Bolsonaro confessa envio de R$ 800 mil aos EUA

Charge: Aroeira

Por Altamiro Borges

Em vídeo divulgado nesta quinta-feira (15), Jair Bolsonaro confessou na maior caradura que enviou R$ 800 mil para os EUA no final do seu mandato, em 2022. “Enviei, sim. Da minha poupança do Banco do Brasil para o BB América... Isso não é crime”. Enquanto os “patriotários” tentavam melar o resultado da eleição – alguns foram presos e condenados a muitos anos de prisão –, o ex-presidente fujão cuidava do seu patrimônio nos EUA.

De acordo com Carla Araújo em matéria no site UOL, o envio da grana pode complicar ainda mais a situação do fascista – que já está todo enrolado na Justiça, temendo por sua prisão em breve. “Segundo a investigação da Polícia Federal, a movimentação de recursos pode sugerir que Bolsonaro sabia que poderia ser responsabilizado juridicamente por atos ilícitos se o golpe desse errado”. Daí a fuga para os EUA e o remessa dos R$ 800 mil.

“Em outra linha de atuação, os investigados tinham a expectativa de que ainda haveria a possibilidade de consumação do golpe de Estado. Por outro lado, cientes dos atos ilícitos cometidos, alguns investigados se evadiram do país retirando praticamente todos seus recursos aplicados em instituições financeiras nacionais, transferindo-os para os Estados Unidos, para se resguardarem de eventual persecução penal instaurada para apurar os ilícitos perpetrados”, afirma um trecho do documento da Polícia Federal no inquérito.

Fujão quer a devolução do passaporte

A PF afirma ainda, segundo o site UOL, que conseguiu obter as informações a partir da quebra de sigilo do fascista e que ‘após frustrada a consumação do golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, o então presidente da República Jair Bolsonaro, no dia 27 de dezembro de 2022, às vésperas de sua saída do país, efetuou operação de câmbio no valor de R$ 800.000,03 (oitocentos mil reais e três centavos)”.

No seu atual mimimi vitimista, o “capetão” afirma que é alvo de perseguição política, nega qualquer intenção criminosa no envio da grana aos EUA e ainda exige a devolução do seu passaporte – que foi retido na semana passada por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A desculpa agora é que ele tem uma viagem agendada exatamente para os EUA com o objetivo de participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês) que ocorrerá entre 21 e 24 de fevereiro – que terá as presenças do mafioso Donald Trump e de Javier Milei, “El Loco” que preside a Argentina.