Por Altamiro Borges
No Dia Mundial dos Indígenas, lembrado em 9 de agosto, entidades brasileiras apresentaram ao Tribunal Penal Internacional (TIP), em Haia (Holanda), mais uma denúncia contra o "capetão" Jair Bolsonaro por crimes contra a humanidade e genocídio. O documento tem 150 páginas e lista uma série de atrocidades cometidas no Brasil nestes tempos de fascismo e obscurantismo.
A denúncia foi elaborada pela Apib (Articulação de Povos Indígenas do Brasil), que reúne entidades como a Apoinme (Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo), o Conselho do Povo Terena e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira. Ela expressa a opinião da quase totalidade das comunidades indígenas organizadas no país.
terça-feira, 10 de agosto de 2021
A fila do osso de boi e a fila do Porsche
Por Altamiro Borges
O Brasil é mesmo o país dos contrastes. Em um extremo, o da maioria da população, pessoas na fila de um açougue por ossos de boi, 19 milhões de brasileiros com fome crônica, 50 milhões em insegurança alimentar e 15 milhões de desempregados. No outro extremo, o da minoria burguesa egoísta, uma fila de 1.500 ricaços para comprar um carro Porsche a partir de R$ 508 mil.
Segundo relato da Folha, "parte dos showrooms da Stuttgart, revendedora de carros Porsche que responde pela maior parte do mercado da marca no Brasil, foi completamente esvaziado. A fila de espera pelos veículos tem, hoje, 1.500 compradores, e a entrega pode levar de seis a oito meses, dependendo do modelo".
O Brasil é mesmo o país dos contrastes. Em um extremo, o da maioria da população, pessoas na fila de um açougue por ossos de boi, 19 milhões de brasileiros com fome crônica, 50 milhões em insegurança alimentar e 15 milhões de desempregados. No outro extremo, o da minoria burguesa egoísta, uma fila de 1.500 ricaços para comprar um carro Porsche a partir de R$ 508 mil.
Segundo relato da Folha, "parte dos showrooms da Stuttgart, revendedora de carros Porsche que responde pela maior parte do mercado da marca no Brasil, foi completamente esvaziado. A fila de espera pelos veículos tem, hoje, 1.500 compradores, e a entrega pode levar de seis a oito meses, dependendo do modelo".
Nossa luta e a correlação de forças
Por Jair de Souza
Queria começar este texto por aquilo que considero que deveria ser sua conclusão de encerramento: Nossa luta depende tanto da correlação de forças, como a correlação de forças depende de nossa luta.
Em 2016, foi desfechado um fortíssimo golpe contra a maioria do povo brasileiro. Os interesses do grande capital dos Estados Unidos e os do grande capital nacional se impuseram sobre os de nosso povo, e, em vista disto, arrumaram um pretexto dos mais imbecis imagináveis para derrubar o governo de Dilma Rousseff.
Parece até que foi brincadeira aquilo de fazer o impeachment de uma governante apelando para as tais pedaladas fiscais. Mas, precisamos ter clareza, os motivos para a grande burguesia e o imperialismo imporem sua dominação sobre uma nação nada precisam ter a ver com a realidade. Se não houver motivos reais justificáveis, os mesmos serão fabricados. E assim foi.
Queria começar este texto por aquilo que considero que deveria ser sua conclusão de encerramento: Nossa luta depende tanto da correlação de forças, como a correlação de forças depende de nossa luta.
Em 2016, foi desfechado um fortíssimo golpe contra a maioria do povo brasileiro. Os interesses do grande capital dos Estados Unidos e os do grande capital nacional se impuseram sobre os de nosso povo, e, em vista disto, arrumaram um pretexto dos mais imbecis imagináveis para derrubar o governo de Dilma Rousseff.
Parece até que foi brincadeira aquilo de fazer o impeachment de uma governante apelando para as tais pedaladas fiscais. Mas, precisamos ter clareza, os motivos para a grande burguesia e o imperialismo imporem sua dominação sobre uma nação nada precisam ter a ver com a realidade. Se não houver motivos reais justificáveis, os mesmos serão fabricados. E assim foi.
Jair, guarde os brinquedinhos…
Por Fernando Brito, em seu blog:
O patético desfile militar pela Praça dos Três Poderes acabou e, de prático, ficou apenas a impressão de ridículo.
Todos sabem que temos um Presidente que sonha um papel de guarda pretoriana.
Todos também já sabemos que temos um Ministro da Defesa que, em apenas quatro anos, escalou de um comando regional do Exército para o de chefe das Três Armas à custa de expedientes políticos junto ao poder: interventor no Rio de Janeiro, depois ministro da Casa Civil e, finalmente, oferecendo-se como alternativa para Bolsonaro apunhalar outros generais: o então ministro Fernando Azevedo e Silva e os então comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.
O patético desfile militar pela Praça dos Três Poderes acabou e, de prático, ficou apenas a impressão de ridículo.
Todos sabem que temos um Presidente que sonha um papel de guarda pretoriana.
Todos também já sabemos que temos um Ministro da Defesa que, em apenas quatro anos, escalou de um comando regional do Exército para o de chefe das Três Armas à custa de expedientes políticos junto ao poder: interventor no Rio de Janeiro, depois ministro da Casa Civil e, finalmente, oferecendo-se como alternativa para Bolsonaro apunhalar outros generais: o então ministro Fernando Azevedo e Silva e os então comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Desfile de tanques é um retrato de Bolsonaro
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
No fundo, ele promete prender e arrebentar, à semelhança de João Figueiredo - o último presidente militar - que deixou o Palácio pela porta dos fundos.
Num esforço para examinar a crise política numa conjuntura de tensões, conflitos e sinais contraditórios, cabe uma observação obrigatória.
Jair Bolsonaro pode apoiar-se no aparato militar-burocrático que a presidência da República oferece a todo ocupante do Planalto e assim promover sucessivas demonstrações de uma força política mais aparente do que real.
Pode promover um desfile de blindados pela Praça dos Três Poderes, imagem que evoca imensos pesadelos das guerras abertas contra a democracia em várias partes do mundo - inclusive no Brasil.
Jair Bolsonaro pode apoiar-se no aparato militar-burocrático que a presidência da República oferece a todo ocupante do Planalto e assim promover sucessivas demonstrações de uma força política mais aparente do que real.
Pode promover um desfile de blindados pela Praça dos Três Poderes, imagem que evoca imensos pesadelos das guerras abertas contra a democracia em várias partes do mundo - inclusive no Brasil.
No fundo, ele promete prender e arrebentar, à semelhança de João Figueiredo - o último presidente militar - que deixou o Palácio pela porta dos fundos.
As Olimpíadas e o retrocesso bolsonarista
Editorial do site Vermelho:
O desempenho e o resultado dos atletas brasileiros nas Olimpíadas de 2021 em Tóquio, Japão, encerram importantes lições. É preciso, antes de tudo, registrar com elogios o papel do Brasil na competição, muito bem representado pelos que participaram dos jogos. Nesse âmbito, ficou realçado o protagonismo de mulheres, negros e nordestinos, um perfil que retrata à perfeição a essência do povo brasileiro, credenciais legítimas de um país marcado por injustiças sociais.
O desempenho e o resultado dos atletas brasileiros nas Olimpíadas de 2021 em Tóquio, Japão, encerram importantes lições. É preciso, antes de tudo, registrar com elogios o papel do Brasil na competição, muito bem representado pelos que participaram dos jogos. Nesse âmbito, ficou realçado o protagonismo de mulheres, negros e nordestinos, um perfil que retrata à perfeição a essência do povo brasileiro, credenciais legítimas de um país marcado por injustiças sociais.
Bolsonaro exibe tanques para intimidar
Por Altamiro Borges
Do Correio Braziliense: "Em demonstração de força, Bolsonaro receberá desfile de tanques na Esplanada. Ato ocorrerá no mesmo dia em que o projeto de voto impresso deverá ser analisado na Câmara, nesta terça-feira (10)". O psicopata desembestou de vez e redobra as suas ameaças à democracia. O seu terrorismo é para intimidar as vozes divergentes.
Temendo o impeachment, a derrota nas eleições de 2022 ou até mesmo a sua prisão, o fascista decide colocar 150 tanques para desfilar em Brasília no dia da votação de mais um projeto diversionista. Isolado e acuado, o “capetão” está cada dia mais insano e descontrolado. É preciso dar um basta! A exigência do “Fora Bolsonaro” nunca foi tão urgente.
Do Correio Braziliense: "Em demonstração de força, Bolsonaro receberá desfile de tanques na Esplanada. Ato ocorrerá no mesmo dia em que o projeto de voto impresso deverá ser analisado na Câmara, nesta terça-feira (10)". O psicopata desembestou de vez e redobra as suas ameaças à democracia. O seu terrorismo é para intimidar as vozes divergentes.
Temendo o impeachment, a derrota nas eleições de 2022 ou até mesmo a sua prisão, o fascista decide colocar 150 tanques para desfilar em Brasília no dia da votação de mais um projeto diversionista. Isolado e acuado, o “capetão” está cada dia mais insano e descontrolado. É preciso dar um basta! A exigência do “Fora Bolsonaro” nunca foi tão urgente.
segunda-feira, 9 de agosto de 2021
Comitiva mundial reforça isolamento do Brasil
Por Altamiro Borges
O isolamento do Brasil no exterior ganhará um novo impulso na próxima semana. Uma delegação da "Progressive International" visitará o país em 17 de agosto para analisar as ameaças do fascista Jair Bolsonaro à democracia. O movimento reúne políticos de renome, como o senador ianque Bernie Sanders, o ex-ministro grego Yanis Varoufakis e o trabalhista britânico Jeremy Corbyn.
A comitiva será composta por 12 representantes de diferentes países, incluindo congressistas de Grécia, Espanha e EUA. Segundo nota de Mônica Bergamo no UOL, “o grupo pretende se reunir com lideranças indígenas, comunidades quilombolas, movimentos sociais e parlamentares de partidos de esquerda... Alguns dos principais pontos de tensão que devem ser debatidos são a Amazônia sob Bolsonaro e as ameaças à realização das eleições”.
O isolamento do Brasil no exterior ganhará um novo impulso na próxima semana. Uma delegação da "Progressive International" visitará o país em 17 de agosto para analisar as ameaças do fascista Jair Bolsonaro à democracia. O movimento reúne políticos de renome, como o senador ianque Bernie Sanders, o ex-ministro grego Yanis Varoufakis e o trabalhista britânico Jeremy Corbyn.
A comitiva será composta por 12 representantes de diferentes países, incluindo congressistas de Grécia, Espanha e EUA. Segundo nota de Mônica Bergamo no UOL, “o grupo pretende se reunir com lideranças indígenas, comunidades quilombolas, movimentos sociais e parlamentares de partidos de esquerda... Alguns dos principais pontos de tensão que devem ser debatidos são a Amazônia sob Bolsonaro e as ameaças à realização das eleições”.
Medina e os não vacinados mortos pela Covid
Em Maresias, São Sebastião/SP, 24/5/20. Foto: Reprodução |
Enquanto o surfista bolsonarista Gabriel Medina faz pouco caso da vacina – dando péssimo exemplo a seus admiradores –, a Folha mostra a tragédia dessa postura negacionista e estampa no título: "Não vacinados são 99% dos mortos por Covid nos EUA, e muitos se arrependem tarde demais".
A reportagem demonstra que “nos Estados Unidos como um todo, mais de 99% das mortes pelo coronavírus atualmente são de não vacinados, informou o conselheiro da Casa Branca pra crise sanitária, Anthony Fauci, em julho. Entre os hospitalizados, eles são 97%, disse também no mês passado Rochelle Walensky, diretora do CDC (Centro de Controle de Doenças) do governo americano".
Fome, a outra pandemia
Por Frei Betto, em seu site:
Como frisa o jornalista Luís Nassif, a história ainda haverá de fazer justiça a Paulo Guedes e entronizá-lo como o pior ministro da Economia da história. Ao não impedir a dolarização dos preços de commodities – especialmente alimentos e combustíveis – isso impactou nos preços ao produtor e no Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), que serve de parâmetro para fixar a taxa básica de juros.
Ao não atuar sobre o mercado de câmbio, impor taxas de exportação e não obrigar a Petrobras a usar como referencial de preços os custos de prospecção, o preço dos alimentos sobe vertiginosamente e a fome volta aos lares dos mais pobres.
Como frisa o jornalista Luís Nassif, a história ainda haverá de fazer justiça a Paulo Guedes e entronizá-lo como o pior ministro da Economia da história. Ao não impedir a dolarização dos preços de commodities – especialmente alimentos e combustíveis – isso impactou nos preços ao produtor e no Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), que serve de parâmetro para fixar a taxa básica de juros.
Ao não atuar sobre o mercado de câmbio, impor taxas de exportação e não obrigar a Petrobras a usar como referencial de preços os custos de prospecção, o preço dos alimentos sobe vertiginosamente e a fome volta aos lares dos mais pobres.
A pegadinha dos marechais
Por Manuel Domingos Neto
Muita gente de esquerda batendo nos militares por conta das tais promoções ao posto de marechal.
Estas promoções não existem.
Para que ocorra uma promoção, algum documento tem que ser assinado por alguma autoridade.
O fato de a palavra “marechal” aparecer no “Portal da Transparência” não basta.
Militares, quando no comando do país, já mostraram ser capazes de torpezas e vilanias sem conta. Com Bolsonaro, o despudor das benesses diz tudo. Mas essa “promoção a marechal" é falsa.
O cargo não existe em “tempo de paz”.
O “Estatuto do Militar” ainda não foi revogado.
Muita gente de esquerda batendo nos militares por conta das tais promoções ao posto de marechal.
Estas promoções não existem.
Para que ocorra uma promoção, algum documento tem que ser assinado por alguma autoridade.
O fato de a palavra “marechal” aparecer no “Portal da Transparência” não basta.
Militares, quando no comando do país, já mostraram ser capazes de torpezas e vilanias sem conta. Com Bolsonaro, o despudor das benesses diz tudo. Mas essa “promoção a marechal" é falsa.
O cargo não existe em “tempo de paz”.
O “Estatuto do Militar” ainda não foi revogado.
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