Por Altamiro Borges
O "capetão" Bolsonaro é, de fato, o maior aliado
da Covid-19. Nesta quinta-feira (26), contrariando todas as orientações da área
de saúde no mundo e no Brasil, o genocida disse em mais uma de suas “lives” macabras
que o uso de máscaras é "o último tabu a cair" em relação às medidas
para conter o avanço do coronavírus.
Além de sabotar o uso das máscaras, o garoto-propaganda
voltou a defender a hidroxicloroquina – remédio sem comprovação científica no
combate ao vírus. Metido a médico, o maluco negou que esse medicamento cause
problemas cardíacos, o que já foi confirmado por inúmeros estudos no exterior e
mesmo no Brasil.
"Gripezinha" e o cinismo do farsante
Para encerrar as suas imbecilidades virtuais, o presidente
ainda negou ter se referido à Covid-19 como uma "gripezinha". Mas o farsante
afirmou isso em várias vezes. Em março passado, durante coletiva à imprensa,
ele foi taxativo: "Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me
derrubar".
Já em um pronunciamento oficial em cadeia de rádio e TV, o
vaidoso e irresponsável Bolsonaro se jactou: “No meu caso particular, pelo meu
histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me
preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou
resfriadinho”.
Mas o problema com o fascistoide no poder não deriva da sua
recorrente diarreia verborrágica, das besteiras disparadas como perdigotos. O
triste é a ação concreta do governo – ou melhor, a total ausência dela –, que é
responsável direto por mais de 170 mil mortes e mais de 6 milhões de brasileiros infectados
nessa pandemia.
Na sexta-feira (27), o jornal Valor revelou que “o governo
federal cortará o financiamento de 3.265 Centros de Atendimento para
Enfrentamento à Covid-19, instituídos em maio a pedido das secretarias
municipais de Saúde a fim de ampliar o acesso ao atendimento precoce das
pessoas com sintomas de infecção pelo vírus”.
Ainda de acordo com a reportagem, “outros 130 Centros
Comunitários de Referência para Enfrentamento da Covid-19 também serão
afetados. Sem verbas, boa parte desses equipamentos corre sério risco de
fechar, já que dificilmente os municípios terão dinheiro para mantê-los, dizem
fontes do Ministério da Saúde”.
Segunda onda e a redução dos recursos
Esse corte da verba preocupa os servidores da área, principalmente
devido ao repique no número de casos e à apreensão com uma segunda onda. Em
nota, a pasta sob ocupação do general Eduardo Pazuello confirmou a maldade: “O
Ministério da Saúde informa que não está prevista prorrogação do financiamento
federal”.
Dentre as atribuições dos Centros de Atendimento estão a
testagem da população de risco e a notificação de casos confirmados. Já os Centros
Comunitários foram criados para atender áreas vulneráveis e favelas. O
fechamento destes postos é criminoso, ainda mais em um momento tão delicado da
pandemia. Só confirma que o “capetão” é aliado da Covid, é o mensageiro da
morte!
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