quarta-feira, 16 de março de 2016

As mentiras de Reinaldo Azevedo

Do site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

Resposta ao sr. Reinaldo Azevedo

O polemista Reinaldo Azevedo usou seu blog hospedado no site de Veja para atacar o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP). Em sua nota (leia abaixo), faz afirmações mentirosas. Afirma: “Não é um sindicato. Trata-se apenas de um aparelho partidário...”. Nos locais de trabalho, porém, os jornalistas sabem como o Sindicato se bate permanentemente em defesa dos salários, contra as demissões coletivas, contra a sonegação do vínculo empregatício. 

No âmbito da sociedade brasileira, o SJSP se orgulha de ser reconhecido como entidade de tradição na luta democrática. Entre seus princípios, está a independência frente a quaisquer partidos e governos. Em 2015, fomos às ruas contra o golpismo e também contra todas as medidas do governo federal que atingiram direitos trabalhistas.

Para tentar macular a imagem da entidade, o sr. Azevedo mente ao dizer que o Sindicato “reúne jornalistas que nunca pisaram numa redação”. O sr. Azevedo, naturalmente, sabe que isto não é verdade, e busca desinformar seus leitores. Na atual diretoria do SJSP, há profissionais da editora Abril, TV Globo, TV Record, Folha de S.Paulo, Editora Globo, revista IstoÉ, entre dezenas de outras redações.

O sr. Azevedo coloca-se docilmente a serviço de seus empregadores. Neste ano, já havia por diversas vezes atacado o Sindicato a partir dos microfones da rádio Jovem Pan. Detalhe: isso ocorre no mesmo momento em que as empresas de rádio e televisão do Estado de São Paulo querem achatar os salários reais dos jornalistas, tentando impor um reajuste de 6%, contra uma inflação de 10,97% no período (INPC), e o Sindicato impulsiona uma difícil campanha salarial. Os donos da rádio Jovem e Rede TV, seus empregadores, batem palmas às suas falas visando a enfraquecer a entidade reivindicativa da categoria.

Esse Sindicato se empenha em defender o respeito ao exercício profissional para todos os jornalistas, em qualquer situação. Claro, respeita o direito de as pessoas protestarem contra as empresas de comunicação, como é próprio da democracia, e exige que se respeite o trabalhador jornalista, assalariado destas mesmas empresas, como deixa claro em seus pronunciamentos. Nos últimos anos, o combate à violência contra os jornalistas tem sido uma prioridade do Sindicato, que conseguiu incluir em convenções coletivas a obrigação de os empregadores garantirem equipamento de segurança a seus repórteres, fez inúmeras demandas ao governo estadual para que garanta o respeito ao exercício profissional e condenou de forma veemente qualquer agressão a jornalistas, venha da polícia ou de manifestantes (veja nota).

O homem é seu estilo. O sr. Azevedo gosta de usar palavras como “brucutus”, “milicianos”, “hordas”, “asqueroso” e “escória”. Seu vocabulário o define melhor do que aqueles a quem critica.

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Este é o texto de Reinaldo Azevedo, que determinou o Pedido de Resposta

Petistas perseguem jornalistas nas ruas, e sindicato da categoria se solidariza com… Lula!

Nos dois discursos que fez nesta sexta, um dos principais alvos da Lula foi a imprensa. À tarde, ele até tentou livrar a cara dos jornalistas, atacando apenas os veículos. Mas é evidente que seus milicianos não fazem essa distinção


Por: Reinaldo Azevedo 05/03/2016 às 8:03

Os fascistoides de esquerda que foram às ruas nesta sexta promover a baderna em defesa de Lula tinham como um de seus alvos a imprensa. Meios de comunicação e jornalistas foram hostilizados.

Na sede do PT, em São Paulo, os brucutus tentaram tomar a câmera de uma profissional da TV Globo. O carro da emissora foi recebido aos chutes. Dois repórteres seus foram xingados em São Bernardo, em frente ao prédio onde mora Lula. Um cinegrafista e um jornalista da Band foram cercados, e a câmera acabou danificada. Em Brasília, os lulistas fizeram um protesto em frente à sede da Globo.

Ação de radicais, pela qual os líderes petistas não podem se responsabilizar? Uma ova!

Nos dois discursos que fez nesta sexta, um dos principais alvos da Lula foi a imprensa. À tarde, ele até tentou livrar a cara dos jornalistas, atacando apenas os veículos. Mas é evidente que seus milicianos não fazem essa distinção.

Ora, faz sentido. As hordas que se viram ontem nas ruas não diferem em nada de seus congêneres bolivarianos na Venezuela, que deram um jeito de esmagar a imprensa livre. Não por acaso, Lula recebeu ontem a manifestação de solidariedade de dois democratas notáveis: Evo Morales e Nicolás Maduro…

Sabem o que é mais asqueroso? O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, mesmo com os profissionais sendo caçados nas ruas por marginais disfarçados de militantes, aderiu a uma tal “frente ampla”, organizada pela CUT, em defesa de Lula e, ora vejam, “contra o golpe”.

Não é um sindicato. Trata-se apenas de um aparelho partidário, que reúne jornalistas que nunca pisaram numa redação.

Coisa de escória.

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