Por Raul Longo
O rinoceronte Cacareco era totalmente apartidário. Não tinha a menor intenção política, sequer de conquistar fama ou de ser bajulado. Pelo contrário, aquela gente curiosa que se enfileirava na frente de sua jaula só o irritava.
Apesar dessa aversão ao público, o Cacareco recebeu mais de 100 mil votos quando, em 1959, o jornalista Itaborai Martins lançou sua candidatura à Câmara Municipal da maior cidade do país, São Paulo. No total, os candidatos do partido mais votado naquele pleito não somaram 95 mil.
Como todo rinoceronte, o Cacareco não enxergava bem. Mas esta não foi a única limitação que o impediu de tomar pose, apesar de eleito pela ampla maioria dos eleitores paulistanos, em sufrágio democrático.
A vitória do Cacareco ocorreu graças à consciência paulistana do baixíssimo nível dos candidatos da época. Se o domingo, 13 de março de 2016, fosse uma eleição e somente aos da classe média popularmente identificada como de “coxinhas” fosse permitida a escolha de candidato, como tanto desejam, sem dúvida o juiz Sérgio Moro teria sido eleito à presidência do Brasil não só pelos de São Paulo, mas do país inteiro.
Não seria exatamente um voto Cacareco, como o dos paulistas em 1959, pois lá o eleitorado tinha consciência da necessidade de anular o voto em sinal de protesto ao então líder político do estado, Adhemar de Barros, e todos os demais candidatos. Mas assemelha-se na manifesta aversão da massa preparada por FHC para ser fritada pela mídia, contra os políticos em geral.
O problema é que na ausência do recheio os coxinhas escolheram um cabo eleitoral como Cacareco. No entanto, há tempo para a mídia prepara-lo e dará muito menos trabalho do que se teve para preparar o Caçador de Marajás. Só que enquanto Cacareco o rinoceronte, digo policial, ou melhor, juiz federal pode provocar efeitos imprevisíveis como a expulsão de Alckmin e Aécio das ruas.
E não se pode duvidar que o mesmo acontecesse com o próprio FHC se não fosse suficiente precavido para evitar arroubos intempestivos como os da dupla nasal, Pinóquio e Aspirador, que levaram os coxinhas a agirem como se em 59 os eleitores do Cacareco ameaçassem Itaboral Martins por ter criado o símbolo de protesto contra os políticos da cidade.
Sérgio Moro é o Cacareco da inconsciência política e não apenas de paulistanos, mas dos coxinhas do Brasil inteiro. E isso fica evidente quando apontados os demais indicados como principais concorrentes do Cacareco. Digo, do curitibano.
Cabeça a cabeça, correm na raia pelo segundo lugar o Ronaldo Caiado e o Jair Bolsonaro, candidatos de “altíssimo” nível. Um por somente considerar dignas de serem estupradas mulheres padrão revista Playboy, e o outro por apoiar o retorno da escravidão no Brasil.
Nenhum exagero! Ronaldo Caiado votou contra a PEC 57-A que criminaliza a prática da escravidão abolida pela Princesa Isabel em 13 de Maio de 1888. Além dos que preferem o Brasil anterior ao século XIX, há os que dão preferência ao Brasil anterior ao próprio Brasil, lá dos tempos dos hunos e outros bárbaros que ao invadir uma aldeia iam estuprando as mulheres que julgavam merecer tal “honra”, aos padrões Playboy e dentro dos conceitos de gostosas da época.
Geralmente bem cuidadas e produzidas ao modelo contemporâneo, talvez mães, irmãs e filhas destes eleitores sejam o oferecimento ao grande líder Bolsonaro, como já foi costume naqueles velhos tempos.
De eras mais recentes e menos exigente, Caiado se contenta com estupros de mucamas em senzalas.
Apesar de expulso da Av. Paulista e das denúncias da Lava Jato “não virem ao caso” segundo o rinoceronte, digo, o juiz Sérgio Moro; Aécio Neves, que completou a quina em delações premiadas ainda disputa um longínquo 3º lugar com o presidente da Argentina, Maurício Macri.
Pode parecer absurdo querer transferir ao Brasil o presidente que assumiu o cargo no país vizinho em janeiro, mas lembrando de que Dilma assumiu o mandato para o qual foi eleita também em janeiro de 2015 e em março do mesmo ano passado já a queriam depor, dá para se entender a lógica da imediatista consciência política coxinha.
Consciência trimestral, despertou-se em junho de 2013, três meses após as pesquisas de opinião pública apontarem aprovação recorde para o governo de Dilma Rousseff. E foi às ruas para evitar a reeleição que não consegue admitir.
Quanto ao Aécio ser mantido na raia apesar de expulso da Av. Paulista, também é compreensível, pois apesar de vestígios fósseis indicarem que a prática do tráfico de drogas, pelo menos para consumo próprio, provir desde os tempos da Idade da Pedra; muitos dos coxinhas têm consciência da maior presteza dos serviços de entrega por via aérea, através de aeroportos clandestinos ou por helicóptero.
Mas quem parece ter abandonado definitivamente o páreo pela memória coxinha foi o ex-juiz Joaquim Barbosa. Ninguém se lembrou de seu nome! Foi abandonado pela mídia em Miami, refúgio internacional de tiranos, contrabandistas, terroristas de direita; escroques em geral que por uma razão ou outra se preferem esquecidos.
Que a memória coxinha se limita ao cotidiano midiático e 3 meses sem divulgação tira qualquer um do hit parede, todos sabem; mas por quais motivos repentinamente a mídia tirou Barbosa dos flashes e manchetes é uma incógnita. Estarão guardando-o para quando o carnaval chegar?
Haverá ainda mais carnaval?
Por falar em carnaval, dessa vez não teve desfile de mulher pelada?!!! Quais serão as mais estupráveis para o eleitorado do Bolsonaro: as do La Licorne da Boca do Luxo de São Paulo ou as da aeróbica “Fora PT”, ao estilo das coristas do Domingão do Faustão?
E ainda há quem não reconheça a complexidade da dialética coxinha!!!
Apesar de tudo do que maldosamente falam dos coxinhas, desta vez comprovaram apurada consciência crítica e mandaram o Geraldo Alckmin pro brejo. Desculpem o deslize, quem vai pro brejo é a vaca. Alckmin apenas teve se recolher ao coxo. Se demorasse mais um pouquinho iria coxeando, atingido pelos próprios paulistas que o elegeram ao governo do estado sequestrado pelo PCC para espancar adolescentes na desocupação de escolas e pobres do Pinheirinho em defesa de interesse de megaespeculador, sem água para o banho e de verbas desviadas nas obras do metrô.
Terá sido pelos mesmos desvios das verbas do metrô paulistano que coxinhas também se esqueceram do José Serra? Ou foi pela sensibilidade do animal, digo, do cavalo, ou melhor, do candidato que se assusta até quando atiram bolinha de papel na pista?
Outra grande ausência no páreo da preferência eleitoral dos coxinhas foi a do Michel Temer. Diga-se de passagem, uma injustiça! Afinal a cavalo dado não se olha os dentes. Mas o que importa se a mula manca? Até o ainda há pouco grande favorito Eduardo Cunha, pior que azarão está mais por baixo do que coco do cavalo do bandido! Digo, do PT, que no bang-bang coxinha ocupa a função de assaltantes do cofre da nação, apesar de FHC ter sido quem o repassou com saldo negativo.
Mas não há dúvida de que o grande “mocinho” da temporada é o Sergio Moro, embora esteja prestes a perder seu fiel escudeiro índio, digo, japonês, pela intransigência de um Juiz do STF que não aceitou recurso da defesa no processo de Newton Ishii como contrabandista.
O Supremo não percebe que isso de contrabando não interessa à consciência política coxinha! Importante é caçar corruptos.
Do PT, claro! Se liberarem o Paulo Roberto Costa, sem dúvida terá apostas de coxinha. Tudo depende do trato da mídia e se for da vontade da grande sonegadora de impostos Globo, até Alberto Youssef poderá concorrer. Nem que seja correndo por fora como correu para a Petrobras depois de julgado pelo mesmo Sérgio Moro por operacionalizar os 80 milhões de dólares desviados do BANESTADO.
Qual foi o “bicho” pago em 2002 para liberar Youssef à corrida para o esquema montado por Roberto Costa depois de colocado na diretoria da estatal em 1995 por FHC, não interessa à consciência política coxinha. O que querem é Moro cruzando o disco final e o PT posto pra fora do governo.
Estão aí, novamente, todas as apostas no impeachment para atender a torcida das multidões de coxinhas. Com ou sem recheio, as massas preparadas por FHC e enroladas pela mídia são um peso considerável para o processo aberto pelo Cunha pelo impeachment da Dilma e para os rinocerontescos arremedos coercitivos do Moro contra Lula.
Resta saber quais são os favoritos do restante da população, pois por mais coxinhas nas ruas não é fácil justificar prisão coercitiva por pedalinhos e apartamentos triplexmente esclarecidos.
Por mais dificuldades de locomoção, por menos dinheiro para confecção de bonecos, michês de pornô-política, contratação de astros de rock decadente e outras atrações; sem essa gente os coxinhas não servem nem para lavar o prato em que comem. E de uma coisa podem estar certo, terão de engolir comida escarrada por muito tempo.
É o que dá ser míope como um rinoceronte e eleger cacarecos golpistas contra a manifestação democrática dos trabalhadores nas urnas.
O rinoceronte Cacareco era totalmente apartidário. Não tinha a menor intenção política, sequer de conquistar fama ou de ser bajulado. Pelo contrário, aquela gente curiosa que se enfileirava na frente de sua jaula só o irritava.
Apesar dessa aversão ao público, o Cacareco recebeu mais de 100 mil votos quando, em 1959, o jornalista Itaborai Martins lançou sua candidatura à Câmara Municipal da maior cidade do país, São Paulo. No total, os candidatos do partido mais votado naquele pleito não somaram 95 mil.
Como todo rinoceronte, o Cacareco não enxergava bem. Mas esta não foi a única limitação que o impediu de tomar pose, apesar de eleito pela ampla maioria dos eleitores paulistanos, em sufrágio democrático.
A vitória do Cacareco ocorreu graças à consciência paulistana do baixíssimo nível dos candidatos da época. Se o domingo, 13 de março de 2016, fosse uma eleição e somente aos da classe média popularmente identificada como de “coxinhas” fosse permitida a escolha de candidato, como tanto desejam, sem dúvida o juiz Sérgio Moro teria sido eleito à presidência do Brasil não só pelos de São Paulo, mas do país inteiro.
Não seria exatamente um voto Cacareco, como o dos paulistas em 1959, pois lá o eleitorado tinha consciência da necessidade de anular o voto em sinal de protesto ao então líder político do estado, Adhemar de Barros, e todos os demais candidatos. Mas assemelha-se na manifesta aversão da massa preparada por FHC para ser fritada pela mídia, contra os políticos em geral.
O problema é que na ausência do recheio os coxinhas escolheram um cabo eleitoral como Cacareco. No entanto, há tempo para a mídia prepara-lo e dará muito menos trabalho do que se teve para preparar o Caçador de Marajás. Só que enquanto Cacareco o rinoceronte, digo policial, ou melhor, juiz federal pode provocar efeitos imprevisíveis como a expulsão de Alckmin e Aécio das ruas.
E não se pode duvidar que o mesmo acontecesse com o próprio FHC se não fosse suficiente precavido para evitar arroubos intempestivos como os da dupla nasal, Pinóquio e Aspirador, que levaram os coxinhas a agirem como se em 59 os eleitores do Cacareco ameaçassem Itaboral Martins por ter criado o símbolo de protesto contra os políticos da cidade.
Sérgio Moro é o Cacareco da inconsciência política e não apenas de paulistanos, mas dos coxinhas do Brasil inteiro. E isso fica evidente quando apontados os demais indicados como principais concorrentes do Cacareco. Digo, do curitibano.
Cabeça a cabeça, correm na raia pelo segundo lugar o Ronaldo Caiado e o Jair Bolsonaro, candidatos de “altíssimo” nível. Um por somente considerar dignas de serem estupradas mulheres padrão revista Playboy, e o outro por apoiar o retorno da escravidão no Brasil.
Nenhum exagero! Ronaldo Caiado votou contra a PEC 57-A que criminaliza a prática da escravidão abolida pela Princesa Isabel em 13 de Maio de 1888. Além dos que preferem o Brasil anterior ao século XIX, há os que dão preferência ao Brasil anterior ao próprio Brasil, lá dos tempos dos hunos e outros bárbaros que ao invadir uma aldeia iam estuprando as mulheres que julgavam merecer tal “honra”, aos padrões Playboy e dentro dos conceitos de gostosas da época.
Geralmente bem cuidadas e produzidas ao modelo contemporâneo, talvez mães, irmãs e filhas destes eleitores sejam o oferecimento ao grande líder Bolsonaro, como já foi costume naqueles velhos tempos.
De eras mais recentes e menos exigente, Caiado se contenta com estupros de mucamas em senzalas.
Apesar de expulso da Av. Paulista e das denúncias da Lava Jato “não virem ao caso” segundo o rinoceronte, digo, o juiz Sérgio Moro; Aécio Neves, que completou a quina em delações premiadas ainda disputa um longínquo 3º lugar com o presidente da Argentina, Maurício Macri.
Pode parecer absurdo querer transferir ao Brasil o presidente que assumiu o cargo no país vizinho em janeiro, mas lembrando de que Dilma assumiu o mandato para o qual foi eleita também em janeiro de 2015 e em março do mesmo ano passado já a queriam depor, dá para se entender a lógica da imediatista consciência política coxinha.
Consciência trimestral, despertou-se em junho de 2013, três meses após as pesquisas de opinião pública apontarem aprovação recorde para o governo de Dilma Rousseff. E foi às ruas para evitar a reeleição que não consegue admitir.
Quanto ao Aécio ser mantido na raia apesar de expulso da Av. Paulista, também é compreensível, pois apesar de vestígios fósseis indicarem que a prática do tráfico de drogas, pelo menos para consumo próprio, provir desde os tempos da Idade da Pedra; muitos dos coxinhas têm consciência da maior presteza dos serviços de entrega por via aérea, através de aeroportos clandestinos ou por helicóptero.
Mas quem parece ter abandonado definitivamente o páreo pela memória coxinha foi o ex-juiz Joaquim Barbosa. Ninguém se lembrou de seu nome! Foi abandonado pela mídia em Miami, refúgio internacional de tiranos, contrabandistas, terroristas de direita; escroques em geral que por uma razão ou outra se preferem esquecidos.
Que a memória coxinha se limita ao cotidiano midiático e 3 meses sem divulgação tira qualquer um do hit parede, todos sabem; mas por quais motivos repentinamente a mídia tirou Barbosa dos flashes e manchetes é uma incógnita. Estarão guardando-o para quando o carnaval chegar?
Haverá ainda mais carnaval?
Por falar em carnaval, dessa vez não teve desfile de mulher pelada?!!! Quais serão as mais estupráveis para o eleitorado do Bolsonaro: as do La Licorne da Boca do Luxo de São Paulo ou as da aeróbica “Fora PT”, ao estilo das coristas do Domingão do Faustão?
E ainda há quem não reconheça a complexidade da dialética coxinha!!!
Apesar de tudo do que maldosamente falam dos coxinhas, desta vez comprovaram apurada consciência crítica e mandaram o Geraldo Alckmin pro brejo. Desculpem o deslize, quem vai pro brejo é a vaca. Alckmin apenas teve se recolher ao coxo. Se demorasse mais um pouquinho iria coxeando, atingido pelos próprios paulistas que o elegeram ao governo do estado sequestrado pelo PCC para espancar adolescentes na desocupação de escolas e pobres do Pinheirinho em defesa de interesse de megaespeculador, sem água para o banho e de verbas desviadas nas obras do metrô.
Terá sido pelos mesmos desvios das verbas do metrô paulistano que coxinhas também se esqueceram do José Serra? Ou foi pela sensibilidade do animal, digo, do cavalo, ou melhor, do candidato que se assusta até quando atiram bolinha de papel na pista?
Outra grande ausência no páreo da preferência eleitoral dos coxinhas foi a do Michel Temer. Diga-se de passagem, uma injustiça! Afinal a cavalo dado não se olha os dentes. Mas o que importa se a mula manca? Até o ainda há pouco grande favorito Eduardo Cunha, pior que azarão está mais por baixo do que coco do cavalo do bandido! Digo, do PT, que no bang-bang coxinha ocupa a função de assaltantes do cofre da nação, apesar de FHC ter sido quem o repassou com saldo negativo.
Mas não há dúvida de que o grande “mocinho” da temporada é o Sergio Moro, embora esteja prestes a perder seu fiel escudeiro índio, digo, japonês, pela intransigência de um Juiz do STF que não aceitou recurso da defesa no processo de Newton Ishii como contrabandista.
O Supremo não percebe que isso de contrabando não interessa à consciência política coxinha! Importante é caçar corruptos.
Do PT, claro! Se liberarem o Paulo Roberto Costa, sem dúvida terá apostas de coxinha. Tudo depende do trato da mídia e se for da vontade da grande sonegadora de impostos Globo, até Alberto Youssef poderá concorrer. Nem que seja correndo por fora como correu para a Petrobras depois de julgado pelo mesmo Sérgio Moro por operacionalizar os 80 milhões de dólares desviados do BANESTADO.
Qual foi o “bicho” pago em 2002 para liberar Youssef à corrida para o esquema montado por Roberto Costa depois de colocado na diretoria da estatal em 1995 por FHC, não interessa à consciência política coxinha. O que querem é Moro cruzando o disco final e o PT posto pra fora do governo.
Estão aí, novamente, todas as apostas no impeachment para atender a torcida das multidões de coxinhas. Com ou sem recheio, as massas preparadas por FHC e enroladas pela mídia são um peso considerável para o processo aberto pelo Cunha pelo impeachment da Dilma e para os rinocerontescos arremedos coercitivos do Moro contra Lula.
Resta saber quais são os favoritos do restante da população, pois por mais coxinhas nas ruas não é fácil justificar prisão coercitiva por pedalinhos e apartamentos triplexmente esclarecidos.
Por mais dificuldades de locomoção, por menos dinheiro para confecção de bonecos, michês de pornô-política, contratação de astros de rock decadente e outras atrações; sem essa gente os coxinhas não servem nem para lavar o prato em que comem. E de uma coisa podem estar certo, terão de engolir comida escarrada por muito tempo.
É o que dá ser míope como um rinoceronte e eleger cacarecos golpistas contra a manifestação democrática dos trabalhadores nas urnas.
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