quinta-feira, 27 de setembro de 2018
STF só ouve voz das ruas quando lhe convém
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Disponível no Youtube, o vídeo da sessão do STF que discutiu a cassação de 3,4 milhões de títulos eleitorais é um desses documentos essenciais para se compreender o atual momento político.
Num país habituado a ouvir ministros e juizes dizendo que é preciso "ouvir a voz das ruas", a decisão de ontem mostrou que a maioria do STF gosta de ouvir a voz das ruas -- quando lhe convém.
Exibida em termos técnicos, de forma a sugerir neutralidade, o corte de 3,3 milhões de votos terá um impacto direto na eleição presidencial.
Disponível no Youtube, o vídeo da sessão do STF que discutiu a cassação de 3,4 milhões de títulos eleitorais é um desses documentos essenciais para se compreender o atual momento político.
Num país habituado a ouvir ministros e juizes dizendo que é preciso "ouvir a voz das ruas", a decisão de ontem mostrou que a maioria do STF gosta de ouvir a voz das ruas -- quando lhe convém.
Exibida em termos técnicos, de forma a sugerir neutralidade, o corte de 3,3 milhões de votos terá um impacto direto na eleição presidencial.
A importância do tecnólogo para o Brasil
Por Chicão dos Eletricitários
É fato que em um mundo globalizado a qualidade da mão de obra é um diferencial para o desenvolvimento do país e permite que milhões de trabalhadores alcancem melhores empregos ou remuneração.
O Brasil é um país que apresenta graves problemas de infraestrutura que só poderão ser equalizados com políticas públicas articuladas, planejamento correto, prioridades bem definidas e sólidos investimentos na capacitação profissional.
É fato que em um mundo globalizado a qualidade da mão de obra é um diferencial para o desenvolvimento do país e permite que milhões de trabalhadores alcancem melhores empregos ou remuneração.
O Brasil é um país que apresenta graves problemas de infraestrutura que só poderão ser equalizados com políticas públicas articuladas, planejamento correto, prioridades bem definidas e sólidos investimentos na capacitação profissional.
Bolsonaro e a PEC das domésticas
Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:
Na série de entrevistas realizadas pelo Jornal Nacional com os principais candidatos à Presidência da República, me chamou particularmente a atenção as declarações de Jair Bolsonaro do PSL quando questionado sobre ter sido o único deputado federal a votar contrário a PEC das domésticas em 2013.
Sobre a resposta do candidato presidenciável há duas questões importantes que quero tratar aqui: a primeira é a ignorância e o completo desconhecimento de Bolsonaro sobre os efeitos da PEC das domésticas sob a categoria, e a segunda é a externalização de um projeto de Brasil em que as relações servis e pessoalizadas de trabalho seguem como u modelo a ser seguido, fazendo regredir nossos avanços sociais à décadas atrás.
Na série de entrevistas realizadas pelo Jornal Nacional com os principais candidatos à Presidência da República, me chamou particularmente a atenção as declarações de Jair Bolsonaro do PSL quando questionado sobre ter sido o único deputado federal a votar contrário a PEC das domésticas em 2013.
Sobre a resposta do candidato presidenciável há duas questões importantes que quero tratar aqui: a primeira é a ignorância e o completo desconhecimento de Bolsonaro sobre os efeitos da PEC das domésticas sob a categoria, e a segunda é a externalização de um projeto de Brasil em que as relações servis e pessoalizadas de trabalho seguem como u modelo a ser seguido, fazendo regredir nossos avanços sociais à décadas atrás.
Ciro segue fundamental contra o fascismo
Por Rodrigo Vianna, em seu blog:
As duas pesquisas Ibope divulgadas esta semana (são séries diferentes de pesquisas, a segunda delas encomendada pela CNI; por isso, estatísticos dizem que não se deve tomá-las como uma sequência) mostram números muito parecidos. Mais que os números, indicam algumas tendências claras na eleição:
- Bolsonaro interrompeu seu crescimento; sob ataque da campanha de Alckmin, e com a repercussão (até internacional) do #EleNão, tende a recuar mais um pouco; mas o grau de consolidação de seu eleitorado é alto, e é um voto de quem não está disposto a escutar; por isso, me espantaria se ele chegasse ao dia 7 abaixo dos 23% ou 25%;
As duas pesquisas Ibope divulgadas esta semana (são séries diferentes de pesquisas, a segunda delas encomendada pela CNI; por isso, estatísticos dizem que não se deve tomá-las como uma sequência) mostram números muito parecidos. Mais que os números, indicam algumas tendências claras na eleição:
- Bolsonaro interrompeu seu crescimento; sob ataque da campanha de Alckmin, e com a repercussão (até internacional) do #EleNão, tende a recuar mais um pouco; mas o grau de consolidação de seu eleitorado é alto, e é um voto de quem não está disposto a escutar; por isso, me espantaria se ele chegasse ao dia 7 abaixo dos 23% ou 25%;
Barroso entre a cruz e a espada no STF
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Em entrevista a Mônica Bergamo, na Folha, Luís Roberto Barroso fez uma acusação de extrema gravidade. O trecho a seguir da entrevista é estarrecedor, em se tratando de afirmação de um juiz da mais alta corte judicial do país:
“[…] E ainda assim, no Supremo, você tem gabinete distribuindo senha para soltar corrupto. Sem qualquer forma de direito e numa espécie de ação entre amigos.
Que gabinetes, ministro? (sorri e fica em silêncio).
O senhor não acha um risco o senhor falar de forma genérica? Tem gabinetes. [seguindo] Quando a Justiça desvia dos amigos do poder, ela legitima o discurso de que as punições são uma perseguição”.
Quando o povo pôs os fascistas para correr
Integralistas em fuga do conflito na Praça da Sé, em São Paulo |
No dia 7 de outubro de 1934, uma ação conjunta das organizações da esquerda brasileira desbaratou uma grande manifestação promovida pelos integralistas no centro de São Paulo. O que aconteceu naquela tarde de domingo na Praça da Sé serviu de exemplo a todo o país. Os conflitos se multiplicaram e as forças democráticas e populares não permitiram que os fascistas tupiniquins assaltassem as ruas das grandes cidades e intimidassem os trabalhadores. Impediram que ocorresse aqui o que aconteceu na Itália e na Alemanha.
Debate SBT/UOL enterra Alckmin
Por Renato Rovai, em seu blog:
O debate organizado pelo SBT, Folha e UOL foi de baixa intensidade. Ninguém saiu arrasado ou muito melhor para ganhar pontos significativos com ele. Mas se isso é uma verdade, também há outra: o grande derrotado foi o candidato tucano, Geraldo Alckmin.
Ele não aproveitou a oportunidade para tentar sair do limbo em que se encontra nas pesquisas e ao mesmo tempo tomou dois tocos de Guilherme Boulos (PSOL) que certamente serão memetizados entre hoje e amanhã.
O debate organizado pelo SBT, Folha e UOL foi de baixa intensidade. Ninguém saiu arrasado ou muito melhor para ganhar pontos significativos com ele. Mas se isso é uma verdade, também há outra: o grande derrotado foi o candidato tucano, Geraldo Alckmin.
Ele não aproveitou a oportunidade para tentar sair do limbo em que se encontra nas pesquisas e ao mesmo tempo tomou dois tocos de Guilherme Boulos (PSOL) que certamente serão memetizados entre hoje e amanhã.
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Bolsonaro e o “imexível” do Banco Central
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Mariana Carneiro e Julio Wiziack, na Folha, mostram que o ex-capitão Bolsonaro sabe mesmo a quem deve bater continência.
Já teria decidido pela manutenção, se viesse a ser vencedor, de Ilan Goldfajn no comando do Banco Central, onde está desde que Michel Temer foi guindado ao governo com Henrique Meirelles como seu posto Ipiranga da economia.
Agora é Paulo CPMF Guedes quem faz este papel e Goldfajn já está, segundo a reportagem, sob sua coordenação, depois de dois encontros reservados.
Já teria decidido pela manutenção, se viesse a ser vencedor, de Ilan Goldfajn no comando do Banco Central, onde está desde que Michel Temer foi guindado ao governo com Henrique Meirelles como seu posto Ipiranga da economia.
Agora é Paulo CPMF Guedes quem faz este papel e Goldfajn já está, segundo a reportagem, sob sua coordenação, depois de dois encontros reservados.
"Bolsodoria" e Alckmin afundam juntos
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Os números divulgados esta semana pelo Ibope sobre as eleições em São Paulo não poderiam ser mais dramáticos para o que sobrou do PSDB de Mario Covas.
Padrinho e afilhado, Geraldo Alckmin e João Doria sentem agora na própria carne os efeitos da traição de que foram vítimas nesta campanha.
Tudo começou quando, ainda no ano passado, logo depois de tomar posse na prefeitura, Doria já se lançou como presidenciável, furando a fila de Alckmin, candidato natural do tucanato por tempo de serviço.
A bandeira da democracia como prioridade
Editorial do site Vermelho:
Todas as constituições democráticas dizem que o povo é soberano. Isso quer dizer que o fundamento da democracia é o voto individual, incondicionalmente livre. No Brasil, esse princípio foi violado pelo golpe de 2016, que anulou o resultado das urnas de 2014 e rasgou o programa de governo eleito. Mas, mesmo com essa mácula, a Constituição é o parâmetro dessas eleições presidenciais. Ela garante a um só tempo o livre exercício do voto e as bases para um projeto de país soberano, desenvolvido e democrático. As circunstâncias, no entanto, exigem ações decididas para que o país não caia em novas aventuras golpistas ainda mais ameaçadoras.
Todas as constituições democráticas dizem que o povo é soberano. Isso quer dizer que o fundamento da democracia é o voto individual, incondicionalmente livre. No Brasil, esse princípio foi violado pelo golpe de 2016, que anulou o resultado das urnas de 2014 e rasgou o programa de governo eleito. Mas, mesmo com essa mácula, a Constituição é o parâmetro dessas eleições presidenciais. Ela garante a um só tempo o livre exercício do voto e as bases para um projeto de país soberano, desenvolvido e democrático. As circunstâncias, no entanto, exigem ações decididas para que o país não caia em novas aventuras golpistas ainda mais ameaçadoras.
“Austeridade”, história de uma fraude
Por Pedro Rossi, Esther Dweck e Flávio Arantes, no site Outras Palavras:
A austeridade é uma ideia força, poderosa quando transformada em discurso, perigosa quando aplicada politicamente. O comprometimento dos governos com ajustes e consolidações fiscais, que reduz o papel do Estado e distribui sacrifícios à população, se apoia em um discurso, em argumentos teóricos e em uma literatura empírica. O objetivo deste capítulo é analisar – discurso, argumentos e literatura – e mostrar que a austeridade se sustenta em discursos falaciosos, argumentos morais e em evidências empíricas frágeis.
A austeridade é uma ideia força, poderosa quando transformada em discurso, perigosa quando aplicada politicamente. O comprometimento dos governos com ajustes e consolidações fiscais, que reduz o papel do Estado e distribui sacrifícios à população, se apoia em um discurso, em argumentos teóricos e em uma literatura empírica. O objetivo deste capítulo é analisar – discurso, argumentos e literatura – e mostrar que a austeridade se sustenta em discursos falaciosos, argumentos morais e em evidências empíricas frágeis.
As estratégias dos fãs de Bolsonaro
Eleitores do representante da extrema-direita nas eleições de outubro, Jair Bolsonaro (PSL), se comportam como fãs. Alimentados por um discurso radical, chamam seu político preferido de “mito” e utilizam de estratégias para censurar, difamar e provocar os opositores. Um exército de intolerância: gritam que mulheres que não votam no Bolsonaro são “cadelas”, disparam nas redes sociais grande coleção de fake news e até mesmo promovem ataques de hackers contra páginas que repudiam o candidato.
A eleição e a reinvenção da maioria
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
Tal como em outras eleições, cá estamos numa campanha em que a disputa presidencial domina completamente a cena, deixando em segundo plano a eleição de deputados e senadores.
Quanto mais forte a polarização, menos atenção dos eleitores sobra para a eleição parlamentar, o que se junta a outros fatores para reforçar previsões pouco animadoras: a renovação do Congresso deve ser baixa, as bancadas conservadoras devem se fortalecer e a dispersão dos votos entre os partidos será grande, aumentando o desafio do futuro presidente, de governador sem maioria.
Tal como em outras eleições, cá estamos numa campanha em que a disputa presidencial domina completamente a cena, deixando em segundo plano a eleição de deputados e senadores.
Quanto mais forte a polarização, menos atenção dos eleitores sobra para a eleição parlamentar, o que se junta a outros fatores para reforçar previsões pouco animadoras: a renovação do Congresso deve ser baixa, as bancadas conservadoras devem se fortalecer e a dispersão dos votos entre os partidos será grande, aumentando o desafio do futuro presidente, de governador sem maioria.
As pesquisas, os eleitores e os candidatos
Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:
Nas análises sobre as pesquisas, muita coisa está equivocada. Quase sempre se insiste em generalizações que talvez fizessem sentido há algum tempo, mas cuja validade venceu. Há exceções, interpretações que identificam o que é efetivamente relevante para explicar como pensa e se comporta o eleitorado. A regra, no entanto, é outra. Perde-se tempo na descrição de aspectos que, na melhor hipótese, são secundários.
As raízes do ódio fascista no Brasil
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:
Momento de exacerbação de ódio, como o que vivemos no Brasil, não pode ser compreendido senão circunscrevendo-o ao quadro mundial. Eu me lembro, quando clandestino e militante da organização revolucionária Ação Popular, que qualquer análise de conjuntura começava pela situação internacional. Talvez devêssemos retomar isso, por essencial. Sapo não pula por boniteza, mas por necessidade. Há ódio espalhado pelo mundo, incluído nos países capitalistas centrais. Não me anima a ideia da simplificação, como se esse sentimento brotasse espontaneamente, nem que pudéssemos aplacá-lo com quaisquer cantilenas românticas, linha paz e amor, ou com apelo a religiões, até porque há algumas crenças que terminam por incentivar o ódio, como se com isso purgassem os pecados do mundo. O buraco é mais embaixo.
Momento de exacerbação de ódio, como o que vivemos no Brasil, não pode ser compreendido senão circunscrevendo-o ao quadro mundial. Eu me lembro, quando clandestino e militante da organização revolucionária Ação Popular, que qualquer análise de conjuntura começava pela situação internacional. Talvez devêssemos retomar isso, por essencial. Sapo não pula por boniteza, mas por necessidade. Há ódio espalhado pelo mundo, incluído nos países capitalistas centrais. Não me anima a ideia da simplificação, como se esse sentimento brotasse espontaneamente, nem que pudéssemos aplacá-lo com quaisquer cantilenas românticas, linha paz e amor, ou com apelo a religiões, até porque há algumas crenças que terminam por incentivar o ódio, como se com isso purgassem os pecados do mundo. O buraco é mais embaixo.
Para entender a greve geral na Argentina
Por Martín Granovsky, no site Carta Maior:
A jornada de 36 horas de protestos, incluindo uma greve geral de 24 horas, configuram um cenário que pode ser lido através de cinco temas essenciais:
1) A comunhão entre as organizações sindicais foi superior às suas diferenças. As duas vertentes que utilizam a sigla CTA (Central de Trabalhadores Argentinos) convocaram juntas uma jornada de protestos, iniciada ao meio dia da segunda-feira (24/9), finalizando à meia-noite que inicia a quarta (26/9). Contou com a adesão do setor da Confederação Geral do Trabalho (CGT) liderado pelos caminhoneiros Hugo e Pablo Moyano, e que também conta com o apoio da Corrente Federal, que inclui, entre outros, os bancários de Sergio Palazzo, os professores particulares de Mario Almirón e María Lázzaro, e os supervisores de eletricidade de Carlos Minucci. Todos eles criaram, na semana passada, uma nova iniciativa, a Frente Sindical para o Movimento Nacional, com uma característica: os membros dessa frente que estão na CGT não formaram uma central nova. A CGT, dirigida pelo triunvirato Héctor Daer, Carlos Acuña e Juan Carlos Schmid, preferiu aderir somente às 24 horas de greve durante a terça-feira, ao menos oficialmente. Mas é o suficiente para dizer que nem todos os setores estavam presentes na manifestação desta segunda – mas quase isso.
A jornada de 36 horas de protestos, incluindo uma greve geral de 24 horas, configuram um cenário que pode ser lido através de cinco temas essenciais:
1) A comunhão entre as organizações sindicais foi superior às suas diferenças. As duas vertentes que utilizam a sigla CTA (Central de Trabalhadores Argentinos) convocaram juntas uma jornada de protestos, iniciada ao meio dia da segunda-feira (24/9), finalizando à meia-noite que inicia a quarta (26/9). Contou com a adesão do setor da Confederação Geral do Trabalho (CGT) liderado pelos caminhoneiros Hugo e Pablo Moyano, e que também conta com o apoio da Corrente Federal, que inclui, entre outros, os bancários de Sergio Palazzo, os professores particulares de Mario Almirón e María Lázzaro, e os supervisores de eletricidade de Carlos Minucci. Todos eles criaram, na semana passada, uma nova iniciativa, a Frente Sindical para o Movimento Nacional, com uma característica: os membros dessa frente que estão na CGT não formaram uma central nova. A CGT, dirigida pelo triunvirato Héctor Daer, Carlos Acuña e Juan Carlos Schmid, preferiu aderir somente às 24 horas de greve durante a terça-feira, ao menos oficialmente. Mas é o suficiente para dizer que nem todos os setores estavam presentes na manifestação desta segunda – mas quase isso.
Barroso se candidata a iluminista de Bolsonaro
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
No perfil que tracei do Ministro Luís Roberto Barroso (clique aqui) mostrei o seu estilo camaleão, de se amoldar aos ventos do momento. Quando os ventos eram moderadamente de esquerda, vestia-se de moderadamente de esquerda e praticava um progressismo moral. Em determinado momento, seu discurso passou para a defesa do empreendedorismo contra o Estado, da maneira mais canhestra possível: incluía loas ao empreendedorismo mesmo em processos que nada tinham a ver com o tema.
No perfil que tracei do Ministro Luís Roberto Barroso (clique aqui) mostrei o seu estilo camaleão, de se amoldar aos ventos do momento. Quando os ventos eram moderadamente de esquerda, vestia-se de moderadamente de esquerda e praticava um progressismo moral. Em determinado momento, seu discurso passou para a defesa do empreendedorismo contra o Estado, da maneira mais canhestra possível: incluía loas ao empreendedorismo mesmo em processos que nada tinham a ver com o tema.
Bem-vindos à antessala do fascismo
Por Gustavo Noronha, no site Brasil Debate:
Os primeiros sinais de ressurgimento de uma alternativa fascista no cenário político brasileiro teve seu ovo da serpente chocado nas eleições de 2010. Naquela ocasião, já era possível perceber na campanha presidencial de José Serra, que adotava naquela eleição um discurso cada vez mais reacionário, a reboque de uma elite conservadora espelhada numa mídia perdida. Se nunca pareceu razoável que o PSDB incorporasse uma agenda fascista, a postura na campanha permitiu que estes setores, que antes tinham cautela em expressar abertamente suas opiniões, agora manifestem livremente suas agendas.
Os primeiros sinais de ressurgimento de uma alternativa fascista no cenário político brasileiro teve seu ovo da serpente chocado nas eleições de 2010. Naquela ocasião, já era possível perceber na campanha presidencial de José Serra, que adotava naquela eleição um discurso cada vez mais reacionário, a reboque de uma elite conservadora espelhada numa mídia perdida. Se nunca pareceu razoável que o PSDB incorporasse uma agenda fascista, a postura na campanha permitiu que estes setores, que antes tinham cautela em expressar abertamente suas opiniões, agora manifestem livremente suas agendas.
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