Editorial do sítio Vermelho:
Quando Marina Silva declarou, no último sábado (5), que sua briga, “neste momento, não é para ser presidente da República, é contra o PT e o chavismo que se instalou no Brasil”, ela indicou com clareza o rumo e o campo de sua opção política: o campo da direita. E da direita mais retrógrada que tem, hoje, no “chavismo” um dos alvos de seu ataque. E revelou o caráter da sua estratégia. Tem por alvo Dilma e a esquerda e revelou que está disposta a tudo para organizar uma frente de luta com esse sentido.
O que significa a opção antichavista adotada por Marina? Hoje, na América Latina principalmente, essa expressão indica a opção pelo mesmo campo e pelos mesmos interesses autoritários e conservadores que se escondiam, em décadas passadas, atrás de outra expressão que foi a bandeira da direita: anticomunismo.
Isto é, dizer-se antichavista, hoje, tem o mesmo significado que tinha dizer-se anticomunista. O conteúdo antidemocrático, antipopular e antinacional das duas expressões é o mesmo.
A palavra chavismo pode ser vista como sinônimo de uma política de defesa da autonomia e soberania dos países sul-americanos; de políticas para promover o bem-estar das populações; garantir o emprego e a renda; usar o poder do Estado e do governo para fomentar o desenvolvimento nacional; promover mudanças para fortalecer e aprofundar a democracia nos países sul-americanos e o protagonismo do povo e dos trabalhadores; erigir obstáculos aos velhos e anacrônicos privilégios da classe dominante. Indica, na América do Sul de nossos dias, a luta anti-imperialista e antioligárquica. Chavismo pode ser lido também como uma das vertentes incontornáveis da nova luta pelo socialismo.
O uso dessa palavra – “chavismo” – como uma ameaça designa o mesmo campo político que, no passado, era o do “comunismo”, contra o qual se insurge o campo da direita mais retrógrada, do conservadorismo empedernido, da submissão ao imperialismo e às determinações do governo de Washington.
Foi com este sentido que José Serra a usou, na eleição de 2010, contra Dilma Rousseff, para combater o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e das forças democráticas e populares. Numa tentativa de assustar principalmente o eleitorado de classe média, em julho de 2010, Serra tentou colar em Dilma a imagem de Hugo Chávez. "Chávez já declarou voto na Dilma. Chávez é dilmista, e o PT é chavista", disse.
Marina Silva – que se apresenta como a “novidade” da política brasileira – de novo não inova e apenas imita trejeitos tucanos obsoletos.
Ela deixa transparecer velhos hábitos da política conservadora e oligárquica. Ela investe contra seus adversários (sobretudo a esquerda, Lula e Dilma), movida pelo mesmo ódio e despeito que moviam os oligarcas quando contrariados. Aliás, seu comportamento errático, centralizador, mandonista, começa a ser percebido e denunciado por parte de seus próprios apoiadores. Um deles é o ex-secretário nacional de Justiça Pedro Abramovay, de origem petista. Ele ficou incomodado pela declaração de guerra de Dilma ao “chavismo” do PT e do governo. "Se é para destilar rancores, um novo partido não é necessário”, disse ele através das redes sociais.
O voluntarismo conservador de Marina faz dela um autêntico “Jânio de saias”, com a mesma capacidade daquele velho quadro da direita. Tem poder semelhante de criar problemas para aqueles que, aliando-se com ela, não cumprem cegamente seus desejos e determinações. A investida contra o “chavismo” é apenas uma manifestação desta capacidade deletéria.
Outros problemas virão, e um forte sinal disso são as manifestações, instrumentalizadas pela mídia golpista, pedindo que Marina encabece a chapa presidencial de seu novo partido. Os próximos desdobramentos da decisão anunciada na manhã do último sábado trarão surpresas e, com certeza, novas dificuldades para o campo conservador.
Quando Marina Silva declarou, no último sábado (5), que sua briga, “neste momento, não é para ser presidente da República, é contra o PT e o chavismo que se instalou no Brasil”, ela indicou com clareza o rumo e o campo de sua opção política: o campo da direita. E da direita mais retrógrada que tem, hoje, no “chavismo” um dos alvos de seu ataque. E revelou o caráter da sua estratégia. Tem por alvo Dilma e a esquerda e revelou que está disposta a tudo para organizar uma frente de luta com esse sentido.
O que significa a opção antichavista adotada por Marina? Hoje, na América Latina principalmente, essa expressão indica a opção pelo mesmo campo e pelos mesmos interesses autoritários e conservadores que se escondiam, em décadas passadas, atrás de outra expressão que foi a bandeira da direita: anticomunismo.
Isto é, dizer-se antichavista, hoje, tem o mesmo significado que tinha dizer-se anticomunista. O conteúdo antidemocrático, antipopular e antinacional das duas expressões é o mesmo.
A palavra chavismo pode ser vista como sinônimo de uma política de defesa da autonomia e soberania dos países sul-americanos; de políticas para promover o bem-estar das populações; garantir o emprego e a renda; usar o poder do Estado e do governo para fomentar o desenvolvimento nacional; promover mudanças para fortalecer e aprofundar a democracia nos países sul-americanos e o protagonismo do povo e dos trabalhadores; erigir obstáculos aos velhos e anacrônicos privilégios da classe dominante. Indica, na América do Sul de nossos dias, a luta anti-imperialista e antioligárquica. Chavismo pode ser lido também como uma das vertentes incontornáveis da nova luta pelo socialismo.
O uso dessa palavra – “chavismo” – como uma ameaça designa o mesmo campo político que, no passado, era o do “comunismo”, contra o qual se insurge o campo da direita mais retrógrada, do conservadorismo empedernido, da submissão ao imperialismo e às determinações do governo de Washington.
Foi com este sentido que José Serra a usou, na eleição de 2010, contra Dilma Rousseff, para combater o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e das forças democráticas e populares. Numa tentativa de assustar principalmente o eleitorado de classe média, em julho de 2010, Serra tentou colar em Dilma a imagem de Hugo Chávez. "Chávez já declarou voto na Dilma. Chávez é dilmista, e o PT é chavista", disse.
Marina Silva – que se apresenta como a “novidade” da política brasileira – de novo não inova e apenas imita trejeitos tucanos obsoletos.
Ela deixa transparecer velhos hábitos da política conservadora e oligárquica. Ela investe contra seus adversários (sobretudo a esquerda, Lula e Dilma), movida pelo mesmo ódio e despeito que moviam os oligarcas quando contrariados. Aliás, seu comportamento errático, centralizador, mandonista, começa a ser percebido e denunciado por parte de seus próprios apoiadores. Um deles é o ex-secretário nacional de Justiça Pedro Abramovay, de origem petista. Ele ficou incomodado pela declaração de guerra de Dilma ao “chavismo” do PT e do governo. "Se é para destilar rancores, um novo partido não é necessário”, disse ele através das redes sociais.
O voluntarismo conservador de Marina faz dela um autêntico “Jânio de saias”, com a mesma capacidade daquele velho quadro da direita. Tem poder semelhante de criar problemas para aqueles que, aliando-se com ela, não cumprem cegamente seus desejos e determinações. A investida contra o “chavismo” é apenas uma manifestação desta capacidade deletéria.
Outros problemas virão, e um forte sinal disso são as manifestações, instrumentalizadas pela mídia golpista, pedindo que Marina encabece a chapa presidencial de seu novo partido. Os próximos desdobramentos da decisão anunciada na manhã do último sábado trarão surpresas e, com certeza, novas dificuldades para o campo conservador.
2 comentários:
A Marina é cria do Lula...mais uma dessas escolhas mal feitas do ex-presidente. Agora agueeenta.
ô Miro,penso que pintou Marina com traços fortes demais. Tanto exagerou que pareceu mais uma caricatura. Menos, menos ...
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