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terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Segue a desigualdade explosiva no mundo

Charge: Tjeerd Royaards/Cartoon Movement
Por Paulo Kliass, no Jornal GGN:

A Oxfam, uma importante organização não governamental dedicada aos estudos sobre a desigualdade no mundo, divulgou recentemente um relatório a respeito do tema. A entidade aproveitou o momento da realização do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, para lançar o seu documento. Como se sabe, o encontro da fina flor do financismo global e de seus representantes no universo dos Estados nacionais e das megacorporações representa os interesses pela manutenção do modelo neoliberal e reprodutor das desigualdades pelo mundo afora. A atuação da ONG se soma a um movimento amplo de denúncia da natureza elitista e conservadora dos encontros patrocinados pelo grande capital financeiro internacional. Não por acaso, o documento se intitula “Desigualdade S.A.”

Desigualdade S.A. e o poder político do capital

Reprodução da internet
Por César Locatelli, no site da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia:

Há vários mecanismos que alimentam o aumento da distância, em termos de renda e riqueza, entre muitos ricos e pobres. Talvez os dados mais impressionantes deste novo relatório da Oxfam, Desigualdade S.A., sejam i) o aumento dos lucros extraordinários dos últimos anos, sem a contrapartida de crescimento econômico com um mínimo de vigor, e, sobretudo, ii) a destinação da maior parte desses lucros para os bolsos dos acionistas.

A inflação verificada nos anos de pandemia deveu-se, em grande medida, a empresas com grande poder de aumentar seus preços e seus lucros, com grande poder de mercado no jargão dos economistas. As 722 maiores empresas do mundo acumularam lucros extraordinários em 2021 (US$ 1,09 trilhão) e em 2022 (US$ 1,1 trilhão). A análise, feita por Oxfam e ActionAid, definiu como lucro extraordinário aquele que excedeu à média de lucros do período 2017-2020 em mais de 10%.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Crescimento econômico versus Patifaria Lima

Charge: Clayton
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

A economia brasileira continuará a crescer? É a pergunta que muitos fazem e que alguns economistas, temerários, se animam a responder. Fato é que a economia cresceu algo como 3% ao ano em 2022 e 2023, o que configura certa recuperação. Nada de espetacular, verdade, mas já é um começo. O que interessa, entretanto, é saber se o crescimento continuará nos próximos anos. O que esperar de 2024 e 2025?

Depende, em grande medida, da política econômica do governo, em especial da política fiscal e da política monetária. Os economistas dedicados a fazer projeções regularmente não estão muito otimistas. Entraram o ano prevendo um prevendo um aumento do PIB de apenas 1,6 % em 2024 e de 2% em 2025. Resultados medíocres, se as previsões se confirmarem.

A meta fiscal zero e os juros

Foto: Diogo Zacarias/ Ministério da Fazenda
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


Em entrevista concedida à imprensa na semana passada, o Secretário Executivo do Ministério da Fazenda respondia pelas posições e opiniões da pasta a respeito de temas candentes da economia para o ano que se inicia. Na verdade, Dário Durigan substitui oficialmente o titular, que se encontra afastado de suas funções até o dia 12 de janeiro. O período de férias solicitado por Fernando Haddad coincide com o recesso do Congresso Nacional e o titular imaginou que poderia ser um momento mais tranquilo para se afastar um pouco da conturbada agenda ministerial.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Lula sanciona taxação de fundos dos super-ricos

Charge do site ProMarket
Por Altamiro Borges


O presidente Lula sancionou nesta quarta-feira (13) o projeto que finalmente tributa as fortunas aplicadas em offshores e nos chamados fundos dos super-ricos. A Lei nº 14.754 passa a valer em 1º de janeiro de 2024. Ela já foi publicada no Diário Oficial da União e apresenta as medidas que alteram o Imposto de Renda (IR) sobre os fundos de investimentos exclusivos (com um único cotista) e sobre a renda obtida no exterior por meio de aplicações em offshores. A Receita Federal deverá agora regulamentar as regras das cobranças.

2024, Lula e a economia

Lançamento do Plano Nacional Ruas Visíveis, 11/12/23. Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


O fim de semana foi carregado de eventos com forte capacidade de influenciar a dinâmica política interna em nosso País, em particular os interesses das forças progressistas que defendem a inclusão e o desenvolvimento. No cenário externo, por exemplo, dois momentos nos afetaram de forma direta. Para além das imensas dificuldades em conseguir avançar – por alguns milímetros que seja – na agenda da sustentabilidade durante a realização da COP 28 em Dubai, nos Emirados Árabes, cabe ressaltar também a realização da cerimônia de posse de Javier Milei como Presidente da Argentina.

Política econômica e reindustrialização

Frustração é o maior terreno para o fascismo

domingo, 10 de dezembro de 2023

Desoneração da folha: lobo em pele de cordeiro

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Por Bepe Damasco, em seu blog:


A julgar pelo noticiário da imprensa corporativa sobre o veto do presidente da República ao projeto de prorrogação da desoneração folha de pagamento, Lula é um mandatário insensível à necessidade de o país gerar empregos e seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma verdadeira obsessão por arrecadar cada vez mais.

Em plena campanha pela derrubada do veto presidencial, um desfile de políticos de extrema-direita e do Centrão, grandes empresários e analistas do mercado ganharam espaços generosos nos veículos de comunicação. As razões do governo e a posição de economistas desenvolvimentistas e de entidades da sociedade foram escanteadas sem cerimônia.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

A insistência pelo austericídio fiscal

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


Ao que tudo parece indicar, os responsáveis pela área econômica do governo Lula 3.0 continuam habitando espaços muito distantes do país chamado Brasil. Mais do que isso, seu comportamento é típico de gente que passou décadas em alguma ilha perdida no oceano, sem ter conseguido manter contato com as novidades incorporadas pelo avanço civilizatório ocorrido durante o isolamento. A se levar em conta as declarações que têm sido veiculadas por ocupantes de cargos de segundo escalão dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, as próximas decisões do governo para a política fiscal são bastante preocupantes.