Muhammad Ali Jr. |
Filho do mais famoso boxeador de todos os tempos, Muhammad Ali Jr. ficou retido durante horas em um aeroporto na Flórida, nos Estados Unidos, no início de fevereiro, “acusado” de ser muçulmano, apenas por causa da aparência e do nome que carrega. Os policiais interrogaram o rapaz por duas horas perguntando: “Onde você arranjou este nome?” “Você é muçulmano?” A história foi revelada pelo jornal USA Today, na última sexta-feira.
Nascido Cassius Marcellus Clay Jr. em Louisville, Kentucky, o lutador de boxe Muhammad Ali trocou de nome em 1964, ao se converter ao islamismo. Até então, lutava como Cassius Clay. Seu filho Muhammad Ali Jr. nasceu na Filadélfia em 1972, ou seja, como o pai, é cidadão norte-americano. Quando respondeu aos oficiais do aeroporto que sim, é muçulmano, os policiais continuaram perguntando sobre sua religião e onde ele tinha nascido, como se Muhammad Jr. tivesse acabado de chegar do Oriente Médio.
O filho de Muhammad Ali e sua mãe, Khalilah Camacho-Ali, segunda mulher do boxeador, estavam chegando ao aeroporto internacional de Fort Lauderdale no dia 7 de fevereiro, após participarem de um evento do Mês da História Negra na Jamaica, quando foram separados da fila da alfândega em virtude dos sobrenomes árabes, de acordo com o amigo da família e advogado Chris Mancini. Como tinha na bolsa uma foto posando ao lado de Ali, Khalilah mostrou aos policiais e foi liberada. O filho ficou retido. Quando se deu conta, a mãe ficou desesperada.
Nenhum dos dois jamais havia sido parado no aeroporto de nenhum lugar do mundo por conta do sobrenome. “Para a família Ali, ficou claro que isto está diretamente relacionado aos esforços do Sr. Trump de banir os muçulmanos dos Estados Unidos”, disse Mancini, em referência à decisão da ordem assinada pelo presidente em 27 de janeiro de banir cidadãos de sete países muçulmanos. O advogado disse que a família estuda processar as autoridades.
O caso de Muhammad Ali Jr. demonstra que a ditadura de direita em que Donald Trump está transformando os EUA ameaça não só estrangeiros, mas os próprios norte-americanos de religião muçulmana. Vale lembrar que muitas celebridades dos EUA e de outros países também se converteram ao islamismo nas últimas décadas, como o ex-jogador de basquete Shaquille O’Neal, o boxeador Mike Tyson, o rapper Mos Def, o comediante Dave Chapelle, o ex-vocalista do One Direction Zayn Malik e o cantor britânico Cat Stevens, que desde 1977 usa o nome Yusuf Islam.
Se há alguma utilidade em Trump é deixar evidente como a direita governa e que mundo deseja para todos nós.
Nascido Cassius Marcellus Clay Jr. em Louisville, Kentucky, o lutador de boxe Muhammad Ali trocou de nome em 1964, ao se converter ao islamismo. Até então, lutava como Cassius Clay. Seu filho Muhammad Ali Jr. nasceu na Filadélfia em 1972, ou seja, como o pai, é cidadão norte-americano. Quando respondeu aos oficiais do aeroporto que sim, é muçulmano, os policiais continuaram perguntando sobre sua religião e onde ele tinha nascido, como se Muhammad Jr. tivesse acabado de chegar do Oriente Médio.
O filho de Muhammad Ali e sua mãe, Khalilah Camacho-Ali, segunda mulher do boxeador, estavam chegando ao aeroporto internacional de Fort Lauderdale no dia 7 de fevereiro, após participarem de um evento do Mês da História Negra na Jamaica, quando foram separados da fila da alfândega em virtude dos sobrenomes árabes, de acordo com o amigo da família e advogado Chris Mancini. Como tinha na bolsa uma foto posando ao lado de Ali, Khalilah mostrou aos policiais e foi liberada. O filho ficou retido. Quando se deu conta, a mãe ficou desesperada.
Nenhum dos dois jamais havia sido parado no aeroporto de nenhum lugar do mundo por conta do sobrenome. “Para a família Ali, ficou claro que isto está diretamente relacionado aos esforços do Sr. Trump de banir os muçulmanos dos Estados Unidos”, disse Mancini, em referência à decisão da ordem assinada pelo presidente em 27 de janeiro de banir cidadãos de sete países muçulmanos. O advogado disse que a família estuda processar as autoridades.
O caso de Muhammad Ali Jr. demonstra que a ditadura de direita em que Donald Trump está transformando os EUA ameaça não só estrangeiros, mas os próprios norte-americanos de religião muçulmana. Vale lembrar que muitas celebridades dos EUA e de outros países também se converteram ao islamismo nas últimas décadas, como o ex-jogador de basquete Shaquille O’Neal, o boxeador Mike Tyson, o rapper Mos Def, o comediante Dave Chapelle, o ex-vocalista do One Direction Zayn Malik e o cantor britânico Cat Stevens, que desde 1977 usa o nome Yusuf Islam.
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