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| Charge: Gilmar |
O “capetão” Jair Bolsonaro não deve confiar mais em ninguém, sentindo-se traído e cada dia mais isolado. Na semana passada, ele recebeu mais uma facada. A deputada Marta Gonçalves (PL-CE) assinou um projeto de lei que “concede o título de cidadão cearense ao ministro Flávio Dino”. O site Metrópoles registrou a punhalada:
“O ex-presidente sofreu uma traição dentro do próprio partido, o PL. Uma das principais figuras da legenda no Ceará, a deputada estadual Marta Gonçalves decidiu homenagear ninguém menos do que o ministro da Justiça e Segurança Pública de Lula. Mais que um adversário político, Flávio Dino é visto como um arqui-inimigo do bolsonarismo... O requinte de crueldade não para por aí. A parlamentar é casada com o presidente estadual do PL, Acilon Gonçalves, seu padrinho político e atual prefeito de Eusébio”.
Elogios ao ministro Flávio Dino
Eleita para a Assembleia Legislativa do Ceará com 112 mil votos, ela não vacilou em assinar o projeto de lei do deputado Romeu Aldigueri (PDT) carregado de elogios ao ministro. Outros três deputados estaduais do PL não apoiaram a homenagem, que teve 29 assinaturas das 46 possíveis. Entre outras lisonjas, o texto afirma que “Flávio Dino carrega consigo uma notável carreira política e jurídica no panorama brasileiro... No Ministério da Justiça e Segurança Pública, sua gestão tem se caracterizado por ações que visam à atualização das políticas de segurança, ao enfrentamento da criminalidade e à salvaguarda dos direitos fundamentais”.
Marta Gonçalves não é a primeira liderança política no Estado a descartar o ex-presidente fujão. Como lembra o site, “a infidelidade a Bolsonaro no Ceará já fez um parlamentar ser expulso do partido. O deputado federal Yuri do Paredão foi enxotado pelo presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto, após fazer o ‘L’ de Lula na inauguração de uma obra”. As punhaladas no desconfiado “capetão”, porém, não se restringem ao Estado. No final de outubro, o jornal Correio Braziliense fez um levantamento de outras “traições” em curso.
Segundo a matéria, ao menos sete deputados federais do PL já são tratados pelo bunker bolsonarista como “dissidentes” e “lulistas”. João Carlos Bacelar (BA) participou de 46 votações até agora na Câmara Federal, tendo votado com o governo em 41 delas. Josimar Maranhãozinho (MA) fechou com o Planalto em 33 das 43 sessões que participou. Mateus Noronha (CE) seguiu a orientação do governo em 23 das 44 votações em que participou. “O deputado Tiririca (SP) está entre os mais governistas do PL. Ele participou de 58 sessões e votou 53 vezes de acordo com o desejo de Lula. Um alinhamento com o Planalto de 90%”.
Marta Gonçalves não é a primeira liderança política no Estado a descartar o ex-presidente fujão. Como lembra o site, “a infidelidade a Bolsonaro no Ceará já fez um parlamentar ser expulso do partido. O deputado federal Yuri do Paredão foi enxotado pelo presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto, após fazer o ‘L’ de Lula na inauguração de uma obra”. As punhaladas no desconfiado “capetão”, porém, não se restringem ao Estado. No final de outubro, o jornal Correio Braziliense fez um levantamento de outras “traições” em curso.
Segundo a matéria, ao menos sete deputados federais do PL já são tratados pelo bunker bolsonarista como “dissidentes” e “lulistas”. João Carlos Bacelar (BA) participou de 46 votações até agora na Câmara Federal, tendo votado com o governo em 41 delas. Josimar Maranhãozinho (MA) fechou com o Planalto em 33 das 43 sessões que participou. Mateus Noronha (CE) seguiu a orientação do governo em 23 das 44 votações em que participou. “O deputado Tiririca (SP) está entre os mais governistas do PL. Ele participou de 58 sessões e votou 53 vezes de acordo com o desejo de Lula. Um alinhamento com o Planalto de 90%”.
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