terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A farsa de Lobão e a Lei Rouanet

Por Tico Santa Cruz, em sua página no Facebook:

Que Lobão gosta de latir como um cão feroz, todo mundo sabe, fala, esbraveja, acusa…

Mas…

Fiz uma pesquisa sobre sua relação com a Lei Rouanet, que ele GRITA como sendo "A mortadela que os artistas recebem para defender o Governo", mas pouca gente sabe que LOBÃO TEVE UM PROJETO APROVADO PELA LEI ROUANET.
 

Gilmar Mendes devia sofrer impeachment

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Falei várias vezes, neste ano, do jurista alemão do século 19 Rudolf von Ihering, um dos grandes inovadores do direito.

Quem não se defende quando injustiçado, ensinou ele, merece rastejar como um verme.

Você deve à sociedade processar quem abusa de você com insultos, ofensas, acusações sem prova ou conduta inadequada. Só assim as coisas melhoram para todos.

Neste sentido, é mais do que hora de Gilmar Mendes ser processado. Conforme determina a Constituição, um juiz do STF pode ser objeto de uma ação de impeachment caso quebre o decoro. Isto configura crime de responsabilidade.

Frente Brasil Popular: balanço e desafios

Por Valter Pomar, em seu blog:

1. O ano de 2015 está perto de acabar. Que balanço fazemos deste ano? Qual foi o papel da Frente Brasil Popular? Quais desafios nos esperam no ano de 2016?

2. A principal característica de 2015 foi a ofensiva das elites contra os setores populares. Esta ofensiva teve diferentes protagonistas (os setores médios reacionários, o grande capital, os partidos de direita, o oligopólio da mídia, segmentos do aparato de Estado - com destaque para o judiciário, o MP, a PF e as forças armadas) - e teve múltiplos alvos (os direitos trabalhistas, os direitos sociais, as liberdades democráticas, as mulheres, os negros, a juventude especialmente da periferia, os movimentos sociais, os partidos de esquerda, a política do governo, o mandato presidencial).

Por que defender a democracia?

Por Leo de Brito, na revista Teoria e Debate:

Entender e compreender os diferentes sistemas de organização política inseridos no contexto de uma determinada sociedade não é tarefa das mais fáceis. Todo e qualquer sistema político constituído essencialmente de representantes do povo tem suas virtudes e falhas.

Com a democracia não é diferente. No auge de sua vida política, Ulysses Guimarães – a principal liderança articuladora da Constituição de 1988 – já alertava a nova geração de brasileiros que pela primeira vez presenciava a luz de um regime democrático: “A grande força da democracia é confessar-se falível de imperfeição e impureza, o que não acontece com os sistemas totalitários, que se autopromovem em perfeitos e oniscientes para que sejam irresponsáveis e onipotentes”.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Paulo Skaf e os patos da Fiesp

Por Altamiro Borges

O oportunista Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), deve estar com cara de nádega - ou de pato. Excitado com a conspiração do correntista suíço Eduardo Cunha, que manobrou na Câmara Federal para acelerar o processo do impeachment de Dilma, ele passou a pregar abertamente a derrubada da presidenta. Distribuiu bonecos do "pato" - símbolo da campanha dos sonegadores contra os impostos - na marcha golpista da Avenida Paulista e ainda fez a Fiesp aprovar um documento pelo impeachment que relembra o sombrio período em que os industriais paulistas financiaram o golpe de 1964 e apoiaram os crimes da sanguinária ditadura militar.

Os próximos passos do impeachment

Da revista CartaCapital:

A Câmara dos Deputados terá de refazer a votação que elegeu uma chapa alternativa para a comissão especial do impeachment. A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal entendeu que a candidatura da chapa não é legítima e defendeu que a indicação dos membros da comissão seja feita pelos líderes dos partidos ou blocos. Também decidiu que a nova votação terá de ser aberta.

“A candidatura avulsa é constitucionalmente inaceitável”, disse o ministro Luís Roberto Barroso, que abriu a divergência ao votar contra o relatório do ministro Luiz Edson Fachin. “Essa disputa com candidaturas alternativas deve ser intrapartidária, e não levada ao Plenário”, continuou Barroso.

Governo faz balanço mirando fevereiro

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

No ambiente político desembaçado pela decisão do STF em relação ao ritual do impeachment, o governo encerra o ano parlamentar buscando acertar os ponteiros com os líderes da coalizão com vistas à nova etapa que virá com a reabertura do Congresso, em fevereiro. Hoje à tarde o ministro Ricardo Berzoini reúne-se com os líderes aliados para um balanço do que já passou – e o pior já teria passado, na avaliação palaciana – buscando recompor a base para enfrentar a tramitação do impeachment na Câmara logo que o Congresso reabrir. À noite, a presidente Dilma abre o Alvorada para uma confraternização com os aliados, para a qual está convidando ministros, deputados e senadores.

Dez dicas para não ser um leitor-cobaia

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Dez dicas rápidas para você, leitor de redes sociais, não ser enganado na guerra cotidiana por corações e mentes que esta deflagrada na internet. Porque, em uma guerra, a verdade (se é que ela ainda existe) é sempre a primeira vítima:

1) Olhe sempre a data do texto – Há muita gente que, por inocência ou sacanagem, reposta links antigos como se o fato tivesse acabado de acontecer. Como o momento em que um fato ocorre é importante para a sua compreensão, a impressão que fica é que o problema se repete por incompetência de alguém num eterno Dia da Marmota.

Reorganização na esquerda enfraquece golpe

Por Breno Altman, em seu blog:

O fato mais importante da semana passada, apesar da importante decisão regulatória do STF sobre o processo de impeachment e a queda de Joaquim Levy, foi a forte mobilização em defesa da legalidade democrática.

Movimentos populares, entidades sindicais e partidos políticos do campo progressista conseguiram, pela primeira vez desde 2013, colocar mais gente nas ruas que as forças conservadoras.

O comparecimento à jornada do dia 16 de dezembro bateu, com folga, as falanges que marcaram presença no dia 13. O placar fechou em 250 mil vermelhos contra 65 mil azuis.

2015 e a tempestade perfeita

Por Fabrício Augusto de Oliveira, no site Brasil Debate:

Se faltavam alguns ingredientes para concluir o processo de formação de uma “tempestade perfeita” para a economia brasileira, estes surgiram recentemente com: (i) a aceitação pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff; (ii) a retirada do grau de investimento do país pela Fitch, que se somou, dessa forma, à decisão tomada pela Standard & Poor’s em setembro; e (iii) a elevação da taxa de juros dos Estados Unidos de 0,25% para 0,5% pelo Federal Reserve Bank, o Fed.

Cunha e Gilmar Mendes: almas gêmeas

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

O ainda presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi durante boa parte de 2015 um ídolo dos golpistas que sonhavam em depor a presidenta Dilma Rousseff. Hoje, com a divulgação de milhões em seu nome em contas no exterior, a admiração persiste, mas envergonhada. É uma idolatria que não ousa dizer seu nome e existe até aqueles que se apressam em renegar o antigo amor, como ratos que, com o coração partido, abandonam o navio que os acolheu, quando este está prestes a afundar.

No entanto, outro ídolo está ocupando o posto deixado pelo moribundo Cunha: o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Os negócios da Fundação Roberto Marinho

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Na quinta-feira (17), a cidade do Rio de Janeiro ganhou o Museu do Amanhã, construído na zona portuária onde havia um pier abandonado. O museu faz parte da operação urbana Porto Maravilha, de revitalização e desenvolvimento da região, realizada em parceria público-privada.

A prefeitura conduz o processo, as empreiteiras Carioca Engenharia e OAS constroem, parte dos recursos é de financiamentos do FGTS-FI, o fundo de investimento que faz aplicações dos recursos do Fundo de Garantia e, no caso do Museu, quem toma posse da operação depois de pronto é a Fundação Roberto Marinho, ONG ligada aos donos da TV Globo. A Fundação é duplamente beneficiada: ganha prestígio com mais um museu de grande porte em seu portfólio, e cobra da prefeitura o preço para manter o museu funcionando.

2016 em aberto: hora de repactuar o Brasil

Por Joaquim Palhares, no site Carta Maior:

Foi tão intensa a saraivada de revezes sofridos pela aliança entre o golpismo e a vigarice no final de 2015, que seus protagonistas e a mídia embarcada ainda se agarram à batalha do dia anterior, sem perceber que a roda da história girou.

A barragem humana que se ergueu em São Paulo na quarta-feira, 16/12, na longamente esperada união da esquerda, redefiniu os termos da correlação de forças no país.

Retomar o diálogo para o desenvolvimento

Por João Carlos Gonçalves Juruna

Como mudou a conjuntura de classes sociais no Brasil a partir de 2013? E em que medida esta mudança alterou o apoio à coalisão que, desde 2003, estava à frente da presidência da República? Estas talvez sejam as duas perguntas básicas levantadas no artigo: Cutucando onças com varas curtas – O ensaio desenvolvimentista no primeiro mandato de Dilma Rousseff 2011-2014 [1] do sociólogo André Singer.

Em entrevista para o Jornal O Globo, em 27/09/2015, Singer falou que “a ideia do artigo é mostrar a corajosa ofensiva de Dilma no primeiro mandato” no qual “ela explicitou um confronto com o setor financeiro” e mostrar “que ao final do percurso, ao chamar o ministro Joaquim Levy para a pasta da Fazenda, ela entregou todos os pontos para aqueles que procurou confrontar no primeiro mandato” [2].

Golpe de 64 jamais se repetiria em 2015

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Em 1964, o Golpe tinha os Estados Unidos, o embaixador americano, o chefe da CIA no Brasil e a Quinta Frota a caminho.

Em 2015 não tinha.

Em 1964, o Golpe tinha o mensalão do IBAD.

Tinha o IPES do General Golbery com sua plêiade de empresários paulistas e intelectuais de renome.

O Golpe de 2015 não tinha Golbery: seus substitutos e exegetas não chegam perto em esperteza.

Embora sejam igualmente golpistas e americanófilos.

domingo, 20 de dezembro de 2015

FHC será chamado a depor sobre “petrolão”?

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira (17), a Polícia Federal deflagrou a chamada Operação Sangue Negro, que investiga pagamentos de propinas e desvios de recursos da Petrobras desde o triste reinado do grão-tucano FHC (1995-2002). O montante furtado é superior a U$ 42 milhões. O alvo da ação é a multinacional holandesa SBM, que fez repasses para executivos da Petrobras em contas offshore no exterior referentes a oito contratos mantidos com a estatal. Diante desta bombástica revelação fica a pergunta: o ex-presidente, que adora posar de vestal da ética e lidera a conspiração golpista pelo impeachment de Dilma, será chamado a depor pelo midiático juiz Sérgio Moro? Ou, mais uma vez, ficará confirmada a tese de que basta se filiar ao PSDB para não ser investigado, condenado e, muito menos, preso no Brasil?

Ação da ditadura contra dom Helder Câmara

Por Altamiro Borges

A Comissão da Verdade e Memória de Pernambuco lançou nesta sexta-feira (16) um documento de leitura obrigatória neste momento em que alguns grupelhos fascistas pedem o retorno dos militares ao poder. Intitulado "Prêmio Nobel da Paz: A atuação da ditadura militar brasileira contra a indicação de dom Helder Câmara", o dossiê de 229 páginas relata como os generais golpistas tentaram impedir que o arcebispo de Olinda e Recife recebesse a premiação internacional nos sombrios anos de 1970. Ele reúne inúmeros depoimentos, ofícios e telegramas que descrevem a violenta perseguição ao líder religioso, respeitado no mundo inteiro por sua dedicação à luta dos explorados e oprimidos.

Cunha e PSDB conspiram nas barbas do STF

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Brasil tornou-se um país tão anormal que as conspirações nem sequer cuidam de andar pela sombra.

Hoje, na Folha, o título é escancarado: “Cunha e oposição estudam driblar decisão do STF sobre impeachment”.

A primeira burla já está definida:

Finalmente, as ruas tomam a palavra

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A ambição do impedimento da presidente Dilma é mais do que reverter o resultado das eleições de 2014 – um ano que insiste em não terminar –, jogando ao lixo, com a ordem constitucional irremediavelmente corrompida, a soberania do voto, na qual se assenta a legitimidade da democracia representativa.

O argumento forjado em torno das tais ‘pedaladas’ – e outras chicanas – é simples pretexto para justificar uma petição inepta, firmada por um ancião digno, mas manipulado, um advogado cuja importância está no sobrenome herdado, e uma ‘jurista’ sem nome e sem obra, açulados os três pelos holofotes do momento, e lamentavelmente servindo, conscientemente, de biombo a uma alcateia faminta de poder.

O impeachment e o ódio de classe

Por Marilena Chauí, no site Outras Palavras:

Este texto é a transcrição da fala feita em 16/12, no ato público de intelectuais contra o impeachment. Publicado sem revisão da autora.

“Queria, por um segundo, retomar o que disse Paulo Arantes e manifestar a preocupação que tenho desde agosto de 2013 e manifesto em público, em privado e por escrito. Agosto foi o instante no qual se deu a virada em relação ao que se passara no movimento vitorioso do Passe Livre. Quando os meninos tentaram, com seus símbolos e bandeiras, comemorar na avenida Paulista, foram batidos e ensanguentados por pessoas vestidas com a bandeira do Brasil e que diziam: ‘meu partido é o meu país’.