Por Altamiro Borges
Em seu blog no jornal O Globo, a colunista Míriam Leitão – famosa por sua raivosa militância antipetista – postou nesta terça-feira (13) que foi vítima de agressões verbais desferidas por filiados da sigla durante um voo da Avianca na semana retrasada. De imediato, todas as pessoas que se opõem a onda de ódio que assola o país – em boa parte, estimulada pela própria mídia golpista, em especial pela Rede Globo – declararam seu repúdio ao alardeado ataque e prestaram solidariedade à jornalista. Alguns passageiros da mesma viagem de Brasília ao Rio de Janeiro, porém, contestaram a versão da global, afirmando que ela exagerou nos relatos e tentou se passar como vítima. Até um vídeo postado na internet relativiza o estardalhaço no caso.
Em seu texto, Míriam Leitão garante que “sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo... Por coincidência, estavam todos, talvez uns 20, em cadeiras próximas de mim. Alguns à minha frente, outros do lado, outros atrás. Alguns mais silenciosos me dirigiram olhares de ódio ou risos debochados, outros lançavam ofensas”.
O seu relato teve a rápida acolhida das entidades patronais – e de suas congêneres. Em nota conjunta, a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), a Aner (Associação Nacional de Editores de Revista) e a ANJ (Associação Nacional de Jornais) esbravejaram: "Atitudes como essa refletem autoritarismo, intolerância e desconhecimento do papel da imprensa – o de informar a sociedade sobre assuntos de interesse público”. Já a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) classificou o ataque como "covarde e intolerante" e alertou que “a violência, a intolerância e a incompreensão do papel da liberdade de expressão podem ferir de morte o regime democrático”.
Diante da repercussão do episódio, a presidenta recém-eleita do PT, senadora Gleisi Hoffmann, também se manifestou – mas de forma altiva e corajosa, o que motivou um novo ataque hidrófobo do Grupo Globo contra a legenda. Vale conferir:
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Nota oficial
O Partido dos Trabalhadores lamenta o constrangimento sofrido pela jornalista Míriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro no último dia 3 de junho, conforme relatado por ela em sua coluna de hoje. Orientamos nossa militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo, como confundi-las com as empresas para as quais trabalhem.
Entendemos que esse comportamento não agrega nada ao debate democrático. Destacamos ainda que muitos integrantes do Partido dos Trabalhadores, inclusive esta senadora, já foram vítimas de semelhante agressão dentro de aviões, aeroportos e em outros locais públicos.
Não podemos, entretanto, deixar de ressaltar que a Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil, e em nada tem contribuído para amenizar esse clima do qual é partícipe. O PT não fará com a Globo o que a Globo faz com o PT.
Senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores.
*****
Durante o dia, porém, outras versões do episódio foram sendo postadas na internet. O petista Rodrigo Mondego foi explícito ao afirmar: “Cara Míriam Leitão, a senhora está faltando com a verdade”. E explicou os motivos. “Eu estava no voo e ninguém lhe dirigiu diretamente a palavra, justamente para você não se vitimizar e tentar caracterizar uma injúria ou qualquer outro crime. O que houve foram alguns poucos momentos de manifestação pacífica contra principalmente a empresa que a senhora trabalha e o que ela fez com o país. A senhora mente também ao dizer que isso durou as duas horas de voo. Ocorreu apenas antes da decolagem e no momento do pouso. Se a carapuça serviu com os gritos de ‘golpista’, era só não ter apoiado a ação orquestrada por Eduardo Cunha e companhia, simples. E seja sincera: a senhora odeia o Partido dos Trabalhadores e o atacou das mais diversas formas na última década, aceitando inclusive se aliar com os que antes foram seus algozes na ditadura militar”.
Outra militante petista, Lucia Capanema, também contestou a versão da jornalista da famiglia Marinho: “Fui a última a entrar no avião, e quando o fiz encontrei um voo absolutamente normal. Não notei sua presença pois não havia nenhum tipo de manifestação voltada à sua pessoa... Durante as duas horas de voo nada houve de forma a ameaçá-la, achincalhá-la ou mesmo citá-la nominalmente. Por duas ou três vezes entoou-se os já consagrados cânticos ‘o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo’ e ‘a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura’; cânticos estes que prescindem da sua presença ou de qualquer pessoa relacionada a empresa em que você trabalha, como se pode notar em todas as manifestações populares de vulto no país”.
*****
Leia também:
- Míriam Leitão: a urubóloga surtou!
- Míriam Leitão e o machista polonês
- Temer frustra a otimista Míriam Leitão
- Muito choro por nada no caso Wikipédia
- O oportunismo de Miriam Leitão
- Miriam Leitão e a "direita hidrófoba"
- Calma, Miriam Leitão!
Em seu blog no jornal O Globo, a colunista Míriam Leitão – famosa por sua raivosa militância antipetista – postou nesta terça-feira (13) que foi vítima de agressões verbais desferidas por filiados da sigla durante um voo da Avianca na semana retrasada. De imediato, todas as pessoas que se opõem a onda de ódio que assola o país – em boa parte, estimulada pela própria mídia golpista, em especial pela Rede Globo – declararam seu repúdio ao alardeado ataque e prestaram solidariedade à jornalista. Alguns passageiros da mesma viagem de Brasília ao Rio de Janeiro, porém, contestaram a versão da global, afirmando que ela exagerou nos relatos e tentou se passar como vítima. Até um vídeo postado na internet relativiza o estardalhaço no caso.
Em seu texto, Míriam Leitão garante que “sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo... Por coincidência, estavam todos, talvez uns 20, em cadeiras próximas de mim. Alguns à minha frente, outros do lado, outros atrás. Alguns mais silenciosos me dirigiram olhares de ódio ou risos debochados, outros lançavam ofensas”.
O seu relato teve a rápida acolhida das entidades patronais – e de suas congêneres. Em nota conjunta, a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), a Aner (Associação Nacional de Editores de Revista) e a ANJ (Associação Nacional de Jornais) esbravejaram: "Atitudes como essa refletem autoritarismo, intolerância e desconhecimento do papel da imprensa – o de informar a sociedade sobre assuntos de interesse público”. Já a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) classificou o ataque como "covarde e intolerante" e alertou que “a violência, a intolerância e a incompreensão do papel da liberdade de expressão podem ferir de morte o regime democrático”.
Diante da repercussão do episódio, a presidenta recém-eleita do PT, senadora Gleisi Hoffmann, também se manifestou – mas de forma altiva e corajosa, o que motivou um novo ataque hidrófobo do Grupo Globo contra a legenda. Vale conferir:
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Nota oficial
O Partido dos Trabalhadores lamenta o constrangimento sofrido pela jornalista Míriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro no último dia 3 de junho, conforme relatado por ela em sua coluna de hoje. Orientamos nossa militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo, como confundi-las com as empresas para as quais trabalhem.
Entendemos que esse comportamento não agrega nada ao debate democrático. Destacamos ainda que muitos integrantes do Partido dos Trabalhadores, inclusive esta senadora, já foram vítimas de semelhante agressão dentro de aviões, aeroportos e em outros locais públicos.
Não podemos, entretanto, deixar de ressaltar que a Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil, e em nada tem contribuído para amenizar esse clima do qual é partícipe. O PT não fará com a Globo o que a Globo faz com o PT.
Senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores.
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Durante o dia, porém, outras versões do episódio foram sendo postadas na internet. O petista Rodrigo Mondego foi explícito ao afirmar: “Cara Míriam Leitão, a senhora está faltando com a verdade”. E explicou os motivos. “Eu estava no voo e ninguém lhe dirigiu diretamente a palavra, justamente para você não se vitimizar e tentar caracterizar uma injúria ou qualquer outro crime. O que houve foram alguns poucos momentos de manifestação pacífica contra principalmente a empresa que a senhora trabalha e o que ela fez com o país. A senhora mente também ao dizer que isso durou as duas horas de voo. Ocorreu apenas antes da decolagem e no momento do pouso. Se a carapuça serviu com os gritos de ‘golpista’, era só não ter apoiado a ação orquestrada por Eduardo Cunha e companhia, simples. E seja sincera: a senhora odeia o Partido dos Trabalhadores e o atacou das mais diversas formas na última década, aceitando inclusive se aliar com os que antes foram seus algozes na ditadura militar”.
Outra militante petista, Lucia Capanema, também contestou a versão da jornalista da famiglia Marinho: “Fui a última a entrar no avião, e quando o fiz encontrei um voo absolutamente normal. Não notei sua presença pois não havia nenhum tipo de manifestação voltada à sua pessoa... Durante as duas horas de voo nada houve de forma a ameaçá-la, achincalhá-la ou mesmo citá-la nominalmente. Por duas ou três vezes entoou-se os já consagrados cânticos ‘o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo’ e ‘a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura’; cânticos estes que prescindem da sua presença ou de qualquer pessoa relacionada a empresa em que você trabalha, como se pode notar em todas as manifestações populares de vulto no país”.
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- Calma, Miriam Leitão!
1 comentários:
Esta pseudo jornalista é simplesmente um nojo,vez que envergonha sua categoria
e em consequência seus colegas.Alia-se aos que outrora lhe perseguiram sem o menor pudor e ainda quer ser respeitada? Ainda acha que merece algum pingo de
consideração? Ah! faça-me o elementar favor de lamber sabão e cuspir espuma,
que é o máximo que uma criatura abjeta assim poderia pleitear...
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