Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A manifestação coxinha marcada para 26 de março será um bom termômetro do que se passa na direita.
Vai emergir o quadro de confusão que impera na direita brasileira.
Embora Lula e o petismo em geral vão ser atirados, sem mais delongas, ao inferno de Moro, enquanto o tucanato e o “temerato” permanecem no purgatório do STF, o fato é que todos os seus nomes-símbolo e a cozinha presidencial flutuarão na lama das delações.
Chega a ser patético ler Aécio Neves, hoje, na Folha, vociferando contra vazamentos, acusações de ordem moral e protestando pelos danos a honra de quem é acusado sem que haja antes a condenação.
Como Serra, saiu do jogo sucessório. Alckmin, em menor escala, sairá salpicado.
A algum tempo já se desenha a modelagem de João Dória Jr como o novo Collor que a direita precisa para fazer frente ao cenário de ruína política que seus personagens centrais se viram metidos.
Marina também não parece ser promissora neste momento quem que a histeria cevada e adubada durante anos se reflete no desejo de um “homem forte” para por ordem na casa.
Por incrível que pareça, este perfil se encaixa nas outras duas candidatura que ganham expressão.
A de Jair Bolsonaro, o selvagem, na base do “prendo, arrebento, segrego, enquadro e xingo”.
Sua plataforma econômica é zero, um pouco menos que a de Dória, que talvez se apresente tentando salvar a economia através de doação: o governo doa o patrimônio público e as empresas doam algum para reformar as pracinhas. E, claro, estas doações serão feitas todas, sempre, com a pureza angelical que seus patronos tucanos estão vendo reveladas pelas delações.
A outra candidatura que, paradoxalmente, surge desta demanda de “homem forte” é a de Lula. Se os argumentos moralistas contra ele são poderosos – embora os processos que i mirem, pessoalmente, sejam quinquilharias amplificadas pela matilha curitibana -, Lula tem algo que nenhum deles pode ostentar: o passado de prosperidade vivido pelo Brasil enquanto ele governou.
Tanto é assim que a principal aposta contra ele é proibi-lo de entrar na disputa, o que soa estranho sobre quem se diz ser odiado, desprezado, estar desmoralizado e arruinado perante a opinião pública.
Coxinhas e fascistas vão desfilar seu ódio na paulista no dia 26 e, paradoxalmente, terá de protestar contra quem está fora do poder já há quase um ano.
A perda de foco vai permitir todo tipo de derivação e pregação da selvageria. Seus heróis serão Dória e Bolsonaro.
O primeiro tem a ventagem do dinheiro e da mídia, mas ainda tem um ano para administrar uma cidade e isso o coloca vulnerável a um eventual agravamento da crise econômica.
Bolsonaro, por sua vez, tem a seu favor o medo, a insegurança, o desespero que a crise traz, o que pode expandir sua influência para além dos grupos de mentecaptos do “mito”. Contra si, outsider como é, só tem o cérebro e os sentimentos de democracia e humanidade da população.
A manifestação coxinha marcada para 26 de março será um bom termômetro do que se passa na direita.
Vai emergir o quadro de confusão que impera na direita brasileira.
Embora Lula e o petismo em geral vão ser atirados, sem mais delongas, ao inferno de Moro, enquanto o tucanato e o “temerato” permanecem no purgatório do STF, o fato é que todos os seus nomes-símbolo e a cozinha presidencial flutuarão na lama das delações.
Chega a ser patético ler Aécio Neves, hoje, na Folha, vociferando contra vazamentos, acusações de ordem moral e protestando pelos danos a honra de quem é acusado sem que haja antes a condenação.
Como Serra, saiu do jogo sucessório. Alckmin, em menor escala, sairá salpicado.
A algum tempo já se desenha a modelagem de João Dória Jr como o novo Collor que a direita precisa para fazer frente ao cenário de ruína política que seus personagens centrais se viram metidos.
Marina também não parece ser promissora neste momento quem que a histeria cevada e adubada durante anos se reflete no desejo de um “homem forte” para por ordem na casa.
Por incrível que pareça, este perfil se encaixa nas outras duas candidatura que ganham expressão.
A de Jair Bolsonaro, o selvagem, na base do “prendo, arrebento, segrego, enquadro e xingo”.
Sua plataforma econômica é zero, um pouco menos que a de Dória, que talvez se apresente tentando salvar a economia através de doação: o governo doa o patrimônio público e as empresas doam algum para reformar as pracinhas. E, claro, estas doações serão feitas todas, sempre, com a pureza angelical que seus patronos tucanos estão vendo reveladas pelas delações.
A outra candidatura que, paradoxalmente, surge desta demanda de “homem forte” é a de Lula. Se os argumentos moralistas contra ele são poderosos – embora os processos que i mirem, pessoalmente, sejam quinquilharias amplificadas pela matilha curitibana -, Lula tem algo que nenhum deles pode ostentar: o passado de prosperidade vivido pelo Brasil enquanto ele governou.
Tanto é assim que a principal aposta contra ele é proibi-lo de entrar na disputa, o que soa estranho sobre quem se diz ser odiado, desprezado, estar desmoralizado e arruinado perante a opinião pública.
Coxinhas e fascistas vão desfilar seu ódio na paulista no dia 26 e, paradoxalmente, terá de protestar contra quem está fora do poder já há quase um ano.
A perda de foco vai permitir todo tipo de derivação e pregação da selvageria. Seus heróis serão Dória e Bolsonaro.
O primeiro tem a ventagem do dinheiro e da mídia, mas ainda tem um ano para administrar uma cidade e isso o coloca vulnerável a um eventual agravamento da crise econômica.
Bolsonaro, por sua vez, tem a seu favor o medo, a insegurança, o desespero que a crise traz, o que pode expandir sua influência para além dos grupos de mentecaptos do “mito”. Contra si, outsider como é, só tem o cérebro e os sentimentos de democracia e humanidade da população.
1 comentários:
Só lembrando: Bolsonaro é só bode expiatório da elite. Nada mais "óbvio" para a mídia pôr holofotes em Bolsonaro para a 'nova-esquerda' bater nele enquanto os barões do capital arrumam Doria para 2018.
Segunda coisa: ou a esquerda "radicaliza" ou voltaremos em definitivo para anos 70.
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