segunda-feira, 13 de abril de 2015

Mídia e oposições perdem de novo

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Antes das quatro da tarde deste domingo de sol, manifestantes desenxabidos, com suas faixas e bandeiras recolhidas sob os braços, já começavam a deixar a avenida Paulista, em São Paulo, o principal centro de oposição ao governo federal.

Era o retrato do fracasso do movimento "Fora, Dilma", promovido em 15 Estados e no Distrito Federal, que só reuniu 65 mil pessoas, em todo o país, até este horário, segundo levantamento feito pelo portal UOL, do Grupo Folha, junto às Polícias Militares. É menos gente do que foi aos estádios para ver os jogos das quartas de final do campeonato paulista neste final de semana. Foram 10 mil no Rio, 5 mil em Belo Horizonte e 2 mil em Salvador. A PM de São Paulo e o Datafolha não tinham divulgado seus números sobre a avenida Paulista, que apresentava grandes vazios em toda a sua extensão.

FHC terceiriza oposição a Dilma

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

FHC fez, recentemente (dia 10), mais uma de suas palestras remuneradas. 

Embora fosse um evento sobre comércio eletrônico (O Vtex Day 2015, http://www.vtexday.com/) , alguém deu uma forcinha para patrocinar o oposicionismo do ex-presidente.

A palestra que o dinheiro pode comprar foi dada em evento patrocinado por gigantes como o grupo Mercado Livre (bem apropriado, não?), Mastercard e Walmart.

Se o governo agir, amanhã será menor

Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Uma gripe pesada me deixou de cama e, apesar de não fazer bem para a saúde, assisti à cobertura da Globonews sobre as manifestações contra o governo Dilma.

Nem vou fazer críticas à qualidade do jornalismo, deplorável. Apenas registro que as pessoas agredidas pelos manifestantes foram tratadas como provocadores, mesmo que um deles tenha sido hostilizado pelo simples fato de vestir uma camiseta vermelha, sem nenhuma referência ao PT.

Regulação da mídia não é censura

Foto de Tarso Cabral Violin
Por Joana Tavares, no jornal Brasil de Fato:

Moradia, educação, saúde são direitos humanos, todo mundo sabe. Mas a comunicação? Renata Mielli, que é jornalista e secretária geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), explica que é um direito fundamental, que passa pela possibilidade de produzir, transmitir e receber informação e cultura dos mais variados jeitos. Este é um dos temas do 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação, que acontece de 10 a 12 de abril, em Belo Horizonte. Nesta entrevista, Renata fala também do Projeto de Lei da mídia democrática e da diferença entre regulação e censura.

América Latina afirma sua soberania

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Editorial do site Vermelho:

A luta pela emancipação dos povos e nações das Américas viveu nos últimos dias um fato de transcendência histórica. Realizou-se, nos dias 10 e 11 de abril, na Cidade do Panamá, a 7ª Cúpula das Américas, que se transformou em cenário de uma nova batalha pela afirmação da soberania e a independência nacional dos países da região.

Do ato político na Veja ao ato na Globo

Por Anderson Bahia, no site da UJS:

Na véspera do segundo turno, em 2014, a bandeira da UJS foi exibida no Jornal Nacional em longa matéria sobre o ato que realizamos em frente a Editora Abril, responsável pela Veja. No dia 26 desse mês, nos somaremos a várias organizações para pautar a Globo. Por que isso?

A decisão por ambas iniciativas está longe de representar um atentado à liberdade de imprensa. Ao contrário. A ausência de regulamentação dos dispositivos constitucionais que abordam a comunicação deixa a mídia privada à vontade para descumpri-la e até construir até golpes políticos no Brasil.

Por que Aécio não foi ao protesto em BH

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:



Pode parecer que a foto que ilustra este texto basta para explicar por que Aécio Neves exortou as pessoas a irem à rua a protestar neste domingo, 12 de abril, e não deu as caras no protesto do Estado pelo qual é senador e que governou duas vezes.

Dez fatos curiosos dos atos golpistas

Da revista Fórum:

1 – O protesto solitário

Em Paris, manifestante chega ao local marcado para o protesto e não encontra ninguém.



Foto: reprodução/Facebook

O golpe ficou mais difícil

Por Nirlando Beirão, em seu blog:

Convocado pela Rede Globo, insuflado pela manchete marota da Folha de S. Paulo e legitimado por aqueles PMs que só baixam o cacete quando os manifestantes têm cheiro de povo, os protestos deste domingo foram constrangedoramente minguados pela expectativa de seus organizadores-negociantes.

Ficou claro que muita gente que foi à manifestação anterior, do 15 de março, movida por um sentimento até que sincero de revolta e de esperança, tratou de debandar.

CPI do HSBC e o "trensalão tucano"

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC programou para a próxima quinta-feira (16) audiência na qual vai ouvir o ex-diretor do Metrô paulistano Paulo Celso Mano Moreira da Silva e o doleiro Henry Hoyer. O ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Ademir Venâncio de Araújo também foi convocado para prestar depoimentos, mas em data ainda a ser marcada. O Ministério Público apura denúncias de cartel e pagamento de propinas em contratos das duas empresas – num caso que tem sido chamado de "trensalão paulista" – e os senadores descobriram que, além do doleiro, os ex-dirigentes são correntistas de contas secretas do HSBC na Suíça.

Atos contra o governo encolhem no Brasil

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Por Marcelo Pellegrini, na revista CartaCapital:

Ao contrário do que os movimentos organizadores dos atos anti-governo esperavam, as manifestações deste domingo 12 foram bastante menores do que as ocorridas no dia 15 de março. Com protestos em 24 estados e no Distrito Federal, 700 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra o governo Dilma, segundo a Polícia Militar. O número é a metade do estimado no ato de março, quando 1,4 milhão de pessoas se manifestaram, segundo a PM.

domingo, 12 de abril de 2015

Apesar da mídia, marcha golpista reflui!

Por Altamiro Borges

A mídia tucana bem que se esforçou ao máximo. Nos últimos dias, percebendo a queda do interesse nas redes sociais pelas marchas golpistas marcadas para domingo (12), ela tratou de produzir factóides contra o governo. As manchetes dos jornalões foram incendiárias. As emissoras de rádio, ocupadas por vários jagunços midiáticos – como a CBN e a Jovem Pan (já batizada de Ku Klux Pan) –, convocaram explicitamente os protestos. Já a TV Globo, que manda e desmanda no futebol, alterou até o horário das partidas do campeonato paulista. Todo este empenho, porém, não surtiu o resultado esperado. Os organizadores esperavam dobrar a presença nas marchas na comparação com as realizadas em 15 de março – que o jornal O Globo garantiu terem reunido 2,3 milhões de brasileiros “pela democracia”. Agora, o próprio UOL afirma que “protestos contra Dilma reúnem cerca de 560 mil”.

As hordas fascistas voltam às ruas

Por Altamiro Borges

As hordas fascistas voltaram às ruas neste domingo (12). No meio de desinformados, típicos otários, os líderes dos três principais grupelhos golpistas – Movimento Brasil Livre (MBL), Vem pra Rua e Revoltados Online – discursaram coléricos em defesa do impeachment da presidenta Dilma. Alguns radicalizaram ainda mais, exigindo um novo golpe militar. Houve até confronto, em Brasília, entre as duas gangues golpistas. Os mais patéticos, com suas mentes colonizadas, expuseram em cartazes e faixas as suas pregações em inglês – como que apelando para uma “intervenção cirúrgica” da Quarta Frota dos EUA. No geral, o que predominou foi a agressividade dos que perderam as eleições do ano passado. Kim Kataguiri, o infantil líder do MBL, chegou a esbravejar no carro de som na Avenida Paulista: “Não tem que fazer o PT sangrar, tem que dar um tiro na cabeça do PT”.

Impeachment na ‘Folha’: 50 demitidos!

Por Altamiro Borges

A Folha tucana, a mesma que apoiou o golpe e a ditadura militar, fez de tudo para dar uma mãozinha aos novos golpistas e às suas marchas pelo impeachment da presidenta Dilma. Nos últimos dias, ela só estampou manchetes inflamáveis. Neste domingo (12), data do protesto, a jornal usou o Datafolha – do mesmo grupo empresarial – para atiçar os recalcados: “Reprovação a Dilma estaciona; maioria apoia o impeachment”. Os jornalistas mais domesticados do diário, porém, nem puderam comemorar os resultados da nova “pesquisa”. Dois dias antes, muitos deles é que sofreram impeachment. A empresa da famiglia Frias – a mesma que até agora não explicou as contas secretas de um herdeiro no HSBC da Suíça – anunciou a demissão de inúmeros profissionais. De acordo com o sempre dócil Portal Imprensa, o facão deverá atingir até 50 repórteres.

Imagens grotescas das marchas golpistas

São Paulo, Av. Paulista. Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil


O lucrativo negócio dos golpistas

Por Altamiro Borges

O jornal Estadão, que não esconde a sua simpatia pelas marchas golpistas contra o governo Dilma, publicou neste domingo (12) uma curiosa reportagem – assinada pelos jornalistas Ricardo Galhardo, Vamar Hupsel, Ricardo Chapola e Fábio Leite. Ela questiona as fontes de arrecadação dos grupos que organizaram os recentes protestos – que pedem desde o impeachment da presidenta até o retorno dos militares. “Embora cobrem transparência e lisura do governo federal, Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados On Line não fornecem nota fiscal de venda das camisetas que levam suas marcas e serão usadas por muitos manifestantes nos protestos de hoje. A comercialização das peças, bem como as doações recebidas, são as justificativas usadas por eles para financiar suas atividades”.

Marcelo Tas e a mentira terceirizada

Por Altamiro Borges

O apresentador Marcelo Tas, que abandonou o CQC antes das demissões da sua ex-equipe, nunca escondeu o seu ódio ao atual governo. Ele até ajudou a convocar o ato golpista de 15 de março. Nesta semana, porém, ele exagerou na dose do seu oposicionismo. Em sua conta no Twitter, ele responsabilizou a presidenta Dilma pela aprovação do projeto de lei 4330. “Os terceirizados agora poderão terceirizar, diz a nova lei da Pátria Educadora #DilmãoLiberouGeral”, postou o mentiroso terceirizado. De imediato, muitos internautas reagiram à patifaria do apresentador.

Professores debatem conjuntura e mídia

Do site da Contee:

A atual conjuntura política brasileira e o papel da comunicação dos movimentos sociais e sindical no enfrentamento à onda conservadora que assola o país foi o tema de abertura do 3º Seminário de Comunicação da Contee, que teve início hoje (10), em Belo Horizonte. O debate, que abordou também o papel das redes sociais no diálogo com a categoria e com a sociedade, estendeu-se por mais de quatro horas e possibilitou uma troca de experiências entre as dezenas de representantes das entidades filiadas à Confederação presentes no evento, de jornalistas a diretores.

O câmbio e a crise dos jornalões

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nos próximos dias haverá nova rodada de demissões nos principais jornais brasileiros – especialmente Estadão e Folha.

Em outros momentos, as demissões resultaram de erros estratégicos para se adaptar às novas tecnologias. Deste vez, é câmbio na veia.

A mídia e os roedores no Congresso

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A semana termina em tom de pacificação. Na sexta-feira (10/4), os principais diários brasileiros acomodam melhor o noticiário sobre a crise política, registrando as primeiras ações do presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, no seu novo papel de mediador entre as várias correntes que formam a base aliada do governo no Congresso Nacional. Por outro lado, o noticiário se aprofunda na proposta de novas regras para contratações de funcionários terceirizados e há um desvio sutil no escândalo da Petrobras.