a ênfase da rede de fast-food no serviço rápido e no cardápio padronizado ajudou-a a se expandir para mais de 35 mil endereços em todo o mundo. O negócio foi rentável: depois de um período de instabilidade no início da década de 2000, o preço das ações da empresa foi de US$ 12, em 2003, para mais de US$ 100 ao final de 2011. Mas agora o McDonald's perdeu o brilho. As vendas globais estão em queda desde julho".
"Os restaurantes da rede McDonald's estão entre as maiores histórias de sucesso do capitalismo americano. Fundada num único estabelecimento simples em 1948, a ênfase da rede de fast-food no serviço rápido e no cardápio padronizado ajudou-a a se expandir para mais de 35 mil endereços em todo o mundo. O negócio foi rentável: depois de um período de instabilidade no início da década de 2000, o preço das ações da empresa foi de US$ 12, em 2003, para mais de US$ 100 ao final de 2011. Mas agora o McDonald's perdeu o brilho. As vendas globais estão em queda desde julho".
O que deu errado? - pergunta a Economist, porta-voz dos interesses do capital. Segunda a publicação, a atual crise do McDonald's decorre de "problemas operacionais em todo o mundo. Em particular, a unidade asiática - responsável por quase um quarto da renda global da empresa - foi atingida por vários escândalos de vigilância sanitária. As vendas na China tiveram queda acentuada depois que revelou-se em julho que um de seus fornecedores usava carne bovina e de frango com o prazo de validade expirado. Mais recentemente, vários fregueses japoneses informaram ter encontrado pedaços de plástico e até um dente na comida".
No ano passado, alguns estabelecimentos da rede na Rússia também foram fechados temporariamente por inspetores locais, "aparentemente como retaliação pelas sanções anunciadas por europeus e americanos contra o país em decorrência da intervenção militar na Ucrânia. Alguns políticos russos chegaram a pedir que a empresa fosse expulsa do país de uma vez". Mas os problemas não ocorrem apenas nas filiais no exterior. O McDonald's enfrenta dificuldades em sua própria casa, nos EUA.
"Há a concorrência de rivais do fast-food como Burger King, que aumentam sua fatia do mercado com uma versão mais simples e barata do cardápio do McDonald's. E a rede sofre a pressão de restaurantes de padrão um pouco mais elevado e estética 'casual' como Shake Shack e Chipotle Mexican Grill, em rápido crescimento. Estes têm afastado os fregueses - principalmente os mais jovens - dos nuggets de frango do McDonald's, por exemplo, ao oferecer comida de qualidade um pouco melhor, um alto nível de personalização e serviço parcial de atendimento nas mesas".
Diante deste cenário preocupante - para a empresa e não para seus frequentadores -, Economist até dá alguns conselhos. "O McDonald's parece ter duas opções: imitar rivais como Burger King e retornar às raízes, ou incrementar suas instalações e concorrer com nomes como Shake Shack. A rede parece tentar ambas as coisas... Enquanto tenta se reinventar, talvez a rede descubra que livrar-se de sua imagem tradicional será uma tarefa bem mais difícil". E olha que a mídia venal - mundial e brasileira - protege um bocado a imagem desta gulosa multinacional.
*****
Leia também:
2 comentários:
A mídia protege, pois há um conflito de intere$$e. Os anúncios da rede nas emissoras de televisão.
Eu trabalho. Lá. E tudo verdade
Postar um comentário