domingo, 5 de abril de 2015

Imbassahy, o casto, e a grana do metrô!

Por Altamiro Borges

A vida dos falsos moralistas não está nada fácil. Num dia eles posam de éticos; no outro, são denunciados por supostas falcatruas. Antônio Anastasia, chefão da campanha do cambaleante Aécio Neves, Agripino Maia, presidente nacional do DEM, e Ronaldo Caiado, o senador demo-ruralista, tiveram suas fantasias udenistas rasgadas recentemente. Já neste domingo (5), a Folha tucana informa que “empreiteiras são acusadas de desvios no metrô de Salvador”. Sem manchete de capa ou título garrafal, a matéria revela que a roubalheira teve início na gestão de Antônio Imbassahy, ex-prefeito da capital baiana. Atualmente, o famoso “carlista” é líder da bancada federal do PSDB e uma das vozes mais estridentes do parlamento no combate à “corrupção petista”. Haja cinismo!

Segundo a matéria, “empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras também foram acusadas pelo Ministério Público Federal de terem superfaturado o metrô de Salvador em 1999, maior obra da gestão do atual vice-presidente da CPI da Petrobras, deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), à época prefeito da capital baiana. O TCU (Tribunal de Contas da União) detectou sobrepreço de ao menos R$ 166 milhões, em valores da época, e responsabilizou gestores indicados por Imbassahy... Irregularidades nas obras levaram o Ministério Público a mover duas ações – que acabaram suspensas porque o Superior Tribunal de Justiça considerou ilegais os grampos telefônicos da Operação Castelo de Areia e derrubou o caso. O Ministério Público, porém, recorre no Supremo Tribunal Federal”.

As obras do metrô baiano foram executadas por um consórcio formado pela Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Siemens. “Mas documentos apreendidos apontam ainda, segundo a investigação, que foi formado um consórcio oculto com outras empreiteiras que também participariam das obras: Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Constran e Alstom. Dessas, só a Alstom não aparece como associada ao ‘clube’ da Lava Jato, mas é apontada como integrante de cartel no Metrô de São Paulo... Nas eleições do ano passado, Antônio Imbassahy recebeu doações de R$ 30 mil da Braskem, empresa ligada à Odebrecht, R$ 250 mil da OAS e R$ 76,8 mil da UTC. A CPI da Petrobras, que já tem mais de um mês de funcionamento, não aprovou nenhum requerimento para convocar representantes dessas empresas ou para quebrar sigilos delas”. Pura coincidência!

As denúncias sobre desvio de dinheiro público nas obras do metrô de Salvador são antigas. Mas elas nunca foram investigadas. As empreiteiras levaram 14 anos para entregar apenas 7,5 quilômetros de trilhos e consumiram mais de R$ 1 bilhão na suspeita construção. O ex-prefeito Antônio Imbassahy, responsável pelas obras, sempre ficou impune e hoje se traveste de paladino da ética. A sorte dos udenistas de plantão é que eles contam com a seletividade da mídia e com a parcialidade da Justiça. Mas um dia a casa cai!

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3 comentários:

brasilpensador.blogspot.com disse...

e foi isso mesmo tanto ele como toda a quadrilha dos DEM E PSDB, receberam dinheiro suficiente do BANCO MUNDIAL, para toda a execuçao do metro, que alias todos sabem que foi muito mal planejado, e que depois de varias tentativas para terminar a obra resolveram passar para o governo do estado que em menos de 1 anos colocou o Metrô nos trilhos embora com uma kilometragem muito irrisoria mais colocou

Anônimo disse...

Da Série 'Viu estropício maligno e hipócrita?!'

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TCU DENUNCIA ESQUEMA DE EMPREITEIRAS NA GESTÃO *[ANTÔNIO] IMBASSAHY (PSDB/BA)

[*carlista roxo de carteirinha!

Ao lado do deputado bochechudo, um dos mais animados arruaceiros da [eterna] oPÓsição ao Brasil e ao honesto povo trabalhador brasileiro! Adendos do matuto]

O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), que é vice-presidente da CPI da Petrobras e uma das vozes mais aguerridas da oposição, poderá ficar numa saia justa; empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras são acusadas de superfaturar as obras do metrô de Salvador, empreendimento que teve início na gestão do tucano e foi uma das mais lentas do mundo; Tribunal de Contas da União detectou superfaturamento de R$ 166 milhões, em valores da época, e deve responsabilizar os gestores indicados por Imbassahy; metrô de Salvador foi feito por um consórcio formado por Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Siemens, levou 14 anos para entregar primeiros trechos e consumiu mais de R$ 1 bilhão

5 DE ABRIL DE 2015 ÀS 06:27

(...)

FONTE: http://www.brasil247.com/pt/24...

República Desses Bananas Corruptos e Hipócritas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

Flavio Wittlin disse...

Catões à frente de moralismos na política repetem-se como alma em corpos diferentes através dos tempos.
Ninguém mais do que ACM foi presidente de CPI de Petrobrás em 1963, algumas semanas antes do golpe.
A comissão foi formada após Mr. Howard Auld, da ESSO, oferecer suborno de 300 mil dólares a diretores da Petrobrás para uma negociata.
Esta envolvia a venda pela multinacional de óleo cru à estatal brasileira no valor de 200 milhões de dólares por 4 anos.
Acontece que a banda honesta da Petrobrás recusou a corrupção e o corruptor ficou desmoralizado.
CPI com o pré-golpista ACM no comando foi a "solução" encontrada, arrastada até consumar-se a quartelada.
Por aí se vê como são (risos à parte) ilibados e imaculados os moralistas de ocasião!