terça-feira, 9 de agosto de 2016

Objetivo do golpe são as riquezas do Brasil

Da Rede Brasil Atual:

Para o advogado Ricardo Gebrim, ex-presidente do Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo e dirigente do Movimento Consulta Popular, a ofensiva contra a democracia no Brasil é determinada pelo interesse do capitalismo internacional nas riquezas do país. Daí o fato de as privatizações de grandes empresas nacionais serem o principal objetivo dos setores golpistas representados por Michel Temer. “O que determina essa ofensiva é a crise (do capitalismo). Nada oferece tanta possibilidade de lucros como Petrobras e o pré-sal, que alimentam uma saída para a crise capitalista”, disse.

O PT e a cláusula pétrea do golpe

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog Segunda Opinião:

O Partido dos Trabalhadores não pode sair vitorioso das eleições de 2018 – essa é cláusula pétrea do golpe. Essa é a razão da impunidade de todos os arbítrios e sobre a qual até a oposição teme discursar. A intenção de liquidar eleitoralmente o Partido dos Trabalhadores seria materializada pela exposição de pessoas alegadamente suspeitas a ações repressivas cinematográficas, com excepcional cobertura da mídia. Os associados à força-tarefa Lava-Jato apostavam no caráter fluído das elites brasileiras.

Sanders denuncia o golpe no Brasil

Do site Opera Mundi:

Bernie Sanders, senador por Vermont que foi pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, expressou nesta segunda-feira (08/08) sua “profunda preocupação” com o processo de impeachment contra a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e instou o governo dos EUA a se posicionar claramente sobre a questão e “apoiar as famílias trabalhadoras do Brasil”.

Em comunicado divulgado em seu site oficial, Sanders afirma que “para muitos brasileiros e observadores o controverso processo de impeachment [contra Dilma] mais parece um golpe de Estado” e destaca a falta de diversidade no gabinete ministerial imposto pelo vice-presidente no exercício da Presidência, Michel Temer. “Eles [o governo interino] imediatamente substituíram uma administração diversa e representativa com um gabinete formado inteiramente por homens brancos.”

A cidade que você não vê na mídia

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

No dia 25 de agosto, às 19 horas, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o economista Marcio Pochmann e o presidente da Fundação Mauricio Grabois, Renato Rabelo, debatem "A cidade que você não vê na mídia". A atividade é promovida pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e ocorre no auditório do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (Rua Genebra, 25).

Feliciano tem que ser preso

Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

E não tem que prender só o estuprador Marcos Feliciano.

Tem que prender também esse Pastor Everaldo, canalha que foi subornar e ameaçar a menina.

Mandaram um capanga armado para coagi-la, em um quarto de hotel, em São Paulo. Esse mesmo sujeito, Talma Bauer, usou as senhas dela para postar os vídeos forjados na Internet.

Derrotismo virou ufanismo na mídia


Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Depois de três anos bombardeando a todos com pessimismo, ódio e com a percepção de um país em frangalhos, destruído, derrotado, não deixa de ser curioso observar a súbita guinada da mídia brasileira, com o auxílio providencial dos Jogos Olímpicos. O Brasil de repente parece outro lugar, com mais humor, energia e esperança no futuro. “Este é um país que vai para a frente” seria o lema perfeito para os tempos que vivemos, se não tivesse sido um dos slogans utilizados pela ditadura militar para ludibriar os incautos. Ops.

O que viria depois do AI-2 de Gilmar?

Por Bepe Damasco, em seu blog:            

Na certa, uma caçada aos militantes dos movimentos sociais e da oposição, com porrada em quem se atrever a comparecer a atos de protesto, ampliação da censura, que já está acontecendo nas arenas olímpicas, e prisões. Estaria aberta a porteira para a formalização da ditadura, que passaria da condição de velada para escrachada.

Um cenário tenebroso para o Brasil se vislumbra caso o militante togado da extrema-direita Gilmar Mendes (me nego a chamá-lo de ministro ou de juiz) logre êxito na sua cruzada para fechar o maior partido da esquerda brasileira, reeditando, na prática, o Ato Institucional Nº 2, de 27 de outubro de 1965, através do qual o marechal Castelo Branco, ditador de plantão, extinguiu os partidos políticos.


Lava-Jato persegue família de Lula

Do site Lula:

Desde que a defesa do ex-presidente Lula denunciou os abusos da Operação Lava Jato ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, Lula e sua família vêm sendo alvo de atitudes que só podem ser compreendidas como retaliação.

A convocação da Sra. Marisa Letícia Lula da Silva e de Fábio Luís Lula da Silva para prestar depoimentos à Polícia Federal – divulgada ao público nesta segunda (8) antes de uma intimação oficial a ela ou à defesa – é o mais recente exemplo desse comportamento.

Globo e golpistas afundam o Brasil

Por Jeferson Miola

Dois fatos políticos de relevância olímpica foram olimpicamente ocultados pela Rede Globo no Jornal Nacional desta segunda-feira olímpica, 8 de agosto de 2016.

O primeiro fato: a decisão de Gilmar Mendes, juiz tucano no STF, de abrir processo para extinguir o PT. Embalado pelo espírito fascista da ditadura golpista de 1964, Gilmar quer eliminar do sistema partidário brasileiro o Partido que tem quase 2 milhões de filiados e que recebeu 54.501.318 votos na última eleição presidencial. Um fato de tal gravidade jamais poderia ser escondido.

Lava-Jato tentou ocultar provas contra Serra

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Por razões mais do que óbvias a operação Lava Jato vem sendo vista por muita gente insuspeita de ser “petista” como um golpe político destinado única e exclusivamente a tirar o PT do poder. Afinal, as prisões sem julgamento destinadas a arrancar “delações” concentraram-se exclusivamente em pessoas ligadas ao partido ou aos governos Lula e Dilma.

O cerne da Lava Jato é – ou deveria ser – a relação de governos de todos os níveis e políticos e partidos de todas as tendências com grandes grupos econômicos, mas vinha se concentrado exclusivamente na relação de empreiteiras com a Petrobrás, o que limitava as investigações e denúncias a petistas e pessoas ou grupos ligados ao PT e aos governos Lula e Dilma.

Autorizado o ‘Fora Temer’ na Olímpiada

Foto: Mariana Bazo/Reuters
Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Procuradores do MPF do Rio de Janeiro pediram à Justiça o fim da proibição de manifestações políticas nos Jogos Olímpicos do Rio.

O juiz João Augusto Carneiro Araújo concedeu liminar favorável ao pedido, dando início à temporada do "Fora Temer" na Rio 2016.

Um primeiro ponto a ser apontado sobre essa questão é a diferença gritante entre a postura dos procuradores que entraram com o pedido de fim da censura na Olimpíada e a postura dos procuradores da Lava Jato.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Censura pró Temer repercute no mundo

Foto: El Comercio
Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

Ao que tudo indica, se a intenção do interino Michel Temer é fingir que não existem protestos no Brasil contra sua permanência no poder em função do impeachment de Dilma Rousseff, a operação "abafa vaia" terá de ser reformulada para alcançar resultados melhores, além de ser estendida ao resto do mundo. Isso porque além dos atos "Fora Temer" Brasil afora, a censura aplicada pela Rio 2016 nos estádios também viraram alvos de reportagens da imprensa internacional.

Choques, guerra de classes e apartheid social

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Naomi Klein publicou em 2007 um notável livro chamado “A Doutrina do Choque: a Ascensão do Capitalismo de Desastre”. Nele, a escritora canadense expõe a teoria do “capitalismo de desastre” e da “doutrina do choque” que orienta sua criação.

A teoria tem várias fontes de inspiração. Entre elas, a psiquiatria que fundamenta a elaboração das “técnicas de interrogatório” da CIA. O núcleo dessas técnicas é a tortura e a destruição do enquadramento mental do oponente, até que “a fonte resolva colaborar”. Em termos resumidos, o tratamento pode ser utilizado para submeter indivíduos, mas também grupos humanos inteiros, a recalcitrantes e rebeldes, em suma.

Paulo Preto e o cofre de Serra

Do site Carta Maior:

1. Diretor do Dersa desde 2005, Paulo Preto começou na estratégica área de Relações Institucionais leia-se, contatos com empreiteiras e fornecedores. Em 2007 foi incumbido de colocar a mão diretamente na massa, leia-se, no orçamento: Serra nomeou-o Diretor de Engenharia da empresa, responsável por um orçamento de R$ 6,5 bilhões.

2. Paulo Preto tornou-se então o caixa e a fita métrica de Serra, responsável pela medição e pagamento de obras a empreiteiras encarregadas do trecho sul do Rodoanel (R$ 5 bilhões) e da expansão da avenida Jacu-Pêssego, mais a reforma na Marginal do Tietê (R$ 1,5 bilhão)

Serra e os R$ 23 milhões da Odebrecht

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Esta é mais uma das Cartas aos Golpistas. No futuro, elas poderão ser reunidas num livro para recapitular o golpe de 2016. O destinatário da presente carta é o chanceler José “23 milhões” Serra.

***

Caro Serra: imagino que você tenha passado este domingo no telefone. Não para tratar de assuntos nacionais, mas para resolver problemas pessoais.

Se conheço você, você telefonou para todos os donos de empresas jornalísticas para uma operação abafa. Você sempre fez isso na vida: procurar os barões da imprensa para garantir um noticiário amigo, fraternal, positivo.

Repressão de Temer empana festa olímpica

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A imagem de encantamento que o Brasil deu ao mundo na sexta-feira está sendo corroída, mundo afora, pela estupidez repressiva do Governo Temer.

O Comitê Olímpico jamais se exporia a críticas criando incidentes por conta de folhas de papel que, de outro modo, passariam despercebidas – ainda mais com a escancarada seletividade das imagens monopolizadas pelo COI, se não tivesse recebido ordens das autoridades brasileiras para reprimir manifestantes.

O relógio da Lava-Jato e o rumo da História

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Se estas duas primeiras revelações do que será delatado pela Odebrecht – R$ 10 milhões em caixa dois para o PMDB, pedidos por Temer, e de R$ 23 milhões para a campanha de Serra em 2010 - tivessem como beneficiários Lula, Dilma ou o PT, as providências da Lava Jato viriam a jato: remessa imediata ao Procurador-Geral Rodrigo Janot, que rapidamente pediria ao STF autorização para investigá-los, em se tratando de figuras com foro especial, o vice no exercício da Presidência e senador que está ministro de Estado. Mas como se trata do PMDB e do PSDB, todo mundo sabe, os ponteiros do relógio da Lava Jato vão ser contidos.

'Mosca azul' de Temer aborrece o PSDB

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O impeachment ainda não é fato consumado, a popularidade de Michel Temer vai pelo rodapé, mas certos aliados do presidente interino já sonham com uma candidatura dele à reeleição na campanha de 2018. Uma hipótese que correu Brasília nos últimos dias e causou atritos de Temer com o PSDB, o segundo maior partido do governo provisório.

Antes de ir ao Rio e ser vaiado na abertura da Olimpíada, o peemedebista queria discutir a relação com o aliado. Programou um jantar com caciques tucanos para a quarta-feira, 3, no Palácio do Jaburu, mas em vão. Os líderes do PSDB não se esforçaram para permanecer em Brasília naquela noite. Sinal nítido de descontentamento.

FGTS enfrenta a cobiça dos bancos

Por Augusto Vasconcelos, no site Vermelho:

Há algum tempo o lobby dos bancos privados pressiona para ter acesso aos recursos do FGTS, atualmente sob a administração exclusiva da Caixa.

Retirar do banco público a gestão do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, implica em colocar em risco programas de financiamento habitacional de caráter popular e projetos de desenvolvimento, como saneamento básico, por exemplo.

Tal medida, se for levada adiante, representa mais um ataque ao caráter social da Caixa. A empresa enfrenta a ameaça de abertura de seu capital, o que na prática traria para sua gestão ideias de mercado que podem colidir frontalmente com a sua missão precípua de atender às camadas mais pobres da população, bem como atuar como agente regulador, ofertando juros e taxas menos agressivas.

Bom para os EUA não é bom para o Brasil

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

A primeira declaração do primeiro ministro de Relações Exteriores da ditadura Juracy Magalhães, da UDN, o PSDB da época, não deixava dúvidas que a política internacional soberana de Santiago Dantas estava revertida radicalmente: "O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil".

Se adaptava a frase original, de que "O que é bom para os Estados Unidos é bom para a General Motors". Passávamos a ser uma espécie de empresa norte-americana, de filial dos Estados Unidos na América Latina, o que Ruy Mauro Marini chamou de subimperialismo norte-americano. Mais tarde, Richard Nixon disse: "Para onde for o Brasil, irá a América Latina", com a esperança que a política da ditadura civil-militar se estendesse pelo continente.