Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Os recentes anúncios de medidas judiciais contra disseminadores de ódio na internet jogaram luzes sobre o perfil deles.
Dois casos destacam-se: o do jornalista João Pedrosa e o do ex-lutador Wanderlei Silva.
Eles destroem a tese, tão orgulhosamente defendida por FHC, de que o antipetismo reúne pessoas mais bem informadas e mais cultas que as demais.
Seriam, segundo este ponto de vista, uma elite cultural na sociedade, bem acima dos “pobres” que apoiam o governo por causa dos programas sociais.
Ora, ora, ora.
É uma lenda que se desfaz espetacularmente.
Comecemos por Pedrosa, que milita nos Jardins de São Paulo, sede dos ricos paulistanos.
Viu-se, pelas postagens e pelas explicações posteriores, que Pedrosa é senhor de uma ignorância desumana. Ele fala coisas desconexas e é tão analfabeto que escreve fingir com jota. Fingir.
É também confuso e tolo. Afirma-se capitalista numa linha e em outra é um homem de esquerda.
Atribui, indistintamente, todas as coisas ruins que enxerga, ou diz enxergar, ao governo. Uma mulher deu à luz na rua? Culpa do PT. Governos estaduais - sobretudo os do PSDB - não têm responsabilidade por nada.
Wanderlei Silva culpou Dilma pelo atraso de uma obra em Goiás tocada pelo governo local.
Pessoas como Pedrosa não usam estatísticas. Sacam lugares comuns e atacam o governo. Não adiantam os estudos nacionais e internacionais que mostram uma expressiva redução na miséria nos últimos anos.
A miséria, para elas, é culpa do PT. É como se, antes de Lula, o Brasil fosse uma espécie de Escandinávia: escolas públicas ótimas, hospitais públicos excelentes e por aí vai. Uma terra sem favelas, sem famintos, sem desdentados.
É uma tribo brutalmente sem noção.
A palavra é forte, mas, tecnicamente, são idiotas: vociferam sem base nenhuma em fatos concretos.
São portanto presa fácil para manipulações. É aí que entra a mídia para a composição de sua mentalidade tosca, rasa e embotada. Ao ler a Veja, ouvir estações como CBN e assistir a telejornais como o Jornal Nacional, tomam tudo como verdade absoluta.
Não questionam o conteúdo e a opinião que chegam a eles. Ignoram que, por trás de tudo aquilo, estão interesses de algumas poucas famílias, como os Civitas e os Marinhos, dispostas a qualquer coisa para preservar seus privilégios e os de sua classe.
Outro traço vital dos propagadores de ódio são os maus modos viscerais. Podem saber usar talheres, mas se comportam como seres primitivos. Pedrosa foi capaz de invadir o Instagram da filha de Chico Buarque para insultar toda a família.
Não hesitou diante da figura de um bebê, o neto de Dilma, para desejar maldição por sete gerações para a família presidencial.
São maldosos, mesquinhos, ruins.
Outro ponto comum a eles é alegar que votaram em Lula e se decepcionaram. Ora, o Brasil cresceu ininterruptamente nos anos de Lula, e sua aprovação ao sair era superior a 80%.
Onde os motivos para uma decepção tão raivosa? (A propósito: simplesmente não acredito que tenham votado em Lula.)
Wanderlei Silva chegou ao cúmulo de dizer que ele é que deveria processar Lula pelo desapontamento.
Ora, ora, ora.
Daqui a pouco, se essa lógica bizarra prevalecer, seus torcedores de sentirão no direito de processá-lo pelas frustrações que ele lhes trouxe no ringue.
Mesmo admitindo que pode ter compartilhado uma mentira criminosa sobre o filho de Lula, ele não usa em nenhum momento a palavra “desculpa”.
Os processos anunciados e promovidos por vítimas deste ódio como Lula e Chico escancararam o caráter abjeto dos trolls.
Eles só sairão de cena se mais e mais processos forem movidos. O país ficará tanto melhor quanto menos delinquentes espalharem seu veneno nas redes sociais.
Processá-los é o melhor detergente contra eles.
Dois casos destacam-se: o do jornalista João Pedrosa e o do ex-lutador Wanderlei Silva.
Eles destroem a tese, tão orgulhosamente defendida por FHC, de que o antipetismo reúne pessoas mais bem informadas e mais cultas que as demais.
Seriam, segundo este ponto de vista, uma elite cultural na sociedade, bem acima dos “pobres” que apoiam o governo por causa dos programas sociais.
Ora, ora, ora.
É uma lenda que se desfaz espetacularmente.
Comecemos por Pedrosa, que milita nos Jardins de São Paulo, sede dos ricos paulistanos.
Viu-se, pelas postagens e pelas explicações posteriores, que Pedrosa é senhor de uma ignorância desumana. Ele fala coisas desconexas e é tão analfabeto que escreve fingir com jota. Fingir.
É também confuso e tolo. Afirma-se capitalista numa linha e em outra é um homem de esquerda.
Atribui, indistintamente, todas as coisas ruins que enxerga, ou diz enxergar, ao governo. Uma mulher deu à luz na rua? Culpa do PT. Governos estaduais - sobretudo os do PSDB - não têm responsabilidade por nada.
Wanderlei Silva culpou Dilma pelo atraso de uma obra em Goiás tocada pelo governo local.
Pessoas como Pedrosa não usam estatísticas. Sacam lugares comuns e atacam o governo. Não adiantam os estudos nacionais e internacionais que mostram uma expressiva redução na miséria nos últimos anos.
A miséria, para elas, é culpa do PT. É como se, antes de Lula, o Brasil fosse uma espécie de Escandinávia: escolas públicas ótimas, hospitais públicos excelentes e por aí vai. Uma terra sem favelas, sem famintos, sem desdentados.
É uma tribo brutalmente sem noção.
A palavra é forte, mas, tecnicamente, são idiotas: vociferam sem base nenhuma em fatos concretos.
São portanto presa fácil para manipulações. É aí que entra a mídia para a composição de sua mentalidade tosca, rasa e embotada. Ao ler a Veja, ouvir estações como CBN e assistir a telejornais como o Jornal Nacional, tomam tudo como verdade absoluta.
Não questionam o conteúdo e a opinião que chegam a eles. Ignoram que, por trás de tudo aquilo, estão interesses de algumas poucas famílias, como os Civitas e os Marinhos, dispostas a qualquer coisa para preservar seus privilégios e os de sua classe.
Outro traço vital dos propagadores de ódio são os maus modos viscerais. Podem saber usar talheres, mas se comportam como seres primitivos. Pedrosa foi capaz de invadir o Instagram da filha de Chico Buarque para insultar toda a família.
Não hesitou diante da figura de um bebê, o neto de Dilma, para desejar maldição por sete gerações para a família presidencial.
São maldosos, mesquinhos, ruins.
Outro ponto comum a eles é alegar que votaram em Lula e se decepcionaram. Ora, o Brasil cresceu ininterruptamente nos anos de Lula, e sua aprovação ao sair era superior a 80%.
Onde os motivos para uma decepção tão raivosa? (A propósito: simplesmente não acredito que tenham votado em Lula.)
Wanderlei Silva chegou ao cúmulo de dizer que ele é que deveria processar Lula pelo desapontamento.
Ora, ora, ora.
Daqui a pouco, se essa lógica bizarra prevalecer, seus torcedores de sentirão no direito de processá-lo pelas frustrações que ele lhes trouxe no ringue.
Mesmo admitindo que pode ter compartilhado uma mentira criminosa sobre o filho de Lula, ele não usa em nenhum momento a palavra “desculpa”.
Os processos anunciados e promovidos por vítimas deste ódio como Lula e Chico escancararam o caráter abjeto dos trolls.
Eles só sairão de cena se mais e mais processos forem movidos. O país ficará tanto melhor quanto menos delinquentes espalharem seu veneno nas redes sociais.
Processá-los é o melhor detergente contra eles.
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